quarta-feira, 31 de agosto de 2016

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Conversa entre dois bebés

No ventre de uma mãe havia dois bebés. Um perguntou ao outro:
 
 
"Acreditas na vida após o parto?"
O outro respondeu: "É claro. Tem de haver algo após o parto.Talvez
nós estejamos aqui para nos prepararmos para o que virá mais tarde."
"Disparate", disse o primeiro. "Que tipo de vida seria essa?"
O segundo disse: "Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez
nós possamos andar com as nossas próprias pernas e comer com as nossas
bocas. Talvez tenhamos outros sentidos que não podemos entender
agora."
O primeiro disse: "Isso é um absurdo. O cordão umbilical fornece-nos
nutrição e tudo o mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito
curto. A vida após o parto está fora de cogitação."
O segundo insistiu: "Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja
diferente do que é aqui. Talvez nós não iremos mais precisar deste
tubo físico."
O primeiro contestou: "Disparate, e além disso, se há realmente vida
após o parto, então, por que é que ninguém jamais voltou de lá?"
"Bem, eu não sei", disse o segundo, "mas certamente vamos encontrar a
Mãe e ela vai cuidar de nós."
O primeiro respondeu: "Mãe!, acreditas realmente na Mãe? Isso é
ridículo. Se a Mãe existe, então, onde ela está agora?"
O segundo disse: "Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela.
Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não
poderia existir."
Disse o primeiro:" Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe."
Ao que o segundo respondeu: "Às vezes, quando estamos em silêncio, se
nos concentrarmos e realmente ouvirmos, poderás perceber a presença
dela e ouvir a sua voz amorosa"


Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus.

sábado, 27 de agosto de 2016

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Pica-pau




A RTP nunca apostou muito nos desenhos animados do Pica-Pau (Woody Woodpecker), normalmente eram usados como tapa buracos na programação, o que é uma pena já que era um dos desenhos animados mais divertidos da altura envolvendo um animal representado de uma forma antropomórifca, neste caso um Pica-Pau. Esta ideia surgiu depois de uma viagem em que o criador do programa, Walter Lantz,foi atormentado por um destes animais que ao mesmo tempo provocou-lhe situações engraçadas. Foi difícil vender a ideia aos estúdios da Universal, mas nos anos 40 este animal começou a ganhar destaque nas curta metragens cinematográficas do estúdio atingindo algum sucesso.

No começo ele era desenhado de uma forma mais rude, com um aspecto "louco" e uma aparência grotesca, sendo que as histórias representadas seguiam mais essa linha, atingindo uma grande violência que só viu um abrandamento quando começou a ser transmitido na TV em 1957. Até 1972, altura que o criador decidiu encerrar o estúdio, o desenho foi ganhando contornos mais simpáticos e simples, com o seu comportamento sendo acalmado e abandonando os teores agressivos do começo.


Por cá deu a versão original, um dos actores originais era o lendário Mel Blanc, e a sua gargalhada histérica ganhou contornos épicos com tudo a tentar imitá-la. Mais tarde vi a versão Brasileira e a mesma está extremamente bem feita, os dubladores captaram na perfeição a loucura da personagem e aumentavam o carisma da mesma, um pouco como a dobragem Portuguesa do Ren & Stimpy.

Ben Hardaway e Grace Stafford foram as outras vozes da personagem, mantendo a risada usada por Blanc e que virou imagem de marca do desenho, sendo que sofriam da mesma "aceleração" para dar aquele tom "esganiçado" ao pássaro que combinava com o seu espírito louco e agressivo. Apesar disso tudo, Pica-Pau foi dos primeiros desenhos animados a ter direito a uma estrela no passeio da fama em Los Angeles, e teve uma música baseada nele que alcançou sucesso no top de vendas.

