Estava num avião, sentada à janela com medo da viagem. Começou a levantar voo e vejo a bela paisagem de Lisboa aos meus pés, senti o coração a pular.
Passamos por cima do Hospital aonde estive internada e recordo os corredores, as passagens, os cheiros, a comida sem sabor e sem sal.
Passamos por prédios sem fim, altos, baixos, com varandas ou terraços, estradas bem contornadas e cheios de carros. Por Alfama, aonde íamos ao Fado e aos santos populares. Os miradouros e o belo castelo renovado. No meio do nada, vê-se as duas linhas, com a mesma distancia entre eles era a linha de comboio.
Passamos pelo aqueduto de aguas livres, a ponte de pedra com arcos largos e casinhas pequenas, que passa de um lado de monte para outro.
Passamos por cima da bela ponte de 25 de Abril, com o Cristo Rei, de braços abertos que protege Lisboa. Por aonde passei tantas vezes, para ir à praia da Costa da Caparica. E por baixo da ponte, o lindo e enorme rio Tejo, ladeados de monumentos, fabricas á beira-rio. E barcos à vela, a flutuar no rio. Será que havia uma regata? Ou uma exposição de barcos?
E avião andava depressa, pois logo, passamos pela lagoa de Albufeira, a entrada de agua por entre terras verdejantes, antes de entrarmos pelas nuvens adentro. Nuvens brancas e fofas.
E subimos mais alto em direção ao destino. Fechei os olhos, recordando as paisagens lindas e as aventuras passadas.
E adormeci sossegada.