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14 de agosto de 2018
12 de agosto de 2018
A barragem de Castelo de Bode e o legado dos Templários
O
serpentear do curso do Rio Zêzere guia-nos até um magnífico lago
entre as montanhas xistosas e mágicas do concelho de Tomar. Nesta
zona poderá visitar e apreciar a Barragem de Castelo de Bode, uma
das principais construções no conjunto de barragens da bacia do
Zêzere e uma das maiores barragens do país.
Situada
em Tomar, a barragem banha diversas terras outrora controladas pela
Ordem dos Templários e que mantêm uma aura de mistério que fascina
todos os que as visitam. A mais conhecida será Dornes, na mítica
península que lhe empresta o nome. A presença da Ordem dos
Templários é bem visível na torre sineira pentagonal de Dornes,
que sobrevive quase intacta até aos nossos dias.
Para
os apaixonados pelas lendas que perseguem a história dos templários,
uma visita cuidadosa e atenta à região é indispensável. Mas a
característica mais apaixonante da Barragem de Castelo de Bode são
as suas bonitas albufeiras, que originaram algumas das praias
fluviais mais extraordinárias do país.
Duas
delas, a Praia Fluvial de Alverangel e a Praia Fluvial dos Montes,
foram distinguidas em 2016 pela QUERCUS com a classificação de
“Qualidade de Ouro”. A Praia dos Montes, por exemplo, encontra-se
numa área verde onde brotam diversas fontes. A Praia Fluvial da
Castanheira – também conhecida por Lago Azul – é outra das
praias fluviais de referência em Portugal. Aqui, as águas da
barragem espelham um azul magnífico e particularmente intenso. A
tranquilidade do “lago”, rodeado pela serra, torna-a numa das
zonas mais relaxantes e inesquecíveis ao largo da barragem.
Além
disso, é um local privilegiado para prática dos desportos náuticos,
nomeadamente de wakeboard, windsurf, vela, remo, jet ski, moto
náutica e pesca desportiva (truta, achigã, enguias, lagostim
vermelho). Finalmente, destacamos a Praia Fluvial de Aldeia de Mato.
Distinguida diversas vezes com bandeira azul, as suas águas calmas
são ideais para praticar natação ou simplesmente relaxar no enleio
da Natureza.
Se
procura dias diferentes onde a diversão e tranquilidade se completem
numa combinação perfeita, no Centro de Portugal vai encontrar
várias opções e na Barragem do Castelo de Bode, a água será
sempre a estrela principal.
11 de agosto de 2018
Festival Bons Sons em Cem Soldos, um ‘Amor de Verão’
Cem
Soldos é a Aldeia que faz o BONS SONS acontecer.
Localiza-se
na freguesia da Madalena, concelho de Tomar e podemos encontrá-la a
cerca de 5 km de Tomar e a 12 km de Torres Novas, percorrendo a
estrada nacional 349-3.
Em
1192, no reinado de D. Sancho I, já existia registo do lugar de Cem
Soldos. Conta-se, numa versão da história, que o nome de Cem Soldos
deriva de ter havido nesta povoação um destacamento militar de
cerca de cem homens, aos quais, periodicamente, eram enviados “100
soldos” para o pagamento dos seus serviços.
Hoje,
com cerca de 1.000 habitantes, Cem Soldos tem um verdadeiro espírito
comunitário e mantém as suas tradições vivas e actuais,
registando grande envolvimento nas actividades locais, como é o caso
da animada Festa da Juventude em Agosto, a peculiar Festa da Aleluia
na Páscoa e a poderosa fogueira de Natal.
Durante
quatro dias, o BONS SONS toma conta de Cem Soldos, com palcos de
música, feira de artesãos, exposições de arte e inúmeras
actividades a animarem as suas ruas e largos. Cem Soldos é cercada
para receber o Festival, com o seu perímetro a definir os limites do
recinto.
À
chegada, o visitante coloca uma pulseira que lhe dá acesso à Aldeia
e aos locais de espectáculo, começando aqui a experiência do BONS
SONS. Durante os dias do Festival, o visitante é convidado a viver a
Aldeia, conhecer os seus habitantes, partilhar os seus lugares e
tradições.
