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18 de maio de 2019
12 de agosto de 2018
A barragem de Castelo de Bode e o legado dos Templários
O
serpentear do curso do Rio Zêzere guia-nos até um magnífico lago
entre as montanhas xistosas e mágicas do concelho de Tomar. Nesta
zona poderá visitar e apreciar a Barragem de Castelo de Bode, uma
das principais construções no conjunto de barragens da bacia do
Zêzere e uma das maiores barragens do país.
Situada
em Tomar, a barragem banha diversas terras outrora controladas pela
Ordem dos Templários e que mantêm uma aura de mistério que fascina
todos os que as visitam. A mais conhecida será Dornes, na mítica
península que lhe empresta o nome. A presença da Ordem dos
Templários é bem visível na torre sineira pentagonal de Dornes,
que sobrevive quase intacta até aos nossos dias.
Para
os apaixonados pelas lendas que perseguem a história dos templários,
uma visita cuidadosa e atenta à região é indispensável. Mas a
característica mais apaixonante da Barragem de Castelo de Bode são
as suas bonitas albufeiras, que originaram algumas das praias
fluviais mais extraordinárias do país.
Duas
delas, a Praia Fluvial de Alverangel e a Praia Fluvial dos Montes,
foram distinguidas em 2016 pela QUERCUS com a classificação de
“Qualidade de Ouro”. A Praia dos Montes, por exemplo, encontra-se
numa área verde onde brotam diversas fontes. A Praia Fluvial da
Castanheira – também conhecida por Lago Azul – é outra das
praias fluviais de referência em Portugal. Aqui, as águas da
barragem espelham um azul magnífico e particularmente intenso. A
tranquilidade do “lago”, rodeado pela serra, torna-a numa das
zonas mais relaxantes e inesquecíveis ao largo da barragem.
Além
disso, é um local privilegiado para prática dos desportos náuticos,
nomeadamente de wakeboard, windsurf, vela, remo, jet ski, moto
náutica e pesca desportiva (truta, achigã, enguias, lagostim
vermelho). Finalmente, destacamos a Praia Fluvial de Aldeia de Mato.
Distinguida diversas vezes com bandeira azul, as suas águas calmas
são ideais para praticar natação ou simplesmente relaxar no enleio
da Natureza.
Se
procura dias diferentes onde a diversão e tranquilidade se completem
numa combinação perfeita, no Centro de Portugal vai encontrar
várias opções e na Barragem do Castelo de Bode, a água será
sempre a estrela principal.
11 de agosto de 2018
Festival Bons Sons em Cem Soldos, um ‘Amor de Verão’
Cem
Soldos é a Aldeia que faz o BONS SONS acontecer.
Localiza-se
na freguesia da Madalena, concelho de Tomar e podemos encontrá-la a
cerca de 5 km de Tomar e a 12 km de Torres Novas, percorrendo a
estrada nacional 349-3.
Em
1192, no reinado de D. Sancho I, já existia registo do lugar de Cem
Soldos. Conta-se, numa versão da história, que o nome de Cem Soldos
deriva de ter havido nesta povoação um destacamento militar de
cerca de cem homens, aos quais, periodicamente, eram enviados “100
soldos” para o pagamento dos seus serviços.
Hoje,
com cerca de 1.000 habitantes, Cem Soldos tem um verdadeiro espírito
comunitário e mantém as suas tradições vivas e actuais,
registando grande envolvimento nas actividades locais, como é o caso
da animada Festa da Juventude em Agosto, a peculiar Festa da Aleluia
na Páscoa e a poderosa fogueira de Natal.
Durante
quatro dias, o BONS SONS toma conta de Cem Soldos, com palcos de
música, feira de artesãos, exposições de arte e inúmeras
actividades a animarem as suas ruas e largos. Cem Soldos é cercada
para receber o Festival, com o seu perímetro a definir os limites do
recinto.
À
chegada, o visitante coloca uma pulseira que lhe dá acesso à Aldeia
e aos locais de espectáculo, começando aqui a experiência do BONS
SONS. Durante os dias do Festival, o visitante é convidado a viver a
Aldeia, conhecer os seus habitantes, partilhar os seus lugares e
tradições.
Com
boas músicas e bons músicos, excepção feita a dois ou três nomes
que vão e vêm como as modas dos tazos ou dos insufláveis, este
festival confirma bandas como os Dead Combo, Linda Martini, Cais
Sodré Funk Connection, ou artistas como Sara Tavares, Gajo, Zeca Medeiros
ou Norberto Lobo. São os fins de tarde com a companhia palavrosa de
Luís Severo ou as noites que não queremos que acabem com a energia
dos Paus, que escrevem a história e a futura mitologia deste
festival e desta terra.
Bons
Sons não é um festival de bandas imaginárias, não é resultado de
uma comunidade imaginária, é real e é necessário. Criar um
festival em Cem Soldos é compreender o que falta no interior
português e preenchê-lo. É música portuguesa na aldeia, é viver
a terra, é dar terra a quem não a teve, e nestes dias não foi
apenas a minha infância que esteve em jogo com o Hélder. Ou se
calhar até foi.
Despedimo-nos com um sorriso sincero e malandro, e
uma certeza: é com muita pena que deixamos Tomar para trás.
10 de agosto de 2018
Tomar, cidade templária
Não deixe de…
- visitar o Convento de Cristo
- fazer um passeio pela Mata dos Sete Montes
- visitar a antiga sinagoga
- deliciar-se com umas “Fatias de Tomar”
- visitar a cidade no ano em que se realizar a Festa dos Tabuleiros
- ir ao Castelo de Almourol
Antiga sede da Ordem dos Templários, Tomar é uma cidade de grande encanto, pela sua riqueza artística e cultural. O expoente máximo está no Convento de Cristo, um das mais importantes obras do Renascimento em Portugal.
Qualquer que seja o motivo para visitar a cidade, subir ao castelo templário e descobrir a obra monumental do Convento de Cristo é imprescindível. A Charola é a parte mais antiga. Este oratório templário foi construído no séc. XII, assim como o castelo, que na época era o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações da Terra Santa. Foi transformada em Capela-Mor aquando da reconstrução ordenada por D. Manuel I, no séc. XVI, altura em que o conjunto ganhou o esplendor arquitetónico que ainda hoje se preserva e que lhe justificou a classificação como Património da Humanidade.
Vale a pena ver o Convento com atenção para ir descobrindo algumas preciosidades, como as representações no portal renascentista, a particular simbologia da Janela Manuelina da Sala do Capítulo, os pormenores de arquitetura do Claustro Principal e as dependências ligadas aos rituais templários. Para melhor perceber a sua história, é importante saber como a Ordem dos Cavaleiros do Templo se transformou em Ordem de Cristo, salvaguardando o poder, o conhecimento e a riqueza que tinham em Portugal. O célebre Infante D. Henrique, mentor da epopeia dos Descobrimentos, foi um dos seus governadores e protetores mais importantes.
A partir do Convento, podemos descer a pé pela Mata dos Sete Montes até ao centro histórico. Indo pela estrada, vemos a meio do percurso a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, uma pequena joia renascentista, obra do português João de Castilho que também trabalhou no Convento.
A seguir, há que visitar Tomar. A área urbana mais antiga, medieval, organiza-se em cruz, orientada pelos pontos cardeais e tendo um convento em cada extremo. A Praça da República, com a Igreja Matriz dedicada a São João Baptista marca o centro, tendo a oeste a colina do Castelo e do Convento de Cristo. Nas ruas em redor podemos encontrar lojas de comércio tradicional e o café mais antigo onde se podem apreciar as delícias da pastelaria local: queijadas de amêndoa e de chila e as tradicionais Fatias de Tomar, confecionadas apenas com gemas de ovos e cozidas em banho-maria numa panela muito especial, inventada por um latoeiro da cidade em meados do século passado.
A sul, o Convento de São Francisco, onde se pode visitar atualmente o curioso Museu dos Fósforos e, a norte, o antigo Convento da Anunciada. A este, no local do atual Museu da Levada, vemos as antigas moagens e moinhos que trabalhavam com a força do rio Nabão que atravessa a cidade. Numa das margens, fica o Convento de Santa Iria e nessa direção, um pouco mais longe, a Igreja de Santa Maria do Olival, onde se encontram os túmulos de vários templários, entre os quais o de Gualdim Pais, o primeiro mestre, morto em 1195.
