sexta-feira, 31 de março de 2017

domingo, 26 de março de 2017

Mudança da Hora


Mudança para a hora de Verão 

é já no domingo

Á uma da manhã muda para as duas. 
Dormimos menos, mas a tarde é dia até as 20h. 
:) 

sexta-feira, 24 de março de 2017

quinta-feira, 23 de março de 2017

Loiros ( também existem)

Carlos era loiro, estúpido e muito tímido, 
mas arranjou uma namorada num dia de inspiração.
Um dia, saíram de carro para um passeio pela Costa da Caparica.
Depois de andarem alguns kms,
o Carlos ganhou coragem e pôs a mão nas pernas dela.
E ela disse:
- Se quiseres, podes ir mais longe.
Animado, Carlos engatou a quinta e foi até ao Algarve...

quarta-feira, 22 de março de 2017

Vivências

Calce as minhas sandálias apertadas, chore as minhas lágrimas, vivencie as minhas angústias e medos, lute as minhas lutas de cada dia e quem sabe assim (e só assim) eu conceda a você o direito de julgar o modo como conduzo a minha vida.
- Romara Magalhães

segunda-feira, 20 de março de 2017

domingo, 19 de março de 2017

Saudades do meu Pai


Tenho muitas saudades do meu Pai, 
que me faz tanta falta.
Por vezes falo à espera da tua resposta, 
Nada, nem uma palavra. 
Mas depois apareces em sonhos, 
apareces nalguma lembrança,
apareces naquela nuvem que passou, 
sorrindo para mim. 
Eu sei que estás e estarás sempre 
a olhar por mim
e pelos os teus. 
Mas ás vezes, as saudades são tantas...
A vontade que tenho de mostrar 
o que mudou na minha vida. 
Perguntar-te tantas coisas...
Que as lágrimas saem...
Eu sei que um dia iremos encontrar-nos, 
um dia, iremos abraçar-nos, 
Um dia, meu Pai.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Harry Potter and the Half-Blood Prince, publicado no Brasil sob o título de Harry Potter e o Enigma do Príncipe e em Portugal como Harry Potter e o Príncipe Misterioso, é o sexto livro da série Harry Potter, escrito por J. K. Rowling.
O livro foi lançado oficialmente dia 16 de julho de 2005 nos Estados UnidosReino UnidoIrlandaCanadáAustráliaÁfrica do Sul e Nova Zelândia. Como as traduções são demoradas, o livro em inglês esteve em circulação por um bom tempo (assim como traduções "bootleg" na internet), tendo chegado ao primeiro lugar dos "livros mais vendidos".
A editora portuguesa decidiu traduzir o título como Harry Potter e o Príncipe Misterioso (apesar de antes ter pensado adotar o título de Harry Potter e o Príncipe das Poções) e lançou-o no dia 15 de Outubro de 2005.