Lembro-me que gostava bastante da revista da editora Abril, tanto quando aparecia ele ou os seus personagens secundários como a Morsa, ou ainda companheiros como o Picolino, um pinguim bem engraçado. Na TV quando ele virou algo mais engraçado e calmo, perdeu muito da piada e do carisma, piorando quando juntaram a ele 2 sobrinhos pequenos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Piada do mês

Uma dona de casa recebe um amante todos os dias em casa, enquanto o marido trabalha.
Durante esse tempo ela mete o filho de 9 anos trancado no armário do quarto.
Certo dia o marido chega a casa e o amante ainda lá está. Então ela tranca o amante no armário onde estava o filho. Ficaram lá um bocado, até que o miúdo diz:
- Tá escuro aqui...
* Tá...
* Eu tenho uma bola de ténis para vender...
* Que giro!
* Queres comprar?

* Não!
* Pronto... Se preferes que eu diga ao meu pai...
* Quanto é que queres pela bola?
* 5 contos.
* Toma.
Uma semana depois, o marido torna a chegar cedo. O amante está em casa. O miúdo está no armário. O amante vai para o armário. Eles lá ficam em silêncio até que o miúdo diz:
* Tá escuro aqui...
* É, está.
* Eu tenho aqui uma raquete de ténis para vender por 50 contos.
* Que bom.
* Queres comprar?
* 50 contos??? É muito cara!!
* Se preferes que eu diga ao meu pai... É contigo..

* Nao, não... Eu compro.
* Aqui está.
Outra semana depois, o marido torna a chegar cedo. O amante está em casa. O miúdo está no armário. O amante vai para o armário. Eles lá ficam em silêncio até que o miúdo diz:
* Tá escuro aqui...
* É, está.
* Eu tenho aqui umas sapatilhas da Nike para vender por 100 contos.
* Que bom para ti.
* Queres comprar?
* 100 contos??? Tás doido?!!

* Se preferes que eu diga ao meu pai... É contigo..
* Não não, eu compro, eu compro.
No fim-de-semana, o pai chama o filho:
* Pega na bola e na raquete e vamos jogar.
* Não posso. Vendi tudo.
* Vendeste? Por quanto?
* 155 contos.
* Não podes enganar os teus amigos assim. Vou levar-te agora ao padre para te confessares.
Chegando à igreja, o miúdo entra pela portinha, ajoelha-se e fecha a portinha. Abre-se uma janelinha e aparece o padre.
* Meu filho, não temas a Deus, diz e Ele perdoar-te-á. Qual é o teu pecado?
* Tá escuro aqui, não tá?
* Não vais começar com essa merda outra vez, pois não??

Praias Fluviais Aldeias do Xisto

O número de Praias Fluviais Aldeias do Xisto distinguidas continua a aumentar! Ano após ano estão entre as melhores Praias Fluviais do país com diversos galardões.
BANDEIRA AZUL DISTINGUE 11 PRAIAS FLUVIAIS ALDEIAS DO XISTO:
Albufeira de Santa Luzia, Pampilhosa da Serra
Alvôco das Várzeas, Oliveira do Hospital
Bogeira, Lousã
Bostelim, Vila de Rei
Canaveias, Góis
Carvoeiro, Mação
Louçainha, Penela
Pampilhosa da Serra
Peneda/ Pego Escuro, Góis
Pessegueiro, Pampilhosa da Serra
Piódão, Arganil

Bandeira Azul é um símbolo de qualidade ambiental atribuído anualmente às praias e portos de recreio e marinas que se candidatam e que cumpram um conjunto de critérios. Os Critérios do Programa Bandeira Azul estão divididos em 4 grupos: Informação e Educação Ambiental; Qualidade da Água; Gestão Ambiental e Equipamentos; Segurança e Serviços.
A Associação Bandeira Azul faz uma avaliação na altura do início da época balnear e uma monitorização ao longo do verão para comprovar o respeito pelos requisitos.
QUERCUS DISTINGUE 10 PRAIAS FLUVIAIS ALDEIAS DO XISTO:
Também a Quercus identificou este ano 10 praias fluviais Aldeias do Xisto que distinguiu com a Medalha de Ouro:
Albufeira de Santa Luzia, Pampilhosa da Serra
Bogeira, Lousã
Carvoeiro, Mação
Fernandeires, Vila de Rei
Fróia, Proença-a-Nova
Peneda da Cascalheira/ Secarias, Arganil
Peneda/ Pego Escuro, Góis
Pessegueiro, Pampilhosa da Serra
Piódão, Arganil
Zaboeira, Vila de Rei