Toda a cidade se organizou a partir deste núcleo, também palco de um dos maiores eventos tradicionais, a Festa dos Tabuleiros.
Para além de ter testemunhado as lutas da Reconquista Cristã, no séc. XII, Tomar preserva um interessante testemunho da religião hebraica, a antiga Sinagoga do séc. XV, hoje Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto, dedicado ao distinto astrónomo e matemático quatrocentista. Situado na antiga Rua da Judiaria tem uma valiosa coleção documental e epigráfica. De notar os buracos que se veem em cada canto e que indicam a colocação de bilhas de barro na parede para aumentar as condições acústicas do espaço.
Aos pontos de interesse já referidos, acrescenta-se o Núcleo de Arte Contemporânea, onde se guarda a coleção de um dos mais importantes historiadores de arte portugueses do séc. XX, o Professor José-Augusto França.
Para descansar do passeio cultural, nada como uma pausa no Parque do Mouchão. É um lugar fresco, onde se pode ver a Roda do Mouchão, uma roda hidráulica em madeira. É um ex-libris da cidade e evoca os tempos em que os moinhos, os lagares e as áreas de cultivo ao longo do rio contribuíam para a prosperidade económica de Tomar.
Mas há ainda motivos de passeio nas proximidades, como Castelo de Bode, uma das maiores albufeiras do país, onde se pode fazer um tranquilo cruzeiro com almoço a bordo ou optar por uma diversidade de desportos aquáticos. Também como a pequena ilhota do Rio Tejo onde se situa o Castelo de Almourolou a localidade ribeirinha de Dornes, para quem quiser aprofundar a visita aos lugares templários da região. Para um itinerário mais completo, sugerimos os Roteiros do Património Mundial - “No Coração de Portugal”.
Qualquer que seja o motivo para visitar a cidade, subir ao castelo templário e descobrir a obra monumental do Convento de Cristo é imprescindível. A Charola é a parte mais antiga. Este oratório templário foi construído no séc. XII, assim como o castelo, que na época era o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações da Terra Santa. Foi transformada em Capela-Mor aquando da reconstrução ordenada por D. Manuel I, no séc. XVI, altura em que o conjunto ganhou o esplendor arquitetónico que ainda hoje se preserva e que lhe justificou a classificação como Património da Humanidade.
Vale a pena ver o Convento com atenção para ir descobrindo algumas preciosidades, como as representações no portal renascentista, a particular simbologia da Janela Manuelina da Sala do Capítulo, os pormenores de arquitetura do Claustro Principal e as dependências ligadas aos rituais templários. Para melhor perceber a sua história, é importante saber como a Ordem dos Cavaleiros do Templo se transformou em Ordem de Cristo, salvaguardando o poder, o conhecimento e a riqueza que tinham em Portugal. O célebre Infante D. Henrique, mentor da epopeia dos Descobrimentos, foi um dos seus governadores e protetores mais importantes.
A partir do Convento, podemos descer a pé pela Mata dos Sete Montes até ao centro histórico. Indo pela estrada, vemos a meio do percurso a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, uma pequena joia renascentista, obra do português João de Castilho que também trabalhou no Convento.
A seguir, há que visitar Tomar. A área urbana mais antiga, medieval, organiza-se em cruz, orientada pelos pontos cardeais e tendo um convento em cada extremo. A Praça da República, com a Igreja Matriz dedicada a São João Baptista marca o centro, tendo a oeste a colina do Castelo e do Convento de Cristo. Nas ruas em redor podemos encontrar lojas de comércio tradicional e o café mais antigo onde se podem apreciar as delícias da pastelaria local: queijadas de amêndoa e de chila e as tradicionais Fatias de Tomar, confecionadas apenas com gemas de ovos e cozidas em banho-maria numa panela muito especial, inventada por um latoeiro da cidade em meados do século passado.
A sul, o Convento de São Francisco, onde se pode visitar atualmente o curioso Museu dos Fósforos e, a norte, o antigo Convento da Anunciada. A este, no local do atual Museu da Levada, vemos as antigas moagens e moinhos que trabalhavam com a força do rio Nabão que atravessa a cidade. Numa das margens, fica o Convento de Santa Iria e nessa direção, um pouco mais longe, a Igreja de Santa Maria do Olival, onde se encontram os túmulos de vários templários, entre os quais o de Gualdim Pais, o primeiro mestre, morto em 1195.
Toda a cidade se organizou a partir deste núcleo, também palco de um dos maiores eventos tradicionais, a Festa dos Tabuleiros.
Para além de ter testemunhado as lutas da Reconquista Cristã, no séc. XII, Tomar preserva um interessante testemunho da religião hebraica, a antiga Sinagoga do séc. XV, hoje Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto, dedicado ao distinto astrónomo e matemático quatrocentista. Situado na antiga Rua da Judiaria tem uma valiosa coleção documental e epigráfica. De notar os buracos que se veem em cada canto e que indicam a colocação de bilhas de barro na parede para aumentar as condições acústicas do espaço.
Aos pontos de interesse já referidos, acrescenta-se o Núcleo de Arte Contemporânea, onde se guarda a coleção de um dos mais importantes historiadores de arte portugueses do séc. XX, o Professor José-Augusto França.
Para descansar do passeio cultural, nada como uma pausa no Parque do Mouchão. É um lugar fresco, onde se pode ver a Roda do Mouchão, uma roda hidráulica em madeira. É um ex-libris da cidade e evoca os tempos em que os moinhos, os lagares e as áreas de cultivo ao longo do rio contribuíam para a prosperidade económica de Tomar.
Mas há ainda motivos de passeio nas proximidades, como Castelo de Bode, uma das maiores albufeiras do país, onde se pode fazer um tranquilo cruzeiro com almoço a bordo ou optar por uma diversidade de desportos aquáticos. Também como a pequena ilhota do Rio Tejo onde se situa o Castelo de Almourolou a localidade ribeirinha de Dornes, para quem quiser aprofundar a visita aos lugares templários da região. Para um itinerário mais completo, sugerimos os Roteiros do Património Mundial - “No Coração de Portugal”.
18 de julho de 2018
Dornes
Há poucas vistas tão inspiradoras como a que se obtém a partir do ponto mais histórico de Dornes, junto à misteriosa Torre Pentagonal Templária, obra do século XII. Daqui, as águas mansas do Zêzere e do lago formado pela construção da barragem de Castelo de Bode, são um convite para o mergulho, um passeio de barco ou um dia de pesca.
17 de julho de 2018
Gois
Góis é uma vila portuguesa do distrito de Coimbra, na província histórica da Beira Litoral, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região do Pinhal Interior Norte, com menos de 2 000 habitantes,[1] e banhada pelo rio Ceira.[2]
É sede de um município com 263,30 km² de área[3] e 4 260 habitantes (2011),[4][5] subdividido em 4 freguesias.[6] O município é limitado a norte pelo município de Arganil, a leste por Pampilhosa da Serra, a sudoeste por Pedrógão Grande e por Castanheira de Pera, a oeste pela Lousã e a noroeste por Vila Nova de Poiares.
16 de julho de 2018
Aveiro - Moliceiro
O distrito de Aveiro capta a essência de um destino que esperaríamos ver num livro de viagens, com os seus moliceiros semelhantes a gôndolas, lagoas naturais, uma elegante arquitectura do século XIX e passagens calcetadas – é um local especial onde o antigo se conjuga com o moderno.
Situado na sub-região do Baixo Vouga, entre o oceano Atlântico e as zonas montanhosas dos distritos contíguos, Aveiro exibe uma paisagem muito variada, caracterizada por uma longa costa arenosa, um bonito estuário e diversos parques e jardins.
Conhecida como a “Veneza portuguesa”, a encantadora cidade de Aveiro é atravessada por um canal e é tida como um dos destinos mais encantadores do país, graças aos seus coloridos moliceiros, aos edifícios em tons pastel de estilo Arte Nova e à sua tranquila atmosfera urbana – um cenário ideal para as suas férias.