No primeiro capítulo, ficamos sabendo dos encontros que aconteciam entre o Primeiro-Ministro dos Trouxas e o Ministro da Magia. No último encontro deles, Cornélio Fudge explica ao primeiro-ministro da Grã-Bretanha que os acontecimentos que devastaram o país nos últimos tempos eram obra dos seguidores de Voldemort, o perigoso bruxo das trevas que retornara dois anos antes. Fudge conta também que renunciou a seu cargo de Ministro da Magia após sofrer forte pressão, tendo assumido o cargo o Chefe da Seção de AuroresRufo Scrimgeour.Harry Potter e o Enigma do Príncipe é o sexto livro da série, ele é o 3º livro que não começa com Harry no primeiro capítulo (o primeiro foi Harry Potter e a Pedra Filosofal, que começou narrando a vida dos Dursley pouco antes da chegada de Harry, e o segundo, Harry Potter e o Cálice de Fogo, contado do ponto de vista do jardineiro Franco Bryce, o que foi assassinado por Lord Voldemort,e o quarto foi Harry Potter e as Reliquias da Morte onde começa com Voldemort e os Comensais da Morte discutindo como irão capturar Harry, quando estiver saindo da casa dos tios; esse livro se passa entre Julho de 1996 e Junho de 1997.
Longe dali, chegavam à Rua da Fiação (Beco do Urdidor, na versão de Portugal / Spinner's End, no original) as irmãs Belatriz Lestrange e Narcisa Malfoy, à procura de um dos servos mais fiéis de Voldemort. Para espanto de muitos, este fiel servo é ninguém menos que Severo Snape, que mostra sua lealdade a Voldemort e explica com riqueza de detalhes por que ele não procurou o Lorde durante os anos de exílio e por que não matou Harry durante os últimos cinco anos em Hogwarts. Além disso, ele faz um Voto Perpétuo (Juramento Inquebrável, na versão de Portugal) para Narcisa, prometendo ajudar seu filho Draco Malfoy em sua primeira missão como Comensal da Morte, e se percebesse que Malfoy não conseguiria cumprir a tarefa, tomaria como seu o trabalho não terminado. Essa tarefa, como mais tarde descobrimos, é assassinar Alvo Dumbledore, o diretor de Hogwarts.
Dumbledore vai buscar Harry em casa e o leva para um pequeno povoado aonde morava o ex-professor de Poções de Hogwarts, Horácio Slughorn. O objetivo do diretor era convencer o professor a voltar a ensinar Poções na escola, e levou Harry para impressioná-lo, que tinha o que Slughorn sempre prezou: poder, inteligência, carisma. Conseguindo então convencer o novo professor de Poções, Dumbledore leva Harry até A Toca, aonde descobre que passou nos N.O.M.s e também que se tornará chefe da equipe de Quadribol da Grifinória
Devido ao aumento de atividades dos Comensais da Morte, mudanças ocorrem em Hogwarts. Snape finalmente conseguiu tornar-se Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, sendo substituído no seu cargo de Poções pelo veterano professor de Hogwarts, Horácio Slughorn, que só voltou a Hogwarts depois de ser persuadido por Harry e Dumbledore.
Harry se torna capitão do time de Quadribol e escolhe seu novo time, colocando Rony Weasley como goleiro e Gina Weasley como artilheira. Harry não tinha comprado o material de poções, pois Snape não o aceitaria com a nota que tirou nos N.O.M.s - mas Slughorn sim. Assim, Harry recebeu um exemplar de "Curso avançado no preparo de poções" usado, cujo antigo usuário se auto-intitulava "Príncipe Mestiço". Graças às anotações que o Príncipe fazia em seu livro, Harry passa a ser o melhor aluno em Poções, superando até mesmo Hermione Granger. Além disso, o livro continha vários feitiços e encantamentos criados pelo próprio Príncipe. No primeiro dia de aula de poções Harry ganha uma poção da sorte (Felix Felicis) por ter feito, com ajuda do Príncipe, a melhor poção da aula (a Poção Morto-Vivo). Ele usa um pouco da poção da sorte para conseguir uma lembrança do professor Slughorn com a sua sorte, visita o enterro de Aragogue (a aranha gigante de Hagrid), desfaz o namoro de Rony e Lilá Brown(que só atrapalhava o relacionamento do trio (por causa do ciúme de Hermione) e o de Dino e Gina, por quem estava tremendamente apaixonado mas tentava negar seus sentimentos devido ao fato de ela ser irmã de Rony.
Durante a história, vários objetos enfeitiçados ou envenenados são colocados pra dentro da escola, e, consequentemente, todos seriam mandandos a Dumbledore. Harry tem uma forte impressão de que é Malfoy que está tramando e colocando os artefatos para dentro da escola, e diz isso até todos cansarem e o ignorarem. Mas ele continua a verificar sempre aonde Malfoy está, pelo Mapa do Maroto (descobria de vez em quando que ele não estava nos terrenos da escola - coisa que o intrigava).