As avaliações da Quercus têm em conta as análises realizadas à água seguindo parâmetros de elevado rigor que incluem a avaliação das análises efetuadas às praias nos últimos cinco anos, exigindo a associação que os resultados do último ano sejam todos excelentes por forma a garantir a qualidade e uma maior fiabilidade.
A partir deste ano, passou a ser igualmente ponderado na atribuição do galardão, a existência de eventuais atentados ambientais ou paisagísticos nas praias.

domingo, 21 de agosto de 2016

Cardigos e Penedo Furado

CARDIGOS
A Praia Fluvial de Cardigos está localizada a 5 min da freguesia de Cardigos, na estrada que liga Cardigos ao lugar dos Vales no concelho de Mação.
Localizada a junto da Barragem do Vergancinho, em Cardigos possuichurrasqueiras próprias, um espaçoso parque de merendas, um bar de apoio, e uma agradável zona de descanso.
Existe zona relvada muito convidativa para estender a toalha (com sombra natural), e ainda um pequeno espaço com areia e chapéus de palha.

PENEDO FURADO

As características do maciço rochoso fazem deste local, bastante arborizado, um autêntico paraíso, oferecendo um conjunto de pequenas quedas de água, visíveis a escassos metros, que podem ser apreciadas ao percorrer um estreito caminho talhado na rocha. Esta é a estância balnear mais procurada do concelho de Vila de Rei, não só pela sua água límpida e cristalina que lentamente vai correndo pelo leito, através de uma passagem natural na rocha, mas também pelas infra-estruturas.
Este local é indicado para programas de família, pois a água tem pouca profundidade. A praia é também bastante procurada por campistas.
O local permite a realização de diversas atividades desportivas, tais como pedestrianismo, escalada, rappel, slide ou canoagem, sendo um espaço polivalente de recreio e lazer. A água desta praia é classificada nos últimos anos como Boa e/ou Excelente.
Na zona mais elevada, existe um rochedo gigantesco com uma enorme abertura de feitio afunilado, que dá nome à praia, onde foi criado o Miradouro do Penedo Furado, de onde é possível admirar a magnífica paisagem de serras e montes revestidos de pinhais, a ribeira do Codes, a albufeira da Barragem do Castelo do Bode e algumas casas das povoações envolventes.
Do lado direito do miradouro, existe um nicho com a imagem de Nossa Senhora dos Caminhos, após a qual existe um trilho lateral que permite passar à zona mais baixa do penedo, e descer até à praia fluvial, passando pela denominada “Bicha Pintada”.
A “Bicha Pintada”, localizada na margem direita da Ribeira do Codes, abaixo do miradouro do Penedo Furado, é um fóssil que, segundo alguns estudiosos, se crê que tenha mais de 480 milhões de anos, inserido no topo de uma camada de quartzito cinzento-escuro, com 30 cm de espessura.
Próximo do Miradouro do Penedo Furado, existe o Miradouro das Fragas do Rabadão, onde existe uma via-sacra e um pequeno santuário, cujas estatuetas foram oferecidas por populares, de onde se pode apreciar a paisagem até à albufeira de Castelo de Bode e onde se inicia um trilho confluente com o trilho do miradouro anterior, com ligação à "Bicha Pintada".
No local existe também o Trilho das Bufareiras, percurso pedestre linear que culmina na Praia Fluvial do Penedo Furado e que conduz depois por caminhos antigos e plenos de mistério até à zona das Bufareiras, local de uma paisagem invulgar, fruto do maciço rochoso envolvente, por onde se descobrem várias quedas de água naturais, sendo um dos locais mais emblemáticos da região e importante atrativo turístico do concelho.
O Penedo Furado é um dos locais mais místicos da região. Mitos, contos e lendas que o povo foi passando de geração em geração, fazem também parte da História do Penedo Furado e deixam a imaginação popular aliar-se a toda a beleza do espaço envolvente.