Enquanto estiver na cidade, visite o famoso Mercado do Peixe – um mercado tradicional que abriga alguns dos melhores restaurantes de marisco de Aveiro. Nas redondezas encontrará inúmeros restaurantes e uma ampla oferta de lojas e bares. Escolha um dos cafés tradicionais enquanto passeia pela cidade e prove os divinais ovos moles, que são a especialidade do distrito. Pode ainda fazer um passeio de bicicleta nas chamadas BUGAS (as bicicletas cedidas pela câmara), percorrer o cintilante canal da cidade, as ruelas pitorescas e explorar algumas das atracções mais afastadas do centro.
Viaje pelo distrito e descubra Ílhavo – uma cidade à beira-mar que ostenta o pujante património marítimo de Aveiro e onde está sediada a famosa fábrica de porcelana da Vista Alegre. Visite o farol mais antigo de Portugal na Praia da Barra e pare na Praia da Costa Nova para contemplar as suas típicas casas de riscas coloridas. Estas praias também são excelentes para relaxar nos dias de sol e praticar alguns desportos aquáticos.
Prove os doces conventuais que tornaram a cidade de Arouca famosa e visite a cidade da Mealhada, mais a sul, para saborear um belo prato de leitão assado acompanhado pelo vinho regional da Bairrada. Para completar as suas férias, relaxe no Luso ou na Curia, duas sossegadas freguesias conhecidas pelas magníficas águas termais e pela sua beleza natural.
12 de julho de 2018
Fraga da Pena e Bemfeita
É em plena Mata da Margaraça, inserida na Área Protegida da Serra do Açor, que se esconde a Fraga da Pena, um local privilegiado de encontro com a natureza.
Um cenário idílico onde a água abre caminho por entre a vegetação e a superfície xistosa, e se despenha numa majestosa cascata com mais de 20 metros.
Uma extraordinária maravilha natural que permanece intocável pelo Homem e onde impera uma impressionante serenidade apenas interrompida pelo som da água e do chilrear dos pássaros.
Originadas por um acidente geológico, as quedas de água que se escondem por entre aquele conjunto florístico de elevado interesse, constituem um recanto paradisíaco que se destaca pela sua autenticidade e frescura.
Um cenário idílico onde a água abre caminho por entre a vegetação e a superfície xistosa, e se despenha numa majestosa cascata com mais de 20 metros.
Uma extraordinária maravilha natural que permanece intocável pelo Homem e onde impera uma impressionante serenidade apenas interrompida pelo som da água e do chilrear dos pássaros.
Originadas por um acidente geológico, as quedas de água que se escondem por entre aquele conjunto florístico de elevado interesse, constituem um recanto paradisíaco que se destaca pela sua autenticidade e frescura.
Bemfeita
11 de julho de 2018
Penacova
No distrito de Coimbra existe uma bonita e charmosa vila portuguesa, denominada Penacova, que possui 3200 habitantes. O município de Penacova possui oito freguesias: Penacova, Sazes do Lorvão, Carvalho, Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego, Figueira de Lorvão, São Pedro de Alva e São Paio do Mondego, Friúmes e Paradela da Cortiça. A vila integra o distrito e bispado de Coimbra e situa-se no centro de Portugal, na margem do Rio Mondego, rodeada pelas Serras do Buçaco e do Roxo, um local detentor de grande beleza natural.
A data de nascimento de António José de Almeida, antigo Presidente da República, marca o feriado municipal, que é celebrado no dia 17 de julho.
Penacova é conhecida como a capital da lampreia.
A floresta ocupa 70% do concelho de Penacova e é considerado o mais importante recurso primário. Para além disso, existe uma forte produção de frutos vermelhos, cogumelos e kiwis. A água das Caldas de Penacova é uma das mais importantes empresas da região.
Penacova tem muitas atrações a visitar, desde o Pelourinho de Carvalho, a Igreja Matriz e os Moinhos de Penacova, as Praias Fluviais do Reconquinho e Vimieiro, Mirante Emídio da Silva, Pelourinho de Penacova, Livraria do Mondego, Panoramas da Serra do Roxo, Barragem da Aguieira e Coiço, Foz do Canoeiro e o Mosteiro de Santa Maria de Lorvão.
A Gastronomia de Penacova destaca a lampreia, que atrai todos os anos visitantes de Portugal e de outros países. Para além deste prato típico, o serrabulho e o arroz de míscaros são duas das principais iguarias da região.
O património
Penacova tem muito orgulho no seu património, com muitas atrações para todos os que queiram visitar a vila, cujas paisagens são deslumbrantes e convidativas. A sua variante ligada à tradição rural é demonstrada no Museu Etnográfico de Penacova. Uma visita aos moinhos é obrigatória. Ou seja, existe muito para ver e explorar na zona.
No verão refresque-se nas margens do Mondego, na Praia Fluvial do Reconquinho, que se destaca pela sua beleza natural e verdejante. Esta praia, que se encontra encerrada no inverno, tem biblioteca no verão, uma área de piquenique, parque de estacionamento e, o mais importante, é uma praia com bandeira azul, com boas condições para nadar.
Destaca-se, ainda, a ponte pedonal, construída em madeira, que permite a ligação à outra margem do Rio Mondego. A Praia Fluvial do Reconquinho fica a cerca de 1,5 km de Penacova.
10 de julho de 2018
Luso e Serra do Buçaco
A Mata Nacional do Buçaco, com 105 hectares e cerca de 5 km de perímetro, é Monumento Nacional desde 1943. Classificada por botânicos como um dos melhores arboretos da Europa e por poetas como o “altar da natureza”, tem no seu interior cerca de 700 espécies de árvores, exóticas e indígenas. Ao percorrermos as suas veredas, em passeios pedonais, estaremos em plena floresta amazónica ou na Tasmânia, caminhado pelo Vale dos Fetos.
Em 1630 a Ordem dos Carmelitas Descalços obteve autorização do Bispo de Coimbra para construir o seu convento na mata do Buçaco. Na sua primeira visita à Mata, a reacção dos Carmelitas foi de deslumbramento: “isto é já um conversar com Deus... porque se agora inculto, rude e tosco é o que admiramos, cultivado, será um paraíso terreal”.
A variedade de árvores, abundância de fontes, a beleza dos vales e montes, subjugou os Carmelitas, que iriam transformar o Buçaco numa paisagem sagrada.
O Pálacio do Buçaco
Mais tarde, no século XIX, a família real Portuguesa contratou o arquiteto e pintor italiano Luigi Manini para a construção de um palácio de Verão no local to convento da mata do Buçaco. A construção foi finalizada em 1907, pouco antes da implantação da república em 1910, altura em que o palácio foi convertido num hotel de luxo.
Desde aí, hóspedes de todo o mundo têm apreciado a beleza da arquitetura neomanuelina e os confortos do palácio. Com o passar do tempo, o Palácio Hotel do Buçaco tornou-se num dos locais mais icónicos e fascinantes do mundo, com uma tradição continuada de luxo.
O restaurante
No restaurante do Palácio Hotel do Buçaco poderá desfrutar da clássica cozinha francesa e portuguesa, e os vinhos exclusivos do Buçaco certamente valem a pena experimentar. Em suma, o Palácio Hotel do Buçaco é uma experiência a não perder.
Passeios e vistas
Além do Hotel e do famoso restaurante, a Mata do Buçaco é, em si, uma zona de enorme beleza que lhe proporciona passeios por entre monumentos, flora e fauna. Alguns locais a visitar incluem:
Fonte Fria
Saída de uma nascente de montanha, a àgua desce os 144 degraus da escadaria da Fonte Fria na sombra fresca do arvoredo
Via Sacra
A subida dos cerca de 3 km da Via Sacra é marcada por uma série de 20 capelas, os chamados Passos da Via Sacra. Estas capelas são dedicadas a episódios da crucificação de Jesus Cristo, e contêm figuras de barro cozido. O passeio termina na Cruz Alta, de onde pode desfrutar de uma vista sobre a Mata e o Palácio Hotel.
