Cem
Soldos é a Aldeia que faz o BONS SONS acontecer.
Localiza-se
na freguesia da Madalena, concelho de Tomar e podemos encontrá-la a
cerca de 5 km de Tomar e a 12 km de Torres Novas, percorrendo a
estrada nacional 349-3.
Em
1192, no reinado de D. Sancho I, já existia registo do lugar de Cem
Soldos. Conta-se, numa versão da história, que o nome de Cem Soldos
deriva de ter havido nesta povoação um destacamento militar de
cerca de cem homens, aos quais, periodicamente, eram enviados “100
soldos” para o pagamento dos seus serviços.
Hoje,
com cerca de 1.000 habitantes, Cem Soldos tem um verdadeiro espírito
comunitário e mantém as suas tradições vivas e actuais,
registando grande envolvimento nas actividades locais, como é o caso
da animada Festa da Juventude em Agosto, a peculiar Festa da Aleluia
na Páscoa e a poderosa fogueira de Natal.
Durante
quatro dias, o BONS SONS toma conta de Cem Soldos, com palcos de
música, feira de artesãos, exposições de arte e inúmeras
actividades a animarem as suas ruas e largos. Cem Soldos é cercada
para receber o Festival, com o seu perímetro a definir os limites do
recinto.
À
chegada, o visitante coloca uma pulseira que lhe dá acesso à Aldeia
e aos locais de espectáculo, começando aqui a experiência do BONS
SONS. Durante os dias do Festival, o visitante é convidado a viver a
Aldeia, conhecer os seus habitantes, partilhar os seus lugares e
tradições.
Com
boas músicas e bons músicos, excepção feita a dois ou três nomes
que vão e vêm como as modas dos tazos ou dos insufláveis, este
festival confirma bandas como os Dead Combo, Linda Martini, Cais
Sodré Funk Connection, ou artistas como Sara Tavares, Gajo, Zeca Medeiros
ou Norberto Lobo. São os fins de tarde com a companhia palavrosa de
Luís Severo ou as noites que não queremos que acabem com a energia
dos Paus, que escrevem a história e a futura mitologia deste
festival e desta terra.
Bons
Sons não é um festival de bandas imaginárias, não é resultado de
uma comunidade imaginária, é real e é necessário. Criar um
festival em Cem Soldos é compreender o que falta no interior
português e preenchê-lo. É música portuguesa na aldeia, é viver
a terra, é dar terra a quem não a teve, e nestes dias não foi
apenas a minha infância que esteve em jogo com o Hélder. Ou se
calhar até foi.
Despedimo-nos com um sorriso sincero e malandro, e
uma certeza: é com muita pena que deixamos Tomar para trás.
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