Este era só crianças a falar alto e os pais a gritar. Mtos emigras...

Neste, sim, foi um místico lugar, aonde ficamos, mergulhamos, comemos e apreciamos a linda paisagem, junto ás cascatas. 

Adeus, até um dia..

Já foram duas, há-de haver uma terceira....

sábado, 20 de agosto de 2016

Belver e Alamal

 
O Sítio
Carta Militar de Portugal, escala 1:25000, fl. 322
Coordenadas: Latitude: 39º29'46''N (39.4962)
Longitude: 7º57'27''W (-7.9576)
Distrito: Portalegre
Concelho: Gavião
Freguesia: Belver
O Castelo de Belver ergue-se na vertente sul de um cabeço granítico em cotas da ordem dos 229 m. As suas encostas sul e oeste apresentam uma inclinação acentuada, o que lhes confere uma certa defensibilidade natural. O acesso ao castelo é feito pela encosta nascente.
Encontramos o castelo, a 500 m da vila com o mesmo nome e a 4,5 km para noroeste da vila de Gavião, a cavaleiro da margem direita do Rio Tejo. A 500 m deste Castelo encontramos a confluência da Ribeira de Belver com aquele rio. Esta situação confere um excelente comando sobre a rede fluvial do médio Tejo. Esta localização revelou-se de grande importância estratégica no controlo e vigilância da travessia do Tejo talvez já desde a época romana, acentuando-se no período da reconquista cristão e da 1ª dinastia, em que a defesa da Linha do Tejo era uma necessidade absoluta.
Por aqui passava uma via, com origem romana, com travessia do rio por uma ponte (já desaparecida), que ligava Mérida à Guarda e dava também serventia à ligação entre Mérida e Conímbriga.
Estrategicamente construído, sobranceiro ao Tejo, dominando a paisagem, é facilmente defensável pelas encostas sul e oeste devido à inclinação acentuada e características rochosas do terreno. O acesso ao Castelo é feito pela encosta nascente onde se formou a vila de Belver.
 