Convento Carmelita
A maior parte do antigo convento foi destruída na construção do Palácio, mas algumas estruturas foram conservadas, no interior de construções modernas. O claustro do convento ainda pode ser visitado, tal como uma capela e várias das antigas celas dos frades.
Museu Militar
Neste pequeno museu dedicado à Batalha do Buçaco e à Guerra Peninsular poderá encontrar uma interessante colecção de armamento, uniformes militares, gravuras e diversas relíquias do tempo de Napoleão.
9 de julho de 2018
5 de agosto de 2017
Feira Medieval de Óbidos
Mercado Medieval de Óbidos
13. 07. 2017 – 06. 08. 2017
Ser Mulher na Idade Média
13. 07. 2017 – 06. 08. 2017
Ser Mulher na Idade Média
Óbidos é Casa de Rainhas.
A ligação da Vila com as mulheres é longa, repleta de lendas e histórias de princesas mouras e cristãs, rainhas, artistas e mulheres comuns que deixaram um legado interessante e uma aura que se sente no burgo.
Neste Mercado Medieval de Óbidos acercamos a condição feminina em tempos da Idade Média.
Os Homens medievais desconheciam a Mulher e, como tal temiam-na: o seu corpo e as reações, para eles tantas vezes incompreensíveis, a sua apregoada malignidade, o seu poder de sedução.
Mas dela dependiam para perpetuar as suas linhagens. Só havia uma maneira de agir: submetê-la, controlá-la, cercear-lhe, tanto quanto possível, qualquer poder de iniciativa.
Neste Mercado Medieval de Óbidos acercamos a condição feminina em tempos da Idade Média.
Os Homens medievais desconheciam a Mulher e, como tal temiam-na: o seu corpo e as reações, para eles tantas vezes incompreensíveis, a sua apregoada malignidade, o seu poder de sedução.
Mas dela dependiam para perpetuar as suas linhagens. Só havia uma maneira de agir: submetê-la, controlá-la, cercear-lhe, tanto quanto possível, qualquer poder de iniciativa.
4 de agosto de 2017
Lagoa de Óbidos - um paraíso em vias de desaparecimento
A Lagoa de Óbidos é uma zona húmida de particular valor económico e ambiental, já referida nos documentos das cortes de Évora de 1460, e que se encontra sujeita a uma grande diversidade de ameaças. Conheça a Lagoa e os seus problemas.
A Lagoa de Óbidos é uma Zona Húmida, o que se define com alguma dificuldade, visto que as zonas húmidas ocupam o espaço de transição entre meios permanentemente húmidos e geralmente secos, possuindo características de ambos, sem no entanto poderem ser rotuladas sem ambiguidade, de terrestres ou aquáticas, visto que a presença prolongada de água modifica os solos, organismos microscópicos neles contidos e comunidades de plantas e animais.
Iremos seguidamente fazer uma pequena viagem por esta Lagoa, que é a maior de Portugal Continental e apresenta inúmeras características de interesse, tanto científico como lúdico, cultural, económico e social.
A Lagoa de Óbidos tem desempenhado ao longo dos séculos um importante papel económico e social. São dois os Concelhos de que esta área depende, Caldas da Rainha e Óbidos, mas a bacia em si, enquadra-se num contexto mais vasto, constituído pelos 16 concelhos do Oeste, de Torres Vedras a Alcobaça e Nazaré. Já em 1460, um documento das cortes de Évora, descreve a obrigação dos habitantes das povoações próximas, em participar nos trabalhos de abertura da Lagoa de Óbidos para assegurar a sua drenagem. Em 1642, D. João IV, decreta por alvará, que ninguém abra a Lagoa sem autorização prévia da Câmara, alegando que aberturas fora do tempo provocam danos para a saúde pública. Em 1946, foram descritas, pela primeira vez em Portugal, intoxicações alimentares graves, ocasionadas pela ingestão de bivalves provenientes da Lagoa de Óbidos e depois disso, têm surgido ciclicamente notícias sobre a proibição da apanha de bivalves, devido à existência de marés vermelhas - a produção de biotoxinas por algumas espécies fito-planctónicas, que se acumulam ao longo da cadeia alimentar com especial incidência nos bivalves, leva à interdição da sua captura e comercialização todos os anos.
Iremos seguidamente fazer uma pequena viagem por esta Lagoa, que é a maior de Portugal Continental e apresenta inúmeras características de interesse, tanto científico como lúdico, cultural, económico e social.
A Lagoa de Óbidos tem desempenhado ao longo dos séculos um importante papel económico e social. São dois os Concelhos de que esta área depende, Caldas da Rainha e Óbidos, mas a bacia em si, enquadra-se num contexto mais vasto, constituído pelos 16 concelhos do Oeste, de Torres Vedras a Alcobaça e Nazaré. Já em 1460, um documento das cortes de Évora, descreve a obrigação dos habitantes das povoações próximas, em participar nos trabalhos de abertura da Lagoa de Óbidos para assegurar a sua drenagem. Em 1642, D. João IV, decreta por alvará, que ninguém abra a Lagoa sem autorização prévia da Câmara, alegando que aberturas fora do tempo provocam danos para a saúde pública. Em 1946, foram descritas, pela primeira vez em Portugal, intoxicações alimentares graves, ocasionadas pela ingestão de bivalves provenientes da Lagoa de Óbidos e depois disso, têm surgido ciclicamente notícias sobre a proibição da apanha de bivalves, devido à existência de marés vermelhas - a produção de biotoxinas por algumas espécies fito-planctónicas, que se acumulam ao longo da cadeia alimentar com especial incidência nos bivalves, leva à interdição da sua captura e comercialização todos os anos.
Durante as duas últimas décadas, a Lagoa de Óbidos tem vindo a sofrer pressões que há 50 anos eram difíceis de prever. O crescimento populacional na área da bacia e o aumento significativo do número de visitantes, levam a que esta região seja encarada por muitos como apenas mais uma zona de praia. No entanto, para centenas de mariscadores e pescadores, a Lagoa de Óbidos representa o meio de sobrevivência e a faina, sobretudo conquícola, tem vindo a degradar-se todos os anos. Com a construção de barragens ao longo dos afluentes e o excesso de poluição transportada para a Lagoa, tem-se vindo a verificar nos últimos anos uma diminuição dos caudais de água doce, face aos de água salgada, com a consequente diminuição ou desaparecimento de certas espécies. O rendimento bruto global, proveniente da pesca e da apanha de bivalves está estimado como sendo superior a meio milhão de contos por ano, sendo evidente a dependência económica das populações dos recursos directamente provenientes da Lagoa, especialmente no Concelho de Óbidos, sendo a zona de Caldas da Rainha mais industrializada e portanto menos dependente da agricultura e pescas.
Também a recolha e tratamento de resíduos sólidos tem constituídos um dos mais graves problemas da região, com consequências gravosas para a Lagoa. A estrutura de povoamento de várias parcelas de território caracteriza-se por uma acentuada dispersão por lugares de dimensões reduzidas, o que torna difícil mas não impossível, a implementação de medidas integradas de saneamento básico em certas áreas. A suinicultura é outro factor de agravamento das condições da Lagoa, visto que no Oeste há cerca de 5 suínos por hectare; mas estes encontram-se maioritariamente em pequenas suiniculturas familiares com não mais de 20 animais, o que torna a actividade não só pouco competitiva, como também extremamente poluente e difícil de controlar. As principais actividades industriais da bacia hidrográfica da Lagoa são: agro-pecuárias, adegas, destilarias e matadouros, existindo ainda fábricas de produção de cimento, de artigos cerâmicos, sabões e produtos cosméticos e ainda uma pedreira, responsável por grande quantidade de materiais em suspensão. As actividades responsáveis por maior degradação ambiental são as agro-pecuárias e as conservas de carne.
A Lagoa de Óbidos é um sistema lagunar de reconhecida importância ecológica. Devido ao constante afluxo de nutrientes e matéria orgânica de origem continental, os sistemas lagunares contam-se, a par dos estuários e deltas, como dos ecossistemas mais produtivos do planeta e a Lagoa de Óbidos não foge a esta regra, apresentando uma produtividade primária significativa.
