quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Depois de algum tempo..


"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. E aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com graça de um adulto e não a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão."

"Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importam quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoa-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos."

"Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados."

"Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva, tem direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo."

"E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você
junte seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E vocêaprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor diante da vida !!!"
por William Shakespeare

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Water

Aos 8 anos de idade, na Índia dos anos 30, Chuyia não é apenas casada; é já viúva. E nunca conheceu o marido.

De acordo com a tradição, Chuyia é enviada para uma casa que acolhe viúvas – uma casa onde as viúvas são obrigadas a ficar, isoladas da sociedade, até ao final das suas vidas, sem que possam alguma vez voltar a casar.


Lá, conhece Kalyani, uma bela e jovem viúva de quem se torna amiga que ousa desafiar as regras apaixonando-se por um jovem com estudos. Também ele está disposto a confrontar-se com a tradição instituída.

No momento em que as ideologias de Ghandi ganham cada vez mais peso e as pessoas se começam a questionar sobre a religião, sobre a sociedade, sobre os direitos das mulheres, estas duas jovens (assim como tantas outras mulheres) poderão ver os seus percursos de vida alterarem-se radicalmente.

Filmado no Sri Lanka, o longa apresenta uma mistura de natureza e cidade típica indiana, num colorido que chama atenção. A fotografia ajuda a dar destaque ao ambiente. A presença do elemento água é constante, seja no rio ou em forma de chuva, tudo em sinal de purificação.
O filme se passa no final dos anos 1930, numa época de transformação não só social, mas cultural na Índia. É interessante como todas as idades são representadas. A personagem principal, Chuyia, com 8 anos, rebelde e ingênua; a jovem Kalyani, que sonha em mudar de vida; Shakuntala, que protege a todos como uma mãe, e Madhumati, no papel da vó conservadora e megera.

Belo, sumptuoso e tocante, ÁGUA é o mais recente filme da conceituada realizadora indiana Deepa Mehta.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

DIA INTERNACIONAL DA PAZ

Este ano, a celebração do Dia Internacional da Paz é particularmente comovente e tem um propósito especial. Os acontecimentos perturbadores do último ano – os conflitos, a violência e o ódio, o atentado à bomba contra a própria sede das Nações Unidas em Bagdade, a profunda divisão entre os estados – suscitaram dúvidas fundamentais acerca dos esforços da comunidade internacional em prol da promoção da paz e do bem-estar de todos os seres humanos.

O Dia Internacional da Paz foi designado pela Assembléia-Geral das Nações Unidas “dia de cessar-fogo e de não-violência a nível mundial, um convite a todas as nações e povos para que honrem a cessação de hostilidades durante todo o dia “. Tem como objetivo silenciar as armas por algumas razões muito concretas: para que se possa prestar assistência humanitária mais facilmente; para que os civis possam sair das zonas de conflito em condições de segurança; para que se possam semear as culturas ou erguer abrigos, sem que estejam sujeitos à ameaça de destruição imediata; para que os refugiados e deslocados conheçam uma pausa nas hostilidades que os despojaram das suas casas.

Mas, é claro, o Dia Internacional da Paz deve ser também, para a comunidade internacional em geral, uma pausa para reflexão sobre as ameaças e desafios que enfrentamos. Em algumas partes do mundo, há a percepção de que as principais ameaças à paz e à segurança são as novas e potencialmente mais virulentas formas de terrorismo, a proliferação das armas não convencionais, a difusão de redes criminosas internacionais e as maneiras como todos estes problemas se juntam e reforçam mutuamente. Mas, para muitos outros habitantes do nosso planeta, a pobreza, a doença, a privação e a guerra civil continuam a ser as grandes prioridades.

O nosso desafio é garantir que haja regras, instrumentos e instituições para lidar com todas estas ameaças, não segundo uma hierarquia pela qual os assuntos são de “primeira ordem" ou de “segunda ordem”, mas sim como um conjunto de problemas globais, que ultrapassam fronteiras e afetam -- e devem preocupar -- todas as pessoas. As divisões que marcaram o último ano levantaram dúvidas sobre se essas regras e instrumentos serão adequados e eficazes.

No Dia Internacional da Paz, usemos essas 24 horas – esse breve período que esperamos seja relativamente calmo -- para iniciar um diálogo pacífico, que deverá prosseguir na Assembléia Geral, tendo em vista promover um consenso mundial em torno das principais ameaças à paz e à segurança no nosso tempo e, acima de tudo, sobre o que fazer em relação a elas.

Gentileza do Centro de Informação da ONU em Portugal

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Ajude a salvar o lobo ibérico


Se se preocupa com a extinção do lobo ibérico e gostaria de colaborar na sua conservação fazendo algo mais do que a ajuda financeira habitual, o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI), na Malveira, é o local indicado.

Nos 17 hectares do CRLI - situado na Freguesia do Gradil, perto da Malveira - vivem actualmente 27 lobos que já não podem viver em liberdade. O objectivo do centro é proporcionar-lhes boas condições de cativeiro.

Enquanto voluntário, poderá ajudar nas actividades de escritório, colaborar na recepção e apoio aos visitantes do centro, fazer observações aos animais e até ajudar na preparação da alimentação dos lobos.

O único pré-requisito é ter mais de 18 anos e assinar um termo de responsabilidade. Além destas ajudas, poderá ainda adoptar um lobo e ajudar nas despesas com a sua manutenção.

