A gente cuida do cabelo, da pele, das unhas, do corpo, da casa, do carro, dos filhos. Arruma, ajeita, organiza, guarda. E o que tem acontecido com nossos guardados da alma? O que estamos reciclando, desperdiçando, acumulando, estragando? Somos caixa de guardados, amontoado de coisas, escolhas, sentimentos, lembranças. Pedaços de nós virando caminho, misturando pés e estrada. Quebra cabeças, colcha de retalhos. Alguns guardados tem cheiro de cuidado e encontra fácil nosso sorriso. Outros, apertam nosso peito e aborrecem nossos olhos. E quando aprendemos a identificar o que se guarda e o que se joga fora? Quando não doer mais, quando o mal cheiro incomodar, quando precisamos de espaço. E esse dia sempre chega. Embora vez ou outra adiemos a faxina, chega o tempo em que sentimos necessidade do cheiro de casa limpa, de espaço nas gavetas, de novas cores nas prateleiras. O importante é analisar cada peça, reler ...
O que ouvi, o que senti, o que fiz
e o que despertou a minha curiosidade...