Também a recolha e tratamento de resíduos sólidos tem constituídos um dos mais graves problemas da região, com consequências gravosas para a Lagoa. A estrutura de povoamento de várias parcelas de território caracteriza-se por uma acentuada dispersão por lugares de dimensões reduzidas, o que torna difícil mas não impossível, a implementação de medidas integradas de saneamento básico em certas áreas. A suinicultura é outro factor de agravamento das condições da Lagoa, visto que no Oeste há cerca de 5 suínos por hectare; mas estes encontram-se maioritariamente em pequenas suiniculturas familiares com não mais de 20 animais, o que torna a actividade não só pouco competitiva, como também extremamente poluente e difícil de controlar. As principais actividades industriais da bacia hidrográfica da Lagoa são: agro-pecuárias, adegas, destilarias e matadouros, existindo ainda fábricas de produção de cimento, de artigos cerâmicos, sabões e produtos cosméticos e ainda uma pedreira, responsável por grande quantidade de materiais em suspensão. As actividades responsáveis por maior degradação ambiental são as agro-pecuárias e as conservas de carne.
A Lagoa de Óbidos é um sistema lagunar de reconhecida importância ecológica. Devido ao constante afluxo de nutrientes e matéria orgânica de origem continental, os sistemas lagunares contam-se, a par dos estuários e deltas, como dos ecossistemas mais produtivos do planeta e a Lagoa de Óbidos não foge a esta regra, apresentando uma produtividade primária significativa.
A Lagoa de Óbidos não é uma das zonas húmidas de maior relevância a nível nacional, mas comporta um elenco florístico e faunístico que importa conservar e valorizar. A macrofauna bentónica inclui mais de 100 espécies inventariadas que, além do valor conservacionista, assumem também relevância económica pela exploração de bancos de bivalves. Quanto à ictiofauna, esta região lagunar tem um papel fundamental no abastecimento dos stocks continentais através da função de viveiro, estando referidas 52 espécies de peixes, das quais 30 com importância económica. Para além da função de viveiro existem várias espécies residentes, o que atribui à Lagoa importância económica como pesqueiro. A protecção e valorização das comunidades ictiofaunísticas, prende-se não só com a regulação das actividades piscatórias mas também com a protecção e recuperação das zonas de vasa e vegetação ribeirinha, dada a relação próxima entre aquelas e as características geomorfológicas das margens e vegetação ripária. No que concerne à avifauna, a Lagoa de Óbidos não é uma das zonas húmidas mais importantes do País, mas mesmo assim integra 5 espécies com estatuto de conservação delicado, de acordo com o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, e várias outras espécies não ameaçadas, mas em regressão noutras áreas da Europa. Em relação a outros grupos de vertebrados terrestres, é de referir a existência da Lontra (Lutra lutra) e de algumas espécies endémicas de herpetofauna.
De toda a área da Lagoa, o Braço da Barrosa é sem dúvida o local de maior importância do ponto de vista ecológico, visto que é importante para vários grupos biológicos distintos, possui uma das poucas manchas de carrascal ainda existentes na Lagoa, assim como algumas zonas de vasa com vegetação relativamente bem conservada, o que define boas condições para a avifauna e tem ainda importância para a ictiofauna, proporcionando condições satisfatórias para a função de viveiro.
De toda a área da Lagoa, o Braço da Barrosa é sem dúvida o local de maior importância do ponto de vista ecológico, visto que é importante para vários grupos biológicos distintos, possui uma das poucas manchas de carrascal ainda existentes na Lagoa, assim como algumas zonas de vasa com vegetação relativamente bem conservada, o que define boas condições para a avifauna e tem ainda importância para a ictiofauna, proporcionando condições satisfatórias para a função de viveiro.
Numa apreciação global e de acordo com a avaliação feita pelo ICN e outros autores, a Lagoa de Óbidos não apresenta o grau de importância de outras zonas húmidas, como a Ria de Aveiro e a Ria Formosa, mas tem uma diversidade específica e um elenco florístico e faunístico, que justificam a sua conservação e recuperação ambiental.
No que se refere à geologia da região esta é marcada pela morfosedimentogénese que modela a Lagoa e sua bacia de drenagem. A folha da carta geológica de Portugal que abrange a área em estudo é a 26-D de Caldas da Rainha, na escala 1:50000; existem na zona drenada para a Lagoa formações diversas, de idades Jurássicas a Quaternárias, pertencentes na sua grande maioria ao Vale Tifónico de Caldas da Rainha. A zona drenante para a Lagoa é formada pelas seguintes litologias: Margas, argilas salíferas, margas gipsíferas e calcários margosos e dolomíticos do "Complexo da Dagorda". São formações com comportamento diapírico que funcionam por vezes como barreira hidráulica para as águas infiltradas e originam termalismo - caso das nascentes termais de Caldas da Rainha e de outras nascentes mais ou menos quentes e mais ou menos sulfurosas existentes na região (Salir do Porto, Serra do Bouro, Águas Santas, Óbidos, etc.). Calcários e margas de vários tipos. Distinguem-se as "Camadas de Montejunto" e as "Camadas de Alcobaça" , ambas essencialmente calcárias e que estão relacionadas com a recarga das nascentes termais, mais especificamente às Camadas de Montejunto. Surgem ainda: "Grés superiores com vegetais e dinossáurios", "Grés de Torres Vedras", areias e arenitos, formações arenosas constituídas por antigas praias e terraços, tufos calcários, dunas e rochas eruptivas como o grande filão das Gaeiras, com cerca de 6 km de extensão.
Quanto à geomorfologia desta Lagoa e sua bacia, a área total da bacia hidrográfica dos vários cursos de água que drenam para a Lagoa de Óbidos, ronda os 440 km2 e pode ser subdividida em várias sub-bacias. A Lagoa, cuja área ronda os 7 km2, tem um comprimento máximo de 4,5 km e uma largura máxima de 1800 m, prolongando-se por dois braços: do Bom Sucesso e da Barrosa. Das várias linhas de água que nela confluem destacam-se o rio Borraça, o rio da Cal, o rio Arnóia e o rio Real, tendo os dois últimos respectivamente 9,31 e 33 km de extensão. A sub-bacia do rio Arnóia tem uma área de 125 km2 e a do rio Real, 250 km2. A maior parte da bacia hidrográfica da Lagoa de Óbidos tem cotas inferiores a 200 m, mas nas cabeceiras a SSE estas ultrapassam os 600 m. A escorrência faz-se essencialmente no sentido SE=>NW (rios Arnóia e Real) e a rede de drenagem é preferencialmente sub-paralela. A Lagoa de Óbidos ocupa uma depressão pouco profunda separada do ambiente marinho por uma barreira natural constituída por um cordão de dunas litorais. A zona drenante directamente para a Lagoa de Óbidos ou para os seus afluentes, rios Real, Arnóia, Cal e Sujo é constituída por: praticamente todo o concelho de Óbidos, toda a extensão das bacias de drenagem dos Rios Real e Arnoia que vêm dos Concelhos de Rio Maior e Bombarral e, se estendem até aos concelhos da Lourinhã e Torres Vedras, as localidades da Foz do Arelho, Nadadouro e Caldas da Rainha e respectiva envolvente, que inclui o extremo Sul da Serra do Bouro e se prolonga para Norte até Tornada a partir da cidade de Caldas da Rainha e, as localidades da Fanadia, S. Gregório da Fanadia, A dos Francos e Landal e respectiva envolvente. O rio Arnóia entra no concelho das Caldas da Rainha a Sudoeste pelas freguesias do Landal e A dos Francos. O Rio Real atravessa o Concelho de Óbidos, proveniente do Bombarral, com direcção sensivelmente Este-Oeste; o rio da Cal, com menos de 30km, atravessa a cidade de Caldas da Rainha em direcção à Lagoa de Óbidos. O rio Sujo, de muito pequena dimensão (inferior a 6km), desagua no rio da Cal.