Com
boas músicas e bons músicos, excepção feita a dois ou três nomes
que vão e vêm como as modas dos tazos ou dos insufláveis, este
festival confirma bandas como os Dead Combo, Linda Martini, Cais
Sodré Funk Connection, ou artistas como Sara Tavares, Gajo, Zeca Medeiros
ou Norberto Lobo. São os fins de tarde com a companhia palavrosa de
Luís Severo ou as noites que não queremos que acabem com a energia
dos Paus, que escrevem a história e a futura mitologia deste
festival e desta terra.
Bons
Sons não é um festival de bandas imaginárias, não é resultado de
uma comunidade imaginária, é real e é necessário. Criar um
festival em Cem Soldos é compreender o que falta no interior
português e preenchê-lo. É música portuguesa na aldeia, é viver
a terra, é dar terra a quem não a teve, e nestes dias não foi
apenas a minha infância que esteve em jogo com o Hélder. Ou se
calhar até foi.
Despedimo-nos com um sorriso sincero e malandro, e
uma certeza: é com muita pena que deixamos Tomar para trás.
10 de agosto de 2018
Tomar, cidade templária
Não deixe de…
- visitar o Convento de Cristo
- fazer um passeio pela Mata dos Sete Montes
- visitar a antiga sinagoga
- deliciar-se com umas “Fatias de Tomar”
- visitar a cidade no ano em que se realizar a Festa dos Tabuleiros
- ir ao Castelo de Almourol
Antiga sede da Ordem dos Templários, Tomar é uma cidade de grande encanto, pela sua riqueza artística e cultural. O expoente máximo está no Convento de Cristo, um das mais importantes obras do Renascimento em Portugal.
Qualquer que seja o motivo para visitar a cidade, subir ao castelo templário e descobrir a obra monumental do Convento de Cristo é imprescindível. A Charola é a parte mais antiga. Este oratório templário foi construído no séc. XII, assim como o castelo, que na época era o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações da Terra Santa. Foi transformada em Capela-Mor aquando da reconstrução ordenada por D. Manuel I, no séc. XVI, altura em que o conjunto ganhou o esplendor arquitetónico que ainda hoje se preserva e que lhe justificou a classificação como Património da Humanidade.
Vale a pena ver o Convento com atenção para ir descobrindo algumas preciosidades, como as representações no portal renascentista, a particular simbologia da Janela Manuelina da Sala do Capítulo, os pormenores de arquitetura do Claustro Principal e as dependências ligadas aos rituais templários. Para melhor perceber a sua história, é importante saber como a Ordem dos Cavaleiros do Templo se transformou em Ordem de Cristo, salvaguardando o poder, o conhecimento e a riqueza que tinham em Portugal. O célebre Infante D. Henrique, mentor da epopeia dos Descobrimentos, foi um dos seus governadores e protetores mais importantes.
A partir do Convento, podemos descer a pé pela Mata dos Sete Montes até ao centro histórico. Indo pela estrada, vemos a meio do percurso a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, uma pequena joia renascentista, obra do português João de Castilho que também trabalhou no Convento.
A seguir, há que visitar Tomar. A área urbana mais antiga, medieval, organiza-se em cruz, orientada pelos pontos cardeais e tendo um convento em cada extremo. A Praça da República, com a Igreja Matriz dedicada a São João Baptista marca o centro, tendo a oeste a colina do Castelo e do Convento de Cristo. Nas ruas em redor podemos encontrar lojas de comércio tradicional e o café mais antigo onde se podem apreciar as delícias da pastelaria local: queijadas de amêndoa e de chila e as tradicionais Fatias de Tomar, confecionadas apenas com gemas de ovos e cozidas em banho-maria numa panela muito especial, inventada por um latoeiro da cidade em meados do século passado.