Dumbledore passa a dar "aulas particulares" para Harry durante todo o ano, mostrando-lhe na Penseira (Pensatório, na versão de Portugal) lembranças relacionadas a Voldemort, que comprovam a busca do Senhor das Trevas pela imortalidade através da criação de Horcruxes, objetos que guardam partes da alma. Duas Horcruxes já foram destruídas (o diário de Tom Riddle, em A Câmara Secreta, e o anel de Servolo Gaunt, avô de Voldemort). Nesse meio tempo, Harry é acertado por um balaço arremessado pelo goleiro, Córmaco McLaggen, sofrendo traumatismo craniano, que havia substituído Rony, pois ele fora envenenado antes do segundo jogo da temporada. Harry, devido à detenção de Snape, perde o último jogo da temporada e, de volta à Sala Comunal, descobre que seu time venceu quando Gina vem correndo abraçá-lo. Harry, então, a beija e, como Rony não fez nenhuma reivindicação, eles começam a namorar. Dumbledore descobre uma nova Horcrux e Harry, achando que aconteceria alguma coisa enquanto fossem buscar o objeto, dá a Rony, Hermione e Gina o restante da sua poção da sorte, junto com o Mapa do Maroto e pede que dividam entre si e patrulhem os corredores com quantos membros da AD conseguissem encontrar. Dumbledore havia mandado alguns membros da Ordem da Fênix para patrulharem os corredores, já que estaria fora por uma noite. Então eles vão atrás do medalhão de Salazar Slytherin. Chegando lá, e enfrentando alguns obstáculos, Dumbledore descobre que terá que beber uma poção que provavelmente o faria implorar pela morte. Continuando então, com o desejo de pegar o medalhão no fundo do recipiente, Harry força a bebida até que ela tenha acabado. Mas Dumbledore fica enfraquecido demais, talvez pela sua idade, ou pela mão danificada pelo feitiço que entrou em seu corpo quando tentou destruir o anel dos Gaunt. Eles então aparatam até Hogsmeade, e Dumbledore pede a Harry que chame o Professor Snape até verem a Marca Negra e concluírem que uma coisa terrível tinha acontecido dentro do castelo.
Quando voltam a Hogwarts, eles descobrem que a escola fora invadida por Comensais, que haviam entrado com ajuda de Draco (que consertara sozinho o Armário Sumidouro, um existente em Hogwarts, na Sala Precisa, e outro na loja na Travessa do Tranco, Borgin & Burkes). Os Comensais haviam colocado a Marca Negra em cima da Torre de Astronomia. Harry e Dumbledore voltam à escola com vassouras emprestadas por Madame Rosmerta, que estava dominada pela maldição Império. Draco encurrala Dumbledore, que não pode se defender, já que estava petrificando Harry. Harry estava debaixo da capa da invisibilidade petrificado, para que não reagisse. Draco hesita na hora de matá-lo; então Snape, cumprindo o seu Voto Perpétuo para não morrer, mata o diretor com a maldição Avada Kedavra. Os Comensais fogem e, enquanto Harry tenta alcançá-los, Snape revela ser o Príncipe Mestiço, enquanto desviava os feitiços que Harry aprendera no Livro.
Harry descobre que a Horcrux era falsa; outrora, fora roubada por um certo R.A.B., que deixou um recado para Voldemort dentro do medalhão, dizendo que apreendera a Horcrux verdadeira e iria destruí-la.
Gui Weasley iria se casar com Fleur Delacour, mas é mordido pelo lobisomem Fenrir Greyback que estava na forma humana, por isso ele não se transformou em lobisomem, no entanto ficou ferido e quando acordou teve um grande desejo de comer carne mal passada. Mas mesmo assim decide se casar com Fleur. (Ao vê-lo, Fleur fica apavorada ao ouvir a sra. Weasley falando que Gui "iria se casar". Ela fala que iria continuar amando ele, e que ela tinha beleza suficiente para os dois.)
Harry decide romper com Gina e explica a ela que só fazia isso para Voldemort não poder usá-la contra ele. Ela diz que não se importava, mas ele diz que se importa e sai do enterro de Dumbledore.
Harry decide não mais voltar para Hogwarts - não antes de encontrar e destruir todas as Horcruxes de Lord Voldemort, tornando-o mortal. Rony e Hermione decidem ir com Harry onde quer que ele vá nessa jornada final para acabar com a ambição do Lorde das Trevas. Harry planeja, antes de tudo, voltar a casa dos tios, respeitando o desejo de Dumbledore, e depois visitar a casa onde seus pais foram mortos, em Godric's Hollow.
Os sentimentos que Rony e Hermione nutrem um pelo outro ganham um destaque ainda maior nesse livro. A tensão entre os dois chega a seu ápice com outra crise de ciúmes na história do casal, dessa vez sendo Hermione a causadora: ela ataca Rony com canários conjurados por um feitiço, ao vê-lo com outra garota da Grifinória, Lilá Brown, uma das favoritas nas aulas de Adivinhação.