No que se refere à geologia da região esta é marcada pela morfosedimentogénese que modela a Lagoa e sua bacia de drenagem. A folha da carta geológica de Portugal que abrange a área em estudo é a 26-D de Caldas da Rainha, na escala 1:50000; existem na zona drenada para a Lagoa formações diversas, de idades Jurássicas a Quaternárias, pertencentes na sua grande maioria ao Vale Tifónico de Caldas da Rainha. A zona drenante para a Lagoa é formada pelas seguintes litologias: Margas, argilas salíferas, margas gipsíferas e calcários margosos e dolomíticos do "Complexo da Dagorda". São formações com comportamento diapírico que funcionam por vezes como barreira hidráulica para as águas infiltradas e originam termalismo - caso das nascentes termais de Caldas da Rainha e de outras nascentes mais ou menos quentes e mais ou menos sulfurosas existentes na região (Salir do Porto, Serra do Bouro, Águas Santas, Óbidos, etc.). Calcários e margas de vários tipos. Distinguem-se as "Camadas de Montejunto" e as "Camadas de Alcobaça" , ambas essencialmente calcárias e que estão relacionadas com a recarga das nascentes termais, mais especificamente às Camadas de Montejunto. Surgem ainda: "Grés superiores com vegetais e dinossáurios", "Grés de Torres Vedras", areias e arenitos, formações arenosas constituídas por antigas praias e terraços, tufos calcários, dunas e rochas eruptivas como o grande filão das Gaeiras, com cerca de 6 km de extensão.
Quanto à geomorfologia desta Lagoa e sua bacia, a área total da bacia hidrográfica dos vários cursos de água que drenam para a Lagoa de Óbidos, ronda os 440 km2 e pode ser subdividida em várias sub-bacias. A Lagoa, cuja área ronda os 7 km2, tem um comprimento máximo de 4,5 km e uma largura máxima de 1800 m, prolongando-se por dois braços: do Bom Sucesso e da Barrosa. Das várias linhas de água que nela confluem destacam-se o rio Borraça, o rio da Cal, o rio Arnóia e o rio Real, tendo os dois últimos respectivamente 9,31 e 33 km de extensão. A sub-bacia do rio Arnóia tem uma área de 125 km2 e a do rio Real, 250 km2. A maior parte da bacia hidrográfica da Lagoa de Óbidos tem cotas inferiores a 200 m, mas nas cabeceiras a SSE estas ultrapassam os 600 m. A escorrência faz-se essencialmente no sentido SE=>NW (rios Arnóia e Real) e a rede de drenagem é preferencialmente sub-paralela. A Lagoa de Óbidos ocupa uma depressão pouco profunda separada do ambiente marinho por uma barreira natural constituída por um cordão de dunas litorais. A zona drenante directamente para a Lagoa de Óbidos ou para os seus afluentes, rios Real, Arnóia, Cal e Sujo é constituída por: praticamente todo o concelho de Óbidos, toda a extensão das bacias de drenagem dos Rios Real e Arnoia que vêm dos Concelhos de Rio Maior e Bombarral e, se estendem até aos concelhos da Lourinhã e Torres Vedras, as localidades da Foz do Arelho, Nadadouro e Caldas da Rainha e respectiva envolvente, que inclui o extremo Sul da Serra do Bouro e se prolonga para Norte até Tornada a partir da cidade de Caldas da Rainha e, as localidades da Fanadia, S. Gregório da Fanadia, A dos Francos e Landal e respectiva envolvente. O rio Arnóia entra no concelho das Caldas da Rainha a Sudoeste pelas freguesias do Landal e A dos Francos. O Rio Real atravessa o Concelho de Óbidos, proveniente do Bombarral, com direcção sensivelmente Este-Oeste; o rio da Cal, com menos de 30km, atravessa a cidade de Caldas da Rainha em direcção à Lagoa de Óbidos. O rio Sujo, de muito pequena dimensão (inferior a 6km), desagua no rio da Cal.
Tem importância geológica de destaque a estrutura sedimentar conhecida por “Penedo Furado”, onde se evidenciam estruturas indicativas de paleocorrentes. Este monumento geológico tem vindo a degradar-se de ano para ano, sem que muito se tenha feito para o impedir, para além de algumas visitas ao mesmo, que acabaram por nunca ter sequência efectiva. Existe a possibilidade de estudar alguma forma de tratamento a dar à estrutura que diminua ou atrase a erosão que tem vindo a sofrer, mas por enquanto nada foi feito nesse sentido.
No que se refere à dinâmica sedimentogénica responsável pela morfologia existente na Lagoa de Óbidos e pelas alterações que a mesma sofre constantemente, podem considerar-se 6 sistemas ambientais: litoral, lagunar, lagunar emerso, fluvial, continental e antrópico. Os sistemas fluvial e continental contêm sedimentos maioritariamente arenosos e reflectem a litologia da bacia de drenagem. No sistema litoral encontramos a zona entre marés, as dunas litorais, a ante-praia e antigos canais de comunicação com o mar, todos com predominância de materiais arenosos, transportados pela água e pelo vento. A origem dos materiais mais grosseiros é fluvial e por queda das arribas, enquanto os arenosos são principalmente oceânicos por desmonte de arribas e da plataforma continental, à excepção dos transportados pelo vento que são continentais ou provenientes da praia. As areias oceânicas provêm essencialmente da região a Sul da Nazaré, enquanto as de outras origens provêm do continente através da lagoa, do litoral, das dunas, etc. No sistema lagunar predominam também as areias e estas reflectem um ambiente de fraca intensidade de correntes que determina uma calibração dos materiais com predominância de finos. No sistema antrópico incluem-se essencialmente materiais dragados e obras construídas, existindo áreas que suportam actividades desapropriadas ou incompatíveis com a correcta gestão, como a utilização balnear perto do cais onde coexistem descargas de resíduos, a acumulação de dragados perto da Foz dos Rio Real e da Ponta da Ardonha , a construção de moradias em zonas dunares a Sul e sobre dunas continentais a Norte.
Foi construída recentemente uma estrutura hidráulica, que delimita o canal de escoamento da Lagoa para o mar, a Norte e, pretende imprimir uma velocidade de corrente de escoamento na maré vazante tal, que os materiais que têm vindo a encher o interior da Lagoa, sejam escoados para o mar e este movimento, não seja contrariado pelos materiais que vêm do mar na maré cheia. Na prática o que se tem verificado, é que estas correntes de maior velocidade e grande competência hidráulica, não só carreiam grande quantidade de sedimento do interior da Lagoa para o mar, mas também têm vindo a provocar forte erosão do outro lado, junto à vila do Bom Sucesso, pondo em perigo as estruturas urbanas aí existentes. Por outro lado estes materiais erodidos no Bom Sucesso, acabam por se depositar nas imediações e têm vindo a provocar o assoreamento de certos locais junto à referida vila, onde a água perde capacidade de carga.
No que se refere à dinâmica sedimentogénica responsável pela morfologia existente na Lagoa de Óbidos e pelas alterações que a mesma sofre constantemente, podem considerar-se 6 sistemas ambientais: litoral, lagunar, lagunar emerso, fluvial, continental e antrópico. Os sistemas fluvial e continental contêm sedimentos maioritariamente arenosos e reflectem a litologia da bacia de drenagem. No sistema litoral encontramos a zona entre marés, as dunas litorais, a ante-praia e antigos canais de comunicação com o mar, todos com predominância de materiais arenosos, transportados pela água e pelo vento. A origem dos materiais mais grosseiros é fluvial e por queda das arribas, enquanto os arenosos são principalmente oceânicos por desmonte de arribas e da plataforma continental, à excepção dos transportados pelo vento que são continentais ou provenientes da praia. As areias oceânicas provêm essencialmente da região a Sul da Nazaré, enquanto as de outras origens provêm do continente através da lagoa, do litoral, das dunas, etc. No sistema lagunar predominam também as areias e estas reflectem um ambiente de fraca intensidade de correntes que determina uma calibração dos materiais com predominância de finos. No sistema antrópico incluem-se essencialmente materiais dragados e obras construídas, existindo áreas que suportam actividades desapropriadas ou incompatíveis com a correcta gestão, como a utilização balnear perto do cais onde coexistem descargas de resíduos, a acumulação de dragados perto da Foz dos Rio Real e da Ponta da Ardonha , a construção de moradias em zonas dunares a Sul e sobre dunas continentais a Norte.
