INTELIGÊNCIA
ESPIRITUAL: SUPERANDO CONFLITOS EXISTENCIAIS
(11ª Lei da qualidade de vida)
Inteligência
Espiritual é:
1.
Ter consciência de que a vida
é
uma grande pergunta
em
busca
de
uma grande
resposta.
2.
Procurar o sentido para a vida e a razão para a vivência.
3.
Procurar entender, independente de uma religião e de acordo com
nossa cultura, os mistérios da vida e os segredos do Autor da
existência.
4.
Investigar respostas para as perguntas que a ciência não tem como
responder:
Quem somos? Para onde vamos? O fim é o começo ou o começo é o
fim?
5.
Ter consciência da temporalidade da existência.
6.
Descobrir esperança na desolação, conforto na tribulação,
coragem nas perdas, sabedoria no caos.
Por
que Inteligência Espiritual é uma lei da qualidade de vida? Porque
a vida é belíssima, mas brevíssima e, por ser breve, deve ser
vivida com intensidade e sabedoria. Porque há um desejo irrefreável
no cerne do ser humano de conhecer sua própria origem. Desde os
primórdios da sua existência ele procura pelo seu Criador. Porque a
religião é a única instituição que nunca se dissipou, é o único
império que nunca caiu.
Porque
a espiritualidade regada com a serenidade traz a paz social, estimula
o amor, enriquece o prazer; mas controlada pelo radicalismo e o
autoritarismo, produz a discórdia, promove o ódio, gera a angústia.
Porque todo o sistema social ligado ao consumo, estética, lazer,
clubes, trabalho, não consegue saciar o espírito humano. Porque as
mesmas inquietações que perturbavam os povos primitivos ainda
perturbam o homem moderno. Dentre elas, a morte, o fim da existência.
A
vida humana é uma história em que não se aceita um ponto final,
apenas o uso da vírgula. Mesmo quando aceitamos a morte, na
realidade, estamos rendendo homenagem à vida. O "eu" não
aceita o fim da existência, o caos último, o nada em si, o seu
próprio extermínio. Ele só se consola se acreditar na continuidade
da vida.
Para
expandir a qualidade de vida,
a espiritualidade deve propiciar o desenvolvimento das funções mais
importantes da inteligência:
1-
Aprender a expor e não impor as ideias. Deve-se expor o que se pensa
e o que se crê e não impor as ideias. Após expor as ideias,
deve-se dar liberdade para os ouvintes rejeitá-las ou aceitá-las.
2-
Pensar antes de reagir. A inteligência espiritual deve contribuir
para o desenvolvimento da arte de pensar, lapidar os instintos,
estancar a agressividade, o ódio e a raiva.
3-
Capacidade de tolerância e solidariedade. A tolerância é a arte de
respeitar as diferenças e a solidariedade é a arte de perceber as
dores e necessidades dos outros e procurar supri-Ias.
4-
O amor pela vida e pelo ser humano. A espiritualidade deve contribuir
para o enriquecimento da emoção humana, desenvolvimento da
sensibilidade. capacidade de perdão, compreensão, inclusão. .
5-
Sabedoria. A inteligência espiritual deve expandir a capacidade de
reconhecimento dos erros, percepção das limitações, compreensão
dos amplos aspectos da existência.
(Não
tenha medo de trocar experiências,
chorar e contar suas dificuldades.)
1.
As mesmas inquietações que as tribos primitivas tinham o ser humano
moderno também tem. O que somos? Quem somos? Para onde vamos?
Analise se essas questões ocupam o palco da sua mente.
2.
O ser humano é uma pergunta em busca de uma grande resposta. Você
percebe Que a vida é belíssima e brevíssima? A brevidade da
existência o estimula a procurar um sentido mais profundo para sua
vida?
3.
A ciência deu saltos espetaculares, mas não extirpou as mazelas
físicas e, principalmente, as mazelas psíquicas do ser humano. A
violência social, o terrorismo, a fome, a farmacodependência,
enfim, os problemas da humanidade o incomodam? Você de alguma forma,
procura ajudar seu semelhante?
4.
A inteligência espiritual aquieta o pensamento, tranquiliza a
emoção, traz consolo nas perdas, coragem nas injustiças, esperança
no caos. Você tem apaziguado as águas da emoção? O futuro é um
sonho ou um pesadelo para você?
5.
O fim da existência o assombra? O fato de a morte ser um fenômeno
inevitável o perturba? Você sofreu uma perda de alguém querido que
até hoje o machuca?
6.
O Mestre dos mestres convidava as pessoas a segui-lo, mas não
pressionava. Expunha e não impunha suas ideias. Surpreendia a todos
com sua gentileza. Viveu na plenitude as funções mais importantes
da inteligência. Você tem vivido tais funções? Procurar por Deus,
independente de uma religião, tem enriquecido sua emoção e suas
relações sociais?
Relatório:
1.
Faça um relatório das características da lei "Inteligência
Espiritual: superando conflitos existenciais", descritas no
início desse capítulo, que você precisa desenvolver.
2.
Faca um relatório sobre o que você pensa da vida. Mencione suas
dúvidas, inquietações e temores sobre o fim da existência.
3.
Procure ser fiel à sua consciência na sua procura por Deus. Exerça
seu livre arbítrio. Seja livre. Quem não é fiel à sua consciência
tem uma dívida impagável consigo mesmo.
4.
Resgate seu sentido de vida. Procure algo além do seu trabalho,
compromissos, atividades sociais, Que possa saciar seu espírito, dar
motivação para viver.
5.
Participe de atividades filantrópicas. Doe-se para seu semelhante.
6.
Pense com liberdade e inteligência. Treine expor e não impor suas
Idéias.
7.
Avalie se a prática da inteligência espiritual, independente da sua
religião, está desenvolvendo as funções mais importantes da
inteligência.