sábado, 11 de agosto de 2018

Festival Bons Sons em Cem Soldos, um ‘Amor de Verão’

Cem Soldos é a Aldeia que faz o BONS SONS acontecer.
Localiza-se na freguesia da Madalena, concelho de Tomar e podemos encontrá-la a cerca de 5 km de Tomar e a 12 km de Torres Novas, percorrendo a estrada nacional 349-3.
Em 1192, no reinado de D. Sancho I, já existia registo do lugar de Cem Soldos. Conta-se, numa versão da história, que o nome de Cem Soldos deriva de ter havido nesta povoação um destacamento militar de cerca de cem homens, aos quais, periodicamente, eram enviados “100 soldos” para o pagamento dos seus serviços.
Hoje, com cerca de 1.000 habitantes, Cem Soldos tem um verdadeiro espírito comunitário e mantém as suas tradições vivas e actuais, registando grande envolvimento nas actividades locais, como é o caso da animada Festa da Juventude em Agosto, a peculiar Festa da Aleluia na Páscoa e a poderosa fogueira de Natal.
Durante quatro dias, o BONS SONS toma conta de Cem Soldos, com palcos de música, feira de artesãos, exposições de arte e inúmeras actividades a animarem as suas ruas e largos. Cem Soldos é cercada para receber o Festival, com o seu perímetro a definir os limites do recinto.
À chegada, o visitante coloca uma pulseira que lhe dá acesso à Aldeia e aos locais de espectáculo, começando aqui a experiência do BONS SONS. Durante os dias do Festival, o visitante é convidado a viver a Aldeia, conhecer os seus habitantes, partilhar os seus lugares e tradições.
Com boas músicas e bons músicos, excepção feita a dois ou três nomes que vão e vêm como as modas dos tazos ou dos insufláveis, este festival confirma bandas como os Dead Combo, Linda Martini, Cais Sodré Funk Connection, ou artistas como Sara Tavares, Gajo, Zeca Medeiros ou Norberto Lobo. São os fins de tarde com a companhia palavrosa de Luís Severo ou as noites que não queremos que acabem com a energia dos Paus, que escrevem a história e a futura mitologia deste festival e desta terra.
Bons Sons não é um festival de bandas imaginárias, não é resultado de uma comunidade imaginária, é real e é necessário. Criar um festival em Cem Soldos é compreender o que falta no interior português e preenchê-lo. É música portuguesa na aldeia, é viver a terra, é dar terra a quem não a teve, e nestes dias não foi apenas a minha infância que esteve em jogo com o Hélder. Ou se calhar até foi.
Despedimo-nos com um sorriso sincero e malandro, e uma certeza: é com muita pena que deixamos Tomar para trás.

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