Foi construída recentemente uma estrutura hidráulica, que delimita o canal de escoamento da Lagoa para o mar, a Norte e, pretende imprimir uma velocidade de corrente de escoamento na maré vazante tal, que os materiais que têm vindo a encher o interior da Lagoa, sejam escoados para o mar e este movimento, não seja contrariado pelos materiais que vêm do mar na maré cheia. Na prática o que se tem verificado, é que estas correntes de maior velocidade e grande competência hidráulica, não só carreiam grande quantidade de sedimento do interior da Lagoa para o mar, mas também têm vindo a provocar forte erosão do outro lado, junto à vila do Bom Sucesso, pondo em perigo as estruturas urbanas aí existentes. Por outro lado estes materiais erodidos no Bom Sucesso, acabam por se depositar nas imediações e têm vindo a provocar o assoreamento de certos locais junto à referida vila, onde a água perde capacidade de carga.
A Lagoa de Óbidos é um ambiente efémero, com tendência natural para o assoreamento, visto que sempre se verificou um maior transporte de sedimento do mar e rios para a Lagoa, que desta para o mar. Houve, entre 1917 e 1980, um total de sedimentação de 2692750 m3 e um total de erosão de 250500 m3, acompanhadas de alterações fisiográficas que levaram à diminuição da área por ela ocupada.
A natureza e evolução das lagoas dependem do clima e de certas variáveis como a precipitação e a evaporação, que exercem importante influência na salinidade do meio e no fluxo de contribuições de materiais. Sendo estes fenómenos sazonais, vão introduzir modificações periódicas no sistema, que não devem ser esquecidas. De acordo com Freitas, C., 1989, as condições climáticas vigentes na Lagoa de Óbidos são as seguintes: temperatura média anual do ar a rondar os 15° C, temperaturas mais elevadas em Agosto e Setembro e mais baixas em Janeiro e Fevereiro, maior insolação em Julho e Agosto e menor em Janeiro, época chuvosa nos meses de Novembro a Abril, ventos predominantes de Norte com maior velocidade média do vento nos meses de Dezembro a Fevereiro, evaporação máxima em Janeiro e mínima em Agosto, o que se relaciona possivelmente com o facto de a humidade relativa média do ar ser máxima em Agosto e mínima e Janeiro. O clima da região classifica-se como mesotérmico húmido com estação seca no Verão de acordo com a classificação de Kopen e, mesotérmico sub-húmido de acordo com a classificação de Thornthwaite.
Toda a zona corresponde a uma Área de Potencial Ocorrência de Património Náutico Subaquático e/ou em Várzea, visto que a zona lagunar e terrenos envolventes até à cota de 10m era ainda navegável no século XVII – Várzea da Rainha que chega ao sopé do Castelo de Óbidos - , podendo encerrar vestígios de antigas embarcações e estruturas de acostagem. Existe também um registo (nº 5370) no IPA, com localização exacta não confirmada, de vestígios arqueológicos diversos na zona da Lagoa pertencente ao Concelho de Óbidos.
A natureza e evolução das lagoas dependem do clima e de certas variáveis como a precipitação e a evaporação, que exercem importante influência na salinidade do meio e no fluxo de contribuições de materiais. Sendo estes fenómenos sazonais, vão introduzir modificações periódicas no sistema, que não devem ser esquecidas. De acordo com Freitas, C., 1989, as condições climáticas vigentes na Lagoa de Óbidos são as seguintes: temperatura média anual do ar a rondar os 15° C, temperaturas mais elevadas em Agosto e Setembro e mais baixas em Janeiro e Fevereiro, maior insolação em Julho e Agosto e menor em Janeiro, época chuvosa nos meses de Novembro a Abril, ventos predominantes de Norte com maior velocidade média do vento nos meses de Dezembro a Fevereiro, evaporação máxima em Janeiro e mínima em Agosto, o que se relaciona possivelmente com o facto de a humidade relativa média do ar ser máxima em Agosto e mínima e Janeiro. O clima da região classifica-se como mesotérmico húmido com estação seca no Verão de acordo com a classificação de Kopen e, mesotérmico sub-húmido de acordo com a classificação de Thornthwaite.
Toda a zona corresponde a uma Área de Potencial Ocorrência de Património Náutico Subaquático e/ou em Várzea, visto que a zona lagunar e terrenos envolventes até à cota de 10m era ainda navegável no século XVII – Várzea da Rainha que chega ao sopé do Castelo de Óbidos - , podendo encerrar vestígios de antigas embarcações e estruturas de acostagem. Existe também um registo (nº 5370) no IPA, com localização exacta não confirmada, de vestígios arqueológicos diversos na zona da Lagoa pertencente ao Concelho de Óbidos.
Os factores de perturbação referidos como mais relevantes são principalmente os seguintes: poluição provocada por esgotos industriais e domésticos e pelos pesticidas trazidos pelas enxurradas através de toda a bacia hidrográfica, forte pressão turística, construção, pisoteio sobre as dunas, queima do caniço, mobilizações profundas do solo para florestação de grandes áreas, possibilidade de drenagem da Poça do Vau para uso agrícola, caça ilegal e abate de espécies protegidas por lei, progressivo assoreamento da zona aberta que tende a fechar a comunicação da Lagoa com o mar.
A Lagoa de Óbidos foi classificada como um Biótopo CORINE (C21100067) com 2600 ha, sendo este apenas um inventário legal; inclui-se no Sítio Peniche/Óbidos que fez parte da Proposta Preliminar da Lista Nacional de Sítios (LNS) ao abrigo da Directiva Habitats (que classifica as lagunas costeiras como Habitats Prioritários), apesar de não ter sido englobado na 1ª e 2ª fases da LNS, que foram publicadas pelas Resoluções do Conselho de Ministros nº 142/97 de 28 de Agosto e nº 76/2000 de 5 de Julho, respectivamente. Esta Lagoa enquadra-se na Lista de Zonas Húmidas elaborada de acordo com a Classificação de Ramsar numa extensão de 800 ha incluída na anterior. Os valores faunísticos relevantes para a sua classificação são 8 espécies constantes do Anexo I da Directiva Aves, 4 espécies de ocorrência ocasional e 1 espécie de mamíferos. Não se encontra enquadrada em nenhum dos outros sistemas de protecção ambiental internacionais da biodiversidade.
A análise dos Planos Directores Municipais de Óbidos e de Caldas da Rainha (PDM’s) e do Plano de Ordenamento da Orla Costeira entre Alcobaça e Mafra (POOC), permite verificar uma clara desarticulação entre os dois municípios e entre estes (particularmente o de Caldas da Rainha) e o POOC, no que se refere à gestão e ordenamento da Lagoa de Óbidos, particularmente no que diz respeito à falta de regimes de protecção que vão para além do previsto no POOC e sigam o espírito de protecção nele previsto. Mesmo o POOC, prevê a existência de demasiadas infra-estruturas de apoio na praia da Foz do Arelho e estas determinam uma pressão humana demasiado grande para uma zona tão sensível, tanto devido à Lagoa de Óbidos como às falésias existentes na praia e Vila da Foz do Arelho, que estão consideradas como áreas sensíveis a proteger.
A Lagoa de Óbidos foi classificada como um Biótopo CORINE (C21100067) com 2600 ha, sendo este apenas um inventário legal; inclui-se no Sítio Peniche/Óbidos que fez parte da Proposta Preliminar da Lista Nacional de Sítios (LNS) ao abrigo da Directiva Habitats (que classifica as lagunas costeiras como Habitats Prioritários), apesar de não ter sido englobado na 1ª e 2ª fases da LNS, que foram publicadas pelas Resoluções do Conselho de Ministros nº 142/97 de 28 de Agosto e nº 76/2000 de 5 de Julho, respectivamente. Esta Lagoa enquadra-se na Lista de Zonas Húmidas elaborada de acordo com a Classificação de Ramsar numa extensão de 800 ha incluída na anterior. Os valores faunísticos relevantes para a sua classificação são 8 espécies constantes do Anexo I da Directiva Aves, 4 espécies de ocorrência ocasional e 1 espécie de mamíferos. Não se encontra enquadrada em nenhum dos outros sistemas de protecção ambiental internacionais da biodiversidade.