terça-feira, 14 de março de 2017

Justiça â muçulmana

Como a humanidade seria mais feliz, harmoniosa e solidária se este tipo de Justiça fosse generalizado a todos os países !!!
Incluindo o nosso!!!
Querer É Poder!
Muito  bem  !
Às vezes funciona  !
ZEDU1Este é o segundo caso nos EMIRADOS ÁRABES UNIDOS do Presidente Angolano, depois de no mês passado as autoridades locais terem confiscado os 4 edifícios arranha-céus no Dubai; desta vez é um HOTEL DE 5 ESTRELAS EM ABU DHABI.
Estes 4 edifícios foram construídos no Dubai e são propriedade de José Eduardo dos Santos, fazem parte deles: escritórios, lojas e apartamentos em aluguer. Neste momento estão encerrados porque o sheik Mohammed o príncipe do Dubai, não aceitou que um presidente tenha um investimento desses na sua terra, segundo ele assim estaria a fazer pacto com os corruptos que desgraçam os seus povos, só é permitido no Dubai comprar um apartamento de t3 ou alugar uma mansão por 5 anos no máximo.
Este Hotel confiscado foi construído em nome da Empresária de 27 anos sobrinha do Chefe da casa militar da República de Angola. Como existe um processo top secreto de investigação dos Homens de Negócios Africanos no Médio Oriente em conexão com o F.B.I, esta empresária cai no sistema. Foram feitas investigações nos dossiers da firma proprietária do Hotel consta os nomes de J.E. Santos como sendo um accionista com 75%, 15% H.V. Kopelipa e 10% a sobrinha do Kopelipa, amante do J.E.Santos; dai as actividades do Hotel terem sido encerradas.
Convocada a empresária para prestar declarações a mesma, residente na Venezuela não compareceu na data marcada. As autoridades dos EMIRADOS convidaram os outros sócios maioritários a comparecerem para explicarem a origem dos valores da construção do Hotel de 80 andares e como do costume enviaram um Advogado Português. Infelizmente sem sucesso, pois a lei Islâmica não permite Advogados em casos de corrupção.
Então assim o Hotel foi confiscado para o governo de Abu Dhabi e a conta Bancária do Hotel foi bloqueada, onde foi encontrado um valor de 65 $ milhões.
Este será transferido para os Refugiados Sírios na Turquia.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Aniversário Feliz

Amigos (as), Familiares, Amor
é com muito carinho que agradeço a todos por cada mensagem, por cada palavra, por cada gesto, por cada telefonema, 
a todos que carinhosamente gastaram um tempinho do seu dia para me desejar feliz aniversário. 
Aos que ligaram...
Aos que esqueceram...
Aos que se atrasaram...
Aos que não puderam estar “on-line”.
Deus lhes dê em dobro tudo que me desejaram!

Tive um dia solarengo, natureza verde, o renascer da Primavera..
Sou uma pessoa muito feliz
Pois tenho pessoas maravilhosas que me cercam...
Uns bem de perto...
Uns de longe...
Outros de beeeem longe...

Não importa a distância mas sim o carinho, a lembrança...
Isso é um presentão para minha vida...
Obrigada a todos!

domingo, 5 de março de 2017

Goa pode dar à Índia o exemplo da tolerância, que no fundo é a matriz do próprio hinduísmo