Os Acontecimentos
Não é conhecida uma presença mais antiga que o período medieval, séc. XII, para o Castelo de Belver.
João de Almeida, em 1948, sugere-nos que onde hoje se ergue o castelo de Belver teria havido um castro lusitano e que após a conquista romana, ali teria sido erguido no séc. I a. C uma fortificação destruída pelos Vândalos em 411. Tais afirmações não podem ser, neste momento confirmadas, uma vez que não existem evidências arqueológicas que atestem a sua veracidade. Apenas uma investigação arqueológica poderá clarificar esse passado remoto do Castelo de Belver. São, contudo, conhecidos no território da freguesia elementos do Neolítico (monumentos megalíticos) e ainda de vários achados atribuíveis à época romana (como a Quinta do Ribeiro de Nata).
Em 1194, com a doação das terras de Guindinstesta à Ordem Militar dos Hospitalários de São João de Jerusalém, por D. Sancho I, são dadas indicações para a construção de um castelo a que se chamará de Belver. Este estaria operacional em 1212 sendo um dos mais importantes locais da referida Ordem. A importância de Belver assume-se durante esta fase da Reconquista, em que o Tejo separa os reinos cristãos dos muçulmanos, assumindo-se como fronteira, mas também como linha de defesa. À Ordem do Hospital foi dada a tarefa de defesa e povoamento da região, procurando desta forma consolidar a possessão dos novos territórios. Terá sido essa a génese da vila de Belver, que nasce a nascente e sobre a protecção do seu castelo. Antes da ainda da conclusão da sua construção, em 1210, D. Sancho I, em testamento, deixa à guarda do Prior da Ordem do Hospital, no Castelo de Belver, uma parte importante do tesouro constituído por 500.000 maravedis de ouro e 1.400 marcos de prata destinados aquela ordem, demonstrando assim que o Castelo já estaria numa fase quase imediata de conclusão.
Após a definição das fronteiras, que genericamente consideramos após 1297, com o Tratado de Alcanizes, e com a conquista do Algarve, o castelo de Belver vê a sua função inicial diminuída, tendo perdido alguma da sua importância.
No contexto da crise política de 1383-85, e das sequentes guerras com Castela o Tejo como linha de defesa volta a ter a sua importância, e com ele o Castelo de Belver. Esta renascida importância está patente nas obras de ampliação e melhoramento executadas no Castelo por ordem do Condestável D. Nuno Álvares Pereira em 1390. Após a paz com Castela em 1411 o castelo e toda a linha de defesa do Tejo voltam, novamente, a perder importância estratégica.
Ainda no séc. XV, Belver é palco de confrontos que envolvem partidários da Rainha viúva D. Leonor contra as tropas do Regente D. Pedro, sendo que, nesta ocasião, Belver tomara partido pela Rainha, enfrentando o cerco imposto por D. Lopo de Almeida às ordens de D. Pedro.
Durante o séc. XVI o castelo terá servido de presídio para Luís de Camões mas também como residência nobre para a princesa Santa Joana que, neste castelo de Belver, terá vivido alguns anos. Já na segunda metade do séc. XVI, o príncipe D. Luís, filho de D. Manuel I , terá mandado construir a capela de S. Brás no interior do recinto do castelo. Em 1580 o povo e o alcaide de Belver opõem-se ao poder Filipino tomando partido por D. António, Prior do Crato.
A partir do final do séc. XVI, o Castelo de Belver não foi adaptado às novas formas de fazer guerra, com o recurso à pirobalística resultando em novos traçados de fortificação. Foi progressivamente votado ao esquecimento, em parte pela inadequação da sua planta medieval à nova fortificação e porque o seu valor estratégico não era suficiente numa península unida.
No séc. XVIII, em 1755, o grande terramoto danificou gravemente o castelo que permanecerá em estado de abandono e esquecimento até ao séc. XIX altura em que o seu perímetro será utilizado como cemitério da vila. Em 1909 a terra volta a tremer e este novo sismo agrava mais o seu estado de ruína. Assim permanecerá até às campanhas de restauro efectuadas na década de 40 do séc. XX pela Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais.
Actualmente o castelo está abrangido pelo Programa de Recuperação de Castelos promovido pelo IPPAR.

O Desenho
Embora não tendo notícia de representações antigas da planta do Castelo, alguns trabalhos de investigação desenvolvidos no perímetro fortificado permitem-nos considerar este castelo como um dos mais imponentes construídos pela Ordem dos Hospitalários em Portugal.
Na sua construção encontramos elementos característicos da Ordem, como por exemplo a torre de menagem não maciça, mas com masmorra no seu piso térreo (como acontece também no Castelo da Amieira do Tejo) e o acesso à porta principal do castelo protegido por um cotovelo e a porta ladeada por poderosas torres, a sul. Algumas características testemunham a vivência da Ordem no mediterrâneo e Próximo Oriente, que daqui trouxeram soluções arquitectónicas militares e incorporaram-nas nas suas edificações.
O Castelo de Belver está perfeitamente adaptado às condicionantes do terreno, resultando na sua planta irregular, com uma forma ovalada. As muralhas apresentavam ameias e a torre de menagem, de planta rectangular está isolada no centro do perímetro. Estaria unida ao adarve da muralha por uma passadiço hoje desmantelado.
A porta da traição encontra-se discretamente dissimulada na banda poente da muralha por um torreão semicircular e por um ressalto da própria muralha cujo acesso exterior é naturalmente protegido pela íngreme e pedregosa encosta. No lado oeste do perímetro encontramos também a cisterna de duas bocas redondas. A sul, fronteiro à porta principal do castelo, encontramos as ruínas dos edifícios da alcaidaria e da guarnição.
O castelo, apesar de algumas modificações ao longo dos séculos, manteve praticamente intacta a sua primitiva estrutura, considerando-se uma das mais representativas da fase românica da arquitectura militar no nosso país. Das campanhas de restauro e fortificação promovidas por D. Nuno Álvares Pereira, no final do séc. XIV, temos na cisterna de duas bocas a maior evidência. Podemos considerar que terão ocorrido algumas alterações na estrutura fortificada, mas nesta fase da investigação não existem dados suficientes para com clareza os identificarmos. Do século XV, é a porta de entrada, com arco de volta redonda.
O papel de Belver na Guerra da Restauração está ainda por descobrir. Na sua planta actual não temos praticamente vestígios de intervenções nesta altura, com excepção de uma pequena obra exterior, adossada à muralha oeste, batendo o rio. Há notícias de que o Eng.º holandês Cosmander pudesse ter feito aqui uma intervenção, no âmbito das suas competências enquanto inspector das praças alentejanas.
O que está hoje visível em Belver é resultado das campanhas da década de 40 do séc. XX. Dentro do perímetro fortificado, a norte, podemos encontrar ainda a Capela de S. Brás datada do séc. XVI, exemplar da arquitectura renascentista, com elementos de traça maneirista que inclui um belo retábulo-mor de influência italiana.