A sul, o Convento de São Francisco, onde se pode visitar atualmente o curioso Museu dos Fósforos e, a norte, o antigo Convento da Anunciada. A este, no local do atual Museu da Levada, vemos as antigas moagens e moinhos que trabalhavam com a força do rio Nabão que atravessa a cidade. Numa das margens, fica o Convento de Santa Iria e nessa direção, um pouco mais longe, a Igreja de Santa Maria do Olival, onde se encontram os túmulos de vários templários, entre os quais o de Gualdim Pais, o primeiro mestre, morto em 1195.
Toda a cidade se organizou a partir deste núcleo, também palco de um dos maiores eventos tradicionais, a Festa dos Tabuleiros.
Para além de ter testemunhado as lutas da Reconquista Cristã, no séc. XII, Tomar preserva um interessante testemunho da religião hebraica, a antiga Sinagoga do séc. XV, hoje Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto, dedicado ao distinto astrónomo e matemático quatrocentista. Situado na antiga Rua da Judiaria tem uma valiosa coleção documental e epigráfica. De notar os buracos que se veem em cada canto e que indicam a colocação de bilhas de barro na parede para aumentar as condições acústicas do espaço.
Aos pontos de interesse já referidos, acrescenta-se o Núcleo de Arte Contemporânea, onde se guarda a coleção de um dos mais importantes historiadores de arte portugueses do séc. XX, o Professor José-Augusto França.
Para descansar do passeio cultural, nada como uma pausa no Parque do Mouchão. É um lugar fresco, onde se pode ver a Roda do Mouchão, uma roda hidráulica em madeira. É um ex-libris da cidade e evoca os tempos em que os moinhos, os lagares e as áreas de cultivo ao longo do rio contribuíam para a prosperidade económica de Tomar.
Mas há ainda motivos de passeio nas proximidades, como Castelo de Bode, uma das maiores albufeiras do país, onde se pode fazer um tranquilo cruzeiro com almoço a bordo ou optar por uma diversidade de desportos aquáticos. Também como a pequena ilhota do Rio Tejo onde se situa o Castelo de Almourolou a localidade ribeirinha de Dornes, para quem quiser aprofundar a visita aos lugares templários da região. Para um itinerário mais completo, sugerimos os Roteiros do Património Mundial - “No Coração de Portugal”.
Qualquer que seja o motivo para visitar a cidade, subir ao castelo templário e descobrir a obra monumental do Convento de Cristo é imprescindível. A Charola é a parte mais antiga. Este oratório templário foi construído no séc. XII, assim como o castelo, que na época era o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações da Terra Santa. Foi transformada em Capela-Mor aquando da reconstrução ordenada por D. Manuel I, no séc. XVI, altura em que o conjunto ganhou o esplendor arquitetónico que ainda hoje se preserva e que lhe justificou a classificação como Património da Humanidade.
Vale a pena ver o Convento com atenção para ir descobrindo algumas preciosidades, como as representações no portal renascentista, a particular simbologia da Janela Manuelina da Sala do Capítulo, os pormenores de arquitetura do Claustro Principal e as dependências ligadas aos rituais templários. Para melhor perceber a sua história, é importante saber como a Ordem dos Cavaleiros do Templo se transformou em Ordem de Cristo, salvaguardando o poder, o conhecimento e a riqueza que tinham em Portugal. O célebre Infante D. Henrique, mentor da epopeia dos Descobrimentos, foi um dos seus governadores e protetores mais importantes.
A partir do Convento, podemos descer a pé pela Mata dos Sete Montes até ao centro histórico. Indo pela estrada, vemos a meio do percurso a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, uma pequena joia renascentista, obra do português João de Castilho que também trabalhou no Convento.
A seguir, há que visitar Tomar. A área urbana mais antiga, medieval, organiza-se em cruz, orientada pelos pontos cardeais e tendo um convento em cada extremo. A Praça da República, com a Igreja Matriz dedicada a São João Baptista marca o centro, tendo a oeste a colina do Castelo e do Convento de Cristo. Nas ruas em redor podemos encontrar lojas de comércio tradicional e o café mais antigo onde se podem apreciar as delícias da pastelaria local: queijadas de amêndoa e de chila e as tradicionais Fatias de Tomar, confecionadas apenas com gemas de ovos e cozidas em banho-maria numa panela