O Diario de Noticias entrevista EDGAR VALLES

Leonídio Paulo Ferreira

Pub
Almoço com Edgar Valles
Entramos e ouve-se música. "É a Lura", diz-me uma empregada, cabo-verdiana como a cantora que surge no ecrã gigante e que lá permanecerá as quase duas horas que o almoço com Edgar Valles durou. O presidente da Casa de Goa só tinha vindo aqui uma vez, mas gostou do ambiente e também da comida diversificada, quase tanto como as antigas colónias portuguesas que inspiram quem está na cozinha. Confesso-lhe que estranhei o nome Café de La Musique. Edgar, é assim que o trato e assim escreverei, não sabe porquê, mas promete logo indagar. Carlos Vasconcelos, o dono, chega, cumprimenta-nos e oferece a explicação: "Porque sou músico e porque vivi na Bélgica." Ora toma.
O Café de La Musique fica perto da antiga Feira Popular de Lisboa. E, de facto, só depois de se passar a porta do restaurante se começa a perceber que estamos em território da lusofonia, apesar do nome francês. Há cartazes afixados com os músicos que hão de vir tocar nos próximos dias. "À noite a música é ao vivo", diz-me Edgar, já depois de sentados à mesa. O mote da conversa vai ser Goa, essa parcela da Índia tão especial na história de Portugal, mas também havemos de falar um pouco de Angola, que foi onde nasceu o meu convidado. Aliás, foi um prato angolano que ambos escolhemos, uma muamba de galinha que Edgar me propõe dividir "porque as doses são grandes". Para entrada, "um caldo-verde", pede ele, e eu alinho. A sopa é agradável, mesmo que, quando me a põem à frente, me pareça mais um creme de legumes.
Comecemos então pela apresentação do homem que desde 2014 preside à Casa de Goa, sucedendo a um outro goês famoso, o antigo deputado Narana Coissoró, um hindu democrata-cristão. Edgar Francisco Valles (e já perceberão porque ponho aqui o Francisco), por seu lado, é o típico português católico com raízes goesas, filho de um funcionário público que trabalhou em várias partes do império colonial porque queria abrir horizontes. "Nasci em 1953, no Bié, na então Silva Porto", conta o mais novo de três filhos do engenheiro agrónomo também chamado Edgar Valles, natural de Pangim, capital de Goa, e de Lúcia, senhora também goesa, mas de Vasco da Gama.
"O meu pai formou-se na Universidade de Pune, na Índia, e depois é que veio um ano para Lisboa para tirar a equivalência. O meu avô recusou-se a pagar-lhe os estudos em Portugal porque tinha receio de que ele voltasse casado com uma europeia. Queria que o casamento fosse com uma goesa", conta Edgar. "Era assim que costumava ser, por tradição, mas se ele tivesse casado com uma europeia, alguém de Lisboa, também acabaria por ser aceite na família", acrescenta. O próprio Edgar Francisco, o da conversa, acabou por casar com uma europeia, Ana Simões, mãe dos seus dois filhos, que conheceu quando veio para Lisboa.
Nascido e criado em Angola, passou a adolescência em Luanda, onde o pai acabaria colocado, depois de ter trabalhado em várias cidades ("por isso os meus irmãos nasceram em Cabinda"). Vivia-se a guerra, com o MPLA, a UNITA e a FNLA a combaterem o exército português, com vistas à independência da maior das colónias africanas. "Para mim, a guerra ficava longe. Não a sentíamos", diz. Em 1970 troca Luanda por Lisboa, para estudar na Faculdade de Direito.
Chega a muamba, servida num tachinho que deixam na mesa. Como acompanhamento, funje, que é feito de farinha de mandioca. Casa tudo muito bem, o prato de galinha com o funje, mas Edgar pede piripiri. Depois, tira uma colher pequenina e coloca-a na borda do prato. Pergunto porque não a mistura. "Não sei a força do picante. Assim, aos poucos, não me arrisco a estragar", responde com a sensatez de quem já passou dos 60 anos e viu muito.