Se está interessado em passar para a acção, contacte o CRLI através do número 261.785.037 e marque o horário que mais lhe convenha.

Para outras informações sobre a espécie e o seu estatuto em Portugal, contacte o Grupo Lobo, através do número 217.500.073 ou via Internet: http://www.fc.ul.pt/lobo e globo@fc.ul.pt

Centro de Recuperação do Lobo Ibérico

A 40km de Lisboa e a 15 de Mafra, junto à localidade do Picão, após o recinto da Tapada Nacional de Mafra, encontra-s o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico.

Criado em 1989 pelo Sr. Robert Lyle, com o objectivo de, segundo o próprio, proporcionar um abrigo para lobos feridos e promover um novo lar para lobos mantidos em más condições de cativeiro, este centro está aberto para visitas todos os fins-de semana e feriados. A época de visitas divide-se em duas temporadas: a primeira, de Verão, entre Maio e Setembro (que se realizam entre as 16h00 e as 20h00); a segunda, de Inverno, entre Outubro e Abril (que se realizam entre 14h30 e as 18h00).

http://tsf.sapo.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF129778

domingo, 10 de setembro de 2006

ALGUNS DIAS EM SETEMBRO

O realizador Santiago Amigorena e a actriz Juliette Binoche vão estar em Lisboa para apresentar ALGUNS DIAS EM SETEMBRO, na antestreia em Lisboa, no Cinema Monumental, no próximo domingo, dia 10 de Setembro.

Esta é a primeira obra de Santiago Amigorena, argentino que conta com uma vintena de filmes enquanto argumentista, o filme, apresentado no Festival de Veneza, estreou em França a 6 de Setembro e em Portugal estreia no dia 14 de Setembro.
Quando passam cinco anos do dia 11 de Setembro, o filme levanta algumas questões sobre o que poderá ter estado por trás do atentado, situando-se nas antípodas de filmes como "Voo 93" ou "World Trade Center" e mostrando que essas não são as únicas visões que se pode ter sobre a tragédia.
Nos dias que antecedem o 11 de Setembro, Elliot, um espião americano desaparece sem deixar rasto e levando consigo uma informação crucial. Ao mesmo tempo, Elliot tenta rever a filha, Orlando, que abandonou dez anos antes. Organiza então um encontro, através de Irene, uma amiga de longa data, para o qual convida também David, o seu filho adoptivo. Mas Elliot não conta com a presença de William Pound, um assassino sem escrúpulos, poeta nos seus momentos...
Um filme inquietante sobre esses últimos dias de Setembro, em que uma ameaça invisível paira sobre todas as personagens, interpretadas brilhantemente por uma enigmática Juliette Binoche, um perturbador John Turturro e dois jovens actores revelação Sara Forestier e Tom Riley. Nick Nolte dá corpo a Elliot, o espião desaparecido, num filme a não perder.

Voo 93

Em 11 de setembro de 2001, o vôo 93 da United Airlines foi seqüestrado por terroristas como parte do atentado que levou à queda do World Trade Center, em Nova York. Os passageiros conseguiram descobrir que o vôo foi raptado e se sacrificaram para impedir que o avião chegasse a Washington e a tragédia fosse ainda maior. O filme acompanha os 90 minutos de duração do vôo, em `tempo real`.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Superman Returns


Enquanto um antigo inimigo planeia uma forma de o destruir de uma vez por todas, Super-Homem tem de encarar uma triste realidade: Lois Lane, a mulher que ele ama, seguiu com a sua vida. Ou será que não? O retorno agridoce de Super-Homem desafia-o a tentar uma reaproximação enquanto procura um lugar numa sociedade que aprendeu a viver sem a sua presença. Numa tentativa de proteger o Mundo de um cataclismo, Super-Homem embarca numa jornada épica de redenção que o levará das profundezas do oceano aos confins do espaço.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Lenda de Barcelos


Há muitos anos um peregrino galego passou em Portugal a caminho de Santiago de Compostela para pagar uma promessa e hospedou-se numa estalagem minhota. Como levava um grande farnel e fazia pouca despesa, o hospedeiro, que era muito ganancioso, entregou o honrado peregrino à policia acusando-o de roubo.
O pobre chefe de família, sem que ninguém o defendesse, pois era desconhecido naqueles sítios, foi condenado à morte por enforcamento.

Como última vontade, o galego pediu que o levassem até ao juiz que o tinha condenado. Quando o galego chegou a casa do juiz, ele estava com os seus amigos num grande banquete. Voltou a dizer-lhe que estava inocente e uma vez mais, ninguém acreditou nele...

Então no seu desespero, reparou num galo assado que estava numa travessa em cima da mesa, pronto a ser comido, e disse:
- É tão certo eu estar inocente como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.

Todos se riram da afirmação do homem mas, resolveram não comer o galo.
Quando chegou a hora de o enforcarem, o galo assado levantou-se e cantou mesmo!

O juiz correu até ao sítio onde ele estava prestes a ser enforcado e mandou soltá-lo imediatamente.

Hoje, o galo de Barcelos, de barro colorido, é conhecido até no estrangeiro e lembrará para sempre esta lenda.

Para além da tradição e também a perpetuá-la, está a estátua de nosso Senhor do Galo, dentro de um nicho que se encontra no cimo de uma linda colina, mesmo ao sair de Barcelinhos.