Traços de Identidade
Este castelo é o primeiro construído na íntegra pelos Hospitalários em Portugal e é, ainda hoje, um magnifico exemplar da arquitectura militar românica da baixa Idade Média.
Foi declarado Monumento Nacional em 1910 (16-06-1910, Diário do Governo n.º136, de 23-06-1910), foi ainda decretado uma ZEP (zona especial de protecção) regulamentada no Diário do Governo (II Série), n.º 74, de 31-03-1947.
Serenamente imponente, altaneiro sobre o Tejo, domina a paisagem circundante sulcada pelo vale do Tejo a Sul e pelo vale da Ribeira de Belver, a oeste na sua confluência com aquele rio. Contrariamente às práticas de construção da época, em castelos estratégicos, cujas torres de menagem eram habitualmente maciças até à altura do adarve, em Belver encontramos uma torre de menagem não maciça e com masmorra no piso térreo, Característica introduzida pelos Hospitalários. A importância estratégica deste castelo está associada à importância de defesa da linha do Tejo. Assim que esta se consolidou, este castelo perde gradualmente a sua relevância militar, recuperando-a ocasionalmente quando o Tejo se transforma em potencial espaço de contenda.
As belas vistas que se apreciam do cimo das suas muralhas terão provavelmente inspirado o nascimento da lenda que associa o nome do castelo à exclamação proferida por uma bela princesa ao ver tal paisagem, “Oh meu pai, que belo ver!”. No entanto sabemos hoje que o nome de Belver foi imposto pelo próprio rei D. Sancho I quando confiou aquelas terras à Ordem Militar do Hospital e patente no próprio documento da doação.
A importância deste Castelo de Belver no séc. XIII é comprovada pelo facto de ser um dos seis lugares do reino onde se guardava o Tesouro Real.
Olhando para sul, para a outra margem do rio, onde outrora espreitava o perigo mouro, compreende-se como foi importante o olhar atento deste castelo para a defesa e consolidação da nacionalidade.