Voltamos ao tema Angola, ideal enquanto despachamos a muamba, e fico a saber que regressou uma primeira vez em 1973, para o casamento do irmão Edgar Ademar. Depois da independência, voltou em 1976 para dar aulas. Era cidadão português mas pediu para ser militante do MPLA. Não foi aceite porque havia uma nova regra, explica, que vetava a militância a quem pertencia a partidos estrangeiros e Edgar era do PCP, tendo integrado a UEC, a União dos Estudantes Comunistas. No Natal veio a Lisboa e a mulher não quis que regressasse. "Ela teve o pressentimento de que ia haver um banho de sangue em Angola", relembra Edgar. Foi no maio seguinte, num choque entre os partidários do presidente Agostinho Neto e uma ala liderada por Nito Alves. Os irmãos, ambos com protagonismo no MPLA, acabaram mortos. Ela chamava-se Sita Valles e o bebé que tinha (com o marido José, também morto) foi entregue aos cuidados de uma tia que vivia em Portugal, Francisca van Dunem, atual ministra da Justiça. "O meu sobrinho João Ernesto, a quem chamamos Che, dá hoje aulas de Economia em Angola."
Edgar fala com naturalidade desse episódio dramático na história da família. Só se sente mais sensível quando lhe pedem fotografias. "Aí é diferente", diz, "começamos a relembrar-nos das pessoas".
Nisto de restaurante lusófono, vinhos portugueses fazem todo o sentido. Pedimos tinto, um alentejano, Marquês de Borba. Mas a garrafa é das grandes e ambos concordamos em substituir antes o vinho por duas imperiais. E de Angola passamos para o tema Goa, terra dos antepassados, mas também uma terra que teve de redescobrir.
"Creio que aquilo que se passou em Angola me afetou tanto que fiz uma espécie de transferência de afeto para Goa", reflete, enquanto me reforça a dose de galinha que já tenho no prato, enche também o seu, e pega com delicadeza na colherzinha de piripiri e deita-a na muamba. "Está muito bom. Já da outra vez tinha ficado muito satisfeito com a comida", comenta.
Conversamos sobre Goa, que digo já ter visitado e ter ficado impressionado com tantas igrejas no meio da vegetação tropical e com os nomes portugueses por todo o lado, desde as tabuletas das lojas aos obituários nos jornais. "Hoje já pouca gente fala português. Só os mais velhos. E a indianização é muito forte. Vou lá muitas vezes, pois tenho propriedades que sou obrigado a administrar", diz. Tem ainda primos no território que foi o estado da Índia, peça-chave do império português no Oriente e bastião do catolicismo na Ásia.
"Goa foi um caso muito especial na história de Portugal. Os portugueses não trataram os goeses como colonizados mas como iguais. Logo no século XVI houve as conversões, com as famílias a ficarem com o nome do padre ou de algum nobre", conta, sobre um território conquistado em 1511 por Afonso de Albuquerque e que só em 1961 deixou de ser português, quando a Índia se cansou da resistência de Salazar e anexou pela força a colónia portuguesa, que na época talvez tivesse 50% de católicos, gente chamada Mascarenhas, Noronha, Fernandes ... ou Valles.
O direito de propriedade foi, porém, respeitado pela Índia e mesmo quem optou pela nacionalidade portuguesa manteve casas e terras. Por isso Edgar vai lá umas três vezes por ano para cuidar do que é seu e que um dia será dos dois filhos, Edgar Luís (outro Edgar!) e Francisco. O primeiro é vereador da Cultura em Odivelas, o segundo é capitão da Força Aérea. "Também já tenho três netos, dois rapazes e uma rapariga", acrescenta Edgar. E conta-me que foi a primeira vez a Goa com 3 anos, "para ser mostrado aos meus avós". Não terá grande memória dessa visita, que acabaria por ser a única à Goa ainda portuguesa.
