A alguns filhos e netos de Goa: Hoje, dia 18 Dez 15, passa-se mais um aniversário em que Goa deixou de ser uma colónia qualquer. Nesse remoto dia 18 de Dez, Goa acordou cedo, descalçou os sapatos de salto alto e sentiu nos pés a frescura da terra, despiu-se de roupas, à moda europeia, de cores escuras e tristes, num impulso irresistível de ser ela própria. Vestiu um sari alegre e descalça, sentou-se no balcão, sempre bela, e ficou expectante, no meio do turbilhão de ideias e imagens que mais uma vez, depois de séculos, a fez sentir insegura. O futuro dos seus filhos, uns ali em seu redor e outros tantos espalhados pelo mundo ? Naquele momento de ansiedade, só precisava de um abraço apertado da sua Mãe. Será que ela a perdoava? De facto, não sei se a perdoou ou não. Mas há meses atrás, também eu, perdida na estrada sinuosa da vida, tive saudades dela, do seu abraço, e escrevi o poema que envio em anexo e que vos dedico no dia de hoje Para ti Goa Fui à tua procura ...