Cronologia do Monumento
Primeira ocupação militar do local desconhecida; apesar de conhecida e confirmada por vestígios arqueológicos a ocupação Romana da região de Belver, não existem ainda dados suficientes para o sítio do castelo;
1184 – Reconquista definitiva liderada por D. Sancho, (futuro D. Sancho I) ainda no reinado de D. Afonso Henriques;
1194 – Doação do termo de Guindinstesta por D. Sancho I à Ordem Militar dos Hospitalários de São João de Jerusalém, onde se encontra a referência ao castelo de Belver;
1194 – Construção do Castelo de Belver;
1210 – Recebe à sua guarda uma parte do Tesouro Real;
1212 – Conclusão da construção do castelo;
1336 – Belver é uma das comendadorias mais importantes da Ordem do Hospital;
Até 1341 – Belver era a localização mais a sul da Ordem do Hospital, altura em que se transferiu para o Crato;
1390 – obras de restauro e fortificação por ordem do Condestável D. Nuno Álvares Pereira;
1440 – Confrontos entre partidários da Rainha viúva D.ª Leonor e as tropas do Regente D. Pedro que cercam a vila e o castelo;
1518 – A vila de Belver recebe Carta de Foral de D. Manuel I;
1553 – Prisão de Luís de Camões no Castelo de Belver;
1580 – Resistência ao domínio Filipino tomando partido por D. António, Prior do Crato;
1642 – Notícia de uma provável intervenção de João Cosmander;
1755 – Gravemente danificado pelo terramoto;
1846 – Inicio da utilização do recinto do castelo como cemitério;
1909 – Danificado por outro sismo;
1910 – Declarado Monumento Nacional (16-06-1910, Diário do Governo n.º 136, de 23-06-1910);
Séc. XX – Nos anos 40 tem lugar uma campanha de restauro integral levada a cabo pela DGEMN;
1947 – Classificado como Zona Especial de Protecção; Diário do Governo (II Série), n.º 74, de 31-03-1947;
2005 – o castelo de Belver é integrado no “Programa de Recuperação de Castelos”, sob a alçada do IPPAR, com obras de recuperação que ainda decorrem.

A praia fluvial da Quinta do Alamal é um daqueles lugares concebidos pela magia da Mãe Natureza. 
As águas do Tejo encontram neste recanto, um abrigo, um lugar de descanso na sua caminhada para o mar. 
O extenso areal da praia é bordejado por arvoredo, frondoso, as madressilvas enleiam-se pelos medronheiros carregados de frutos vermelhos, os cheiros doces dos botões de ouro, da murta, dos lírios selvagens, espalham-se pelos ares na orvalhada das manhãs, os amieiros, os freixos os salgueiros, espelham-se nas águas límpidas do rio.
A paz reina, e no silêncio do lugar, só se ouve o sussurrar das águas que correm nos regatos que serpenteiam os socalcos de pedra seca da velha Quinta do Alamal. 
A praia do Alamal, é um lugar que conta um tempo antigo, um tempo que corre devagar, um tempo de cores e de cheiros, um tempo de outros tempos.
É muito mais que uma Praia, é um espaço singular na sua excelência ambiental, patrimonial e paisagística.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Penhascoso - Aldeia do Rock está em festa de 19 a 21 de Agosto


Penhascoso, no concelho de Mação, vai estar em festa de 19 a 21 de agosto com um programa que abrange concertos, passeio de Chapas Amarelas, garraiada, celebrações religiosas, entre outros
atrativos.

Durante o fim de semana são muitas as bandas e DJ's que vão passar pelas festas do Penhascoso. Presença habitual naquela que é considerada a aldeia do rock, os Ferro & Fogo atuam no último dia do evento

História

A freguesia nem sempre teve o nome de Penhascoso, sendo que até ao ano de 1941 era chamada de Panascoso. A origem deste topónimo filiar-se-ia no nome de uma planta gramínea panasco, abundante nesta região a utilizada como pasto pelos gados. No entanto, a 10 de Abril de 1941, o decreto lei n.º 31212 determinou que o topónimo fosse alterado para Penhascoso, argumentando que o nome da povoação derivava da palavra antiga Peña, entretanto convertida em penha, cujo significado estaria de harmonia com as características rochosas ou penhascosas do terreno onde a localidade se situava mas que, na realidade, não se verificam. Existiu grande discussão em tal ocasião sendo estas duas as teorias as existentes e comunicadas.
Após a reconquista cristã, Penhascoso terá pertencido durante bastante tempo à comarca de Tomar, ao contrário de grande parte do Concelho de Mação, pagando foro pela captação de águas das ribeiras para moinhos, pisões e lagares de azeite à Coroa portuguesa.
Pertencendo ao Concelho de Sardoal até 1895, é incorporada no concelho de Mação em 1898. Nesta região foram encontrados vestígios de civilizações que por aqui se fixaram dos quais se destacam a descoberta de uma alabarda de sílex que fez remontar a antiguidade do povoamento desta zonas a eras muito remotas. Existem também vestígios de um castro onde se defende ter sido a origem da povoação.
Nas localidades envolventes, sabe-se terem sido levadas a cabo actividades como a exploração aurífera nas margens de ribeiras, devido à descoberta de vários utensílios entre os quais um machado, em Março de 1944, no Casal da Barba Pouca - freguesia de Penhascoso, denominada alabarda de sílex a maior da Península Ibérica. De realçar que o Sr. Boaventura Marques foi o autor deste achado durante a preparação (lavoura) do terreno para semear o milho. Posteriormente esta alabarda foi gentilmente oferecida ao Museu de Mação.