Edgar pede à empregada se é possível baixar um pouco o volume da música, para ser mais fácil a conversa. Ao resto da clientela a voz quente de Lura não parece incomodar. Bem, a nós também não, até porque, ao segundo pedido sem resposta, desistimos e falamos como dá. Chega, isso sim, a ementa com as sobremesas. Edgar queixa-se da diabetes e pede papaia, eu escolho uma especialidade cabo--verdiana - doce de papaia com queijo de cabra.
Edgar convida-me para assim que acabarem as obras no restaurante da Casa de Goa, perto do Palácio das Necessidades, lá ir experimentar a comida. Sei que é uma mistura de influências portuguesas e indianas, como o próprio estado, hoje o mais rico da Índia e também, de certa forma, o mais liberal. "Nas praias do resto da Índia as mulheres entram na água vestidas com os saris, mas em Goa usam fato de banho. Dos tradicionais, mas fato de banho", sublinha o presidente da Casa de Goa. A instituição conta com 600 sócios e está aberta mesmo a quem não tem raízes na Índia mas que se interesse pela cultura goesa, explica-me este advogado, com vária obra jurídica publicada (e também alguns livros antigos mais políticos), que chegou a ser jornalista no semanário Extra, em que estiveram nomes que mais tarde eu próprio vim a conhecer no DN, como José David Lopes e Mário Ventura. Também José Saramago, que tinha sido diretor adjunto do DN, fazia parte da equipa, composta sobretudo por gente saneada do jornal nos tempos complicados do pós-25 de Abril. Foi nessa altura, que coincidiu com a morte dos irmãos, que Edgar romperia com o PCP, porque não gostou da forma "como o Avante! tratou do que se passou em Angola".
Acrescenta que em 1993, convidado por João Soares, seu amigo, aderiu ao PS, mas nunca quis cargos. Até hoje é militante de base. Conheceu mais ou menos na mesma época António Costa, pois Ana Simões foi a número dois da candidatura falhada do atual primeiro--ministro à Câmara de Loures. Edgar morava e mora em Odivelas, agora também um concelho.
Por falar em Costa, e enquanto não chegam os cafés, o que pensa Edgar da recente visita do político português filho de um goês à Índia? "Para os indianos, António Costa é um exemplo da sua superioridade intelectual, pois se até um deles consegue ser primeiro-ministro na Europa", comenta. Mas entenda-se como se entender a admiração da Índia pelo nosso primeiro-ministro, "a verdade é que Costa e o primeiro-ministro Narendra Modi se entenderam muito bem e isso é bom para os dois países e, claro, para Goa", acrescenta. "A Índia vai ser uma grande potência económica, está a desenvolver-se rapidamente, e isto sem deixar de ser uma democracia", sublinha Edgar, relembrando que o país tem 1250 milhões de habitantes e uma grande diversidade, mas que mesmo assim "o exército nunca teve de se envolver em política como acontece no Paquistão". E quando pensa em Goa, pensa em como esta, embora pequena, pode ajudar a Índia. "Goa pode dar à Índia o exemplo da tolerância, que no fundo é a matriz do próprio hinduísmo."
Chega a conta. Antes de nos despedirmos, fico a saber que o advogado não deixou totalmente de ser jornalista. "Escrevo sobre Portugal para dois jornais indianos, o The Goan, em inglês, e o Lokmat, que traduz os artigos para a língua marati." Edgar também confessa estar "encantado com a atual embaixadora indiana em Lisboa, Nandini Singla, uma mulher inteligente que está a ajudar muito as relações entre Portugal e a Índia e que compreende o valor da comunidade goesa". Afinal, António Costa pode ser o português com raízes goesas com maior protagonismo, mas a comunidade com origens indianas, não só de Goa mas também do Gujarate, está bem integrada num país que há séculos se habituou a conviver com outras culturas.
No ecrã, ao fundo da sala do Café de La Musique, Lura continua a cantar. Agora é Só Um Cartinha.
Café de La Musique