A análise dos Planos Directores Municipais de Óbidos e de Caldas da Rainha (PDM’s) e do Plano de Ordenamento da Orla Costeira entre Alcobaça e Mafra (POOC), permite verificar uma clara desarticulação entre os dois municípios e entre estes (particularmente o de Caldas da Rainha) e o POOC, no que se refere à gestão e ordenamento da Lagoa de Óbidos, particularmente no que diz respeito à falta de regimes de protecção que vão para além do previsto no POOC e sigam o espírito de protecção nele previsto. Mesmo o POOC, prevê a existência de demasiadas infra-estruturas de apoio na praia da Foz do Arelho e estas determinam uma pressão humana demasiado grande para uma zona tão sensível, tanto devido à Lagoa de Óbidos como às falésias existentes na praia e Vila da Foz do Arelho, que estão consideradas como áreas sensíveis a proteger.
Fora da área do POOC teria sido essencial que os PDM’s previssem regimes de protecção para todas as cabeceiras drenantes para a Lagoa e tivessem sido contempladas, soluções que previssem a instalação de zonas industriais fora das mesma zona drenante, o que não acontece no PDM de Caldas da Rainha. Embora o PDM desta cidade, preveja uma urgente implementação de um sistema de recolha e tratamento de efluentes domésticos e industriais, o mesmo está longe de ser eficaz, fazendo apenas tratamento primário e drenando para a Lagoa de Óbidos. Este PDM não desobedece ao POOC mas também não avança muito para além dele, notando-se ainda uma clara opção de desenvolvimento económico centrado nas actividades turística, urbanística, agrícola e industrial sem grandes preocupações de ordem de conservação da natureza. Embora seja feita referência por mais de uma vez à necessidade de protecção da Lagoa de Óbidos, esta inclui apenas a sua envolvente mais próxima, descurando o resto da bacia de drenagem. Quanto ao PDM do Concelho de Óbidos, este encontra-se neste momento em revisão e apenas existe para consulta o Plano executado em 1995, mas podemos constatar sem muito esforço que não há concertação entre as duas Câmaras, tanto no que se refere à gestão da Lagoa em si como por exemplo no que se refere à zona de drenagem para o Rio da Cal; o assoreamento de origem fluvial será certamente potenciado pela barragem em construção no Rio Arnóia, que determinará uma perda de capacidade de carga das águas do mesmo; as medidas de abertura ao mar levadas a cabo pelo INAG, tiveram entretanto alguns resultados inesperados e levaram à instabilização das zonas arenosas junto ao Bom Sucesso, com erosão junto a edificações e risco de ruína para algumas construções; o aterro entretanto construído pela Resioste drena com frequência lexiviados não tratados para o Rio Arnóia; o empreendimento turístico com campos de golfe previsto para a Poça das Ferrarias não prevê qualquer forma de minimização de impactos nem beneficiou de um estudo de impacto ambiental prévio; a última avaliação feita pela Empresa Águas do Oeste indica um elevado potencial poluente para a Lagoa de Óbidos, proveniente de suiniculturas, sendo estas essencialmente do Concelho de Óbidos; não foi criado qualquer refúgio ornitológico como previsto e, em vez disso desenharam-se dois percursos pedestres ao longo das margens da lagoa, com pontos de observação ornitológica que talvez não tenham sido muito bem escolhidos e que poderão vir a interferir com a avifauna nela ainda existente.
Conclusões
Se a Lagoa de Óbidos, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza, não merece ainda a classificação de Zona Especial de Conservação ou Zona Húmida de Importância Internacional, para só mencionar estes dois estatutos de conservação, o estado de degradação física em que se encontra e que tende a acelerar-se, aponta em sentido contrário e indica claramente que é absolutamente urgente encontrar uma forma de gestão para este espaço. Esta deverá não passar pela protecção integral com proibição de todas as actividades, mas delinear uma gestão sustentável que permita salvaguardar o habitat e espécies que o integram e, reintroduzir espécies locais desaparecidas nos últimos anos, apontando para uma utilização racional que mantenha os valores culturais, económicos e sociais que fazem desta Lagoa não só um espaço natural a preservar, mas também um local em que a actividade turística de qualidade e a pesca controlada, constituem um dos factores económico-sociais a preservar. Não se pode esquecer a existência desta Lagoa e urge encontrar uma forma de gestão sustentável para a mesma, que evite a sua degradação, recupere o ecossistema natural o melhor possível e, permita que as gerações futuras continuem a poder desfrutar dos seus encantos. Se não forem tomadas medidas de conservação consistentes, esta Lagoa tenderá a degradar-se cada vez mais até um ponto em que talvez já não seja possível a sua recuperação ou, no caso de ser ainda possível, será certamente mais onerosa e difícil. Será que devemos esperar por esse estado de coisas, ou iniciar já os procedimentos necessários à sua protecção e evitar custos desnecessários no futuro?
Conclusões
Se a Lagoa de Óbidos, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza, não merece ainda a classificação de Zona Especial de Conservação ou Zona Húmida de Importância Internacional, para só mencionar estes dois estatutos de conservação, o estado de degradação física em que se encontra e que tende a acelerar-se, aponta em sentido contrário e indica claramente que é absolutamente urgente encontrar uma forma de gestão para este espaço. Esta deverá não passar pela protecção integral com proibição de todas as actividades, mas delinear uma gestão sustentável que permita salvaguardar o habitat e espécies que o integram e, reintroduzir espécies locais desaparecidas nos últimos anos, apontando para uma utilização racional que mantenha os valores culturais, económicos e sociais que fazem desta Lagoa não só um espaço natural a preservar, mas também um local em que a actividade turística de qualidade e a pesca controlada, constituem um dos factores económico-sociais a preservar. Não se pode esquecer a existência desta Lagoa e urge encontrar uma forma de gestão sustentável para a mesma, que evite a sua degradação, recupere o ecossistema natural o melhor possível e, permita que as gerações futuras continuem a poder desfrutar dos seus encantos. Se não forem tomadas medidas de conservação consistentes, esta Lagoa tenderá a degradar-se cada vez mais até um ponto em que talvez já não seja possível a sua recuperação ou, no caso de ser ainda possível, será certamente mais onerosa e difícil. Será que devemos esperar por esse estado de coisas, ou iniciar já os procedimentos necessários à sua protecção e evitar custos desnecessários no futuro?
3 de agosto de 2017
Passeio medieval, ponte dos três caminhos, Aldeia dos Dez e...
Praia fluvial situada na zona marginal do rio Alva, com uma variação de dois cursos de água que formam a ilha do Picoto, onde está instalada uma agradável zona de merendas.
Esta praia é constituída por dois açudes de água na zona circundante da ilha, com um ponto de passagem de peões, uma piscina infantil alimentada com água do rio, zonas de relva, equipamento para piqueniques, balneários e zonas pedonais.
2 de agosto de 2017
1 de agosto de 2017
Piodão, Serra da Estrela, Torre e Seia
Enquanto percorremos a Serra do Açor, ao mesmo tempo que nos deixamos encantar pelo aspecto majestoso e puro da paisagem, a curiosidade e a impaciência invadem-nos... E também pelos precipícios á beira da estrada.
http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/piodao
Seguimos depois sem medos para a Torre da Serra da Estrela, ponto mais alto de Portugal.
Eu já enjoada de tantas curvas e contracurvas, adormeci no banco atrás... até Seia. Aonde provamos muitos queijos e paios. irresistíveis ...
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Seguimos
Seguimos
Seguimos
31 de julho de 2017
S.Giao, Penalva de Alva, Bobadela, Oliveira do Hospital
Penalva de Alva é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Oliveira do Hospital, com 12,12 km² de área e 926 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 76,4 hab/km².
Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013,[1] sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira.
Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013,[1] sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira.
Foi vila e sede de concelho até meados do século XIX. Em 1801 tinha 2 157 habitantes e 37 km². Era constituído pelas freguesias da sede, Alvoco das Várzeas e São Gião. Após as reformas administrativas do início do liberalismo foi-lhe anexada a freguesia de São Sebastião da Feira e a freguesia de São Gião passou para o concelho de Sandomil. Tinha, em 1849, 2 191 habitantes e 25 km².
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