Localidades

  • Penhascoso
  • Casal de Barba Pouca
  • Espinheiros
  • Monte Penedo
  • Queixoperra
  • Ribeira de Boas Eiras
  • Serra

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Festival Andanças evacuado devido a incêndio no parque de estacionamento


Alguns dos carros destruídos, numa foto partilhada na rede social Facebook.

Mais de 100 viaturas foram afetadas por um incêndio que deflagrou num carro no parque de estacionamento do festival Andanças, em Castelo de Vide, devido às altas temperaturas. As cerca de 4 mil pessoas que estavam no recinto foram retiradas por precaução. Não há informação de feridos.


Última atualização às 18:38
Ao que tudo indica, o fogo terá começado após uma explosão num carro, cerca das 15:00. O incêndio espalhou-se rapidamente a outros veículos.
O comandante distrital de operações de socorro, Belo Costa, indicou não haver registo de danos pessoais, mas "prejuízos materiais enormes", com centenas de viaturas danificadas, em Castelo de Vide.
"Estavam quatro mil pessoas no recinto, que foram retiradas por precaução", referiu Belo Costa, frisando que foi acionado o plano de emergência do festival e que "funcionou".
O incêndio foi entretanto dominado, segundo informação da Proteção Civil e da GNR pelas 16:40. Cerca de 160 operacionais, com o apoio de 42 viaturas e quatro meios aéreos, combateram as chamas.



RUI FLORIDO/SIC

Festival deve ser retomado ainda hoje
Em declarações aos jornalistas, Graça Gonçalves, da organização, explicou que "há condições para manter o festival em funcionamento" e que, da parte dos promotores, "está tudo a postos para continuar", aguardando-se apenas a autorização das diferentes forças de segurança e socorro.
Haverá, no entanto, algumas alterações na programação.



RUI FLORIDO/SIC

O "Andanças" - Festival Internacional de Danças Populares decorre desde segunda-feira nas margens da albufeira de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide.
Promovida pela PédeXumbo, Associação para a Promoção da Música e Dança, a 21.ª edição do festival esperava receber, até domingo, 40 mil visitantes, numa área de 28 hectares.



EDGAR LIB\303\223RIO

Organização do festival diz ter seguro que cobre danos de incêndio
A organização do festival tem um seguro que cobre os danos resultantes do incêndio.
"A organização tem um seguro que cobre os danos e agora estamos em contacto com a seguradora para avaliar tudo", disse aos jornalistas, no local, Graça Gonçalves, pouco depois das 17:00.
"Sabemos apenas que o incêndio deflagrou no parque de estacionamento, supostamente num carro que se incendiou e depois teve um efeito de contágio, atingindo várias dezenas ou mesmo centenas de carros. Não podemos avançar um número porque essa peritagem está ainda a decorrer", afirmou o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita.



EDGAR LIB\303\223RIO

GNR investiga causas do incêndio
As causas do incêndio estão a ser investigadas no terreno pela GNR, disse à agência Lusa fonte da força de segurança. Os indícios apontam para que fogo tenha tido origem numa viatura num dos parques de estacionamento.
De acordo com a mesma fonte, a investigação só passará para a Polícia Judiciária se forem detetados indícios de origem dolosa. A GNR vai proceder também à identificação das viaturas afetadas, admitindo ser um "trabalho moroso".