sábado, 4 de março de 2017

NÃO COZINHAS, NÃO LIMPAS O PÓ, NÃO SABES USAR UM BERBEQUIM. PARA QUE SERVES TU?

¬ E uma camisa, és capaz de passar?
¬ Acho que sim. Não há de ser muito difícil.
¬ Por acaso é. É das coisas mais difíceis de passar a fer­ro, uma camisa. Mas pronto, achas que és capaz?
¬ Se é das coisas mais difíceis, por que é que me pedes para passar precisamente a camisa?
¬ Eu não te estou a pedir. Estou a perguntar se és ca­paz. Calculo que não, mas pergunto à mesma.
¬ Isto parece conversa de malucos.
¬ Eu é que estou a dar em maluca ao ver a quantidade de coisas que tu não sabes fazer. Comecei pelas simples. Já vi que não sabes. Pode ser que sejas bom nas complicadas.
¬ Já te disse que não sei passar a ferro.
¬ Não. Tu disseste que não sabes passar T-shirts nem calças. E quando te perguntei se nunca tinhas aprendi­do, ficaste ofendido. Ora, as calças de ganga devem ser a coisa mais simples de passar a ferro. Mas fácil do que is­so, só se for um lençol. Mas tu, nem isso.
¬ Lembra-me por que é que estamos a ter esta conversa.
¬ Porque namoramos há quatro meses, tu tens mais de 40 anos, já foste casado e eu nunca te vi a mexer uma palha em casa. E agora achei que era boa ideia esclare­cer o assunto.
¬ Porquê agora?
¬ Porque ontem voltaste a falar em vivermos juntos.
¬ O que é que uma coisa tem a ver com a outra?
¬ Deves estar a brincar. Gosto muito de ti, mas achas que vou meter em minha casa uma pessoa que não sabe cozinhar? Que não passa a ferro, não limpa o pó…
¬ Mas tu queres um namorado ou uma empregada?
¬ Eu quero uma pessoa com quem possa partilhar tare­fas. Também quero partilhar a vida, a cama, as refeições, rebeubéu, pardais ao ninho. Isso é tudo muito bonito. Mas tem de ser alguém que se mexa.
¬ Já sabias que não sou muito prendado nas lides da casa.
¬ Eu já sabia que és um menino e que nunca fizeste na­da em casa porque a tua mãe, as tuas irmãs e a vossa em­pregada faziam tudo. Tu e o teu pai eram uns lordes. Mas não sabia que tu nem sequer sabes estrelar um ovo. Pen­sei que não gostasses muito. Mas na verdade não sabes.
¬ Nunca precisei. E vais ficar chateada comigo por causa disso?
¬ Chateada? Eu?! Não. Vou é pensar trinta vezes antes de me meter na aventura de viver contigo. Tu é que es­tás habituado a criadas, não sou eu.
¬ Não sei passar camisas, mas sei fazer outras coisas.
¬ Ah sim? Então quais, ó senhor homem? Estás a fa­lar de bricolage? O que é que tu sabes fazer? Sabes mu­dar uma torneira?
¬ Não, isso não. Para isso chamo um canalizador.
¬ E usar um berbequim? E fazer uma puxada de luz e montar uma tomada? E tapar uns buracos na parede para a pintar? Sabes? Se me vais dizer que és um artista a mudar lâmpadas, eu vou-me rir. Porque isso faço eu. Isso e as outras coisas todas. E também escusas de dizer que sabes aparar a relva porque eu não tenho quintal.
¬ Sei tratar do carro. Sabes fazer isso?
¬ Tratar de um carro? Correias de distribuição, folgas nos foles, ignição, discos de travão…? Isso não conta para o currículo de casa. Para isso vou a um mecânico.
¬ Estás mesmo a ponderar o nosso futuro em função do que eu faço em casa?
¬ Estou. E se outras mulheres fizessem o que eu estou a fazer, poupavam muitos dissabores. Para tua informa­ção, sintonizar os canais da televisão e garantir que es­tá tudo bem com o wi-fi não é grande ajuda hoje em dia.
¬ Se calhar devias queixar-te à minha mãe.
¬ Eu? Tu é que devias. E agradecer-lhe pela educação que não te deu. Ao menos sabes ir às compras? Escolher fruta. Comparar preços? Ver a melhor carne?
¬ Não.
¬ Então, além do sexo e de perceberes de música e de cinema, tu serves para quê, ao certo…?


Leia mais: Não cozinhas, não limpas o pó, não sabes usar um berbequim. Para que serves tu? http://www.noticiasmagazine.pt/2015/nao-cozinhas-nao-limpas-o-po-nao-sabes-usar-um-berbequim-para-que-serves-tu/#ixzz4aXylwRtt

quarta-feira, 1 de março de 2017

Com uma sogra assim...

Sogra? Não é família, é castigo!

 Mais importante do que escolher o companheiro para uma vida é escolher a sogra. Quando querem são autênticos diabos.

O GNR manda o sujeito parar o carro:
- Os seus documentos, por favor. O senhor circulava a 130 km/h e a velocidade máxima nesta estrada é 100.
- Não, senhor guarda, eu ia a 100, de certeza.
A sogra, no banco de trás, corrige:
- Ah, João André, que é isso? Tu ias a 130 ou até mais!
O sujeito olha para a sogra com o rosto enrubescido.
- E o seu farol direito não funciona, diz o guarda.
- O farol? Nem sabia disso. Deve ter pifado aqui na estrada.
A sogra insiste:
- Ah, João André, que mentira! Há semanas que andas a dizer que precisas consertar o farol!
O sujeito fulo, faz sinal à sogra para ficar calada.
- O senhor está sem o cinto de segurança, diz o guarda
- Mas, senhor guarda, eu estava com ele. Só o tirei para lhe mostrar os documentos!
- Ah, João André, deixa-te disso! Tu nunca usas o cinto!
O sujeito não se contém e grita para a sogra:
- CALA A BOCA, PORRA!
O guarda inclina-se e pergunta à senhora:
- Ele costuma gritar assim com a senhora?
- Não, senhor guarda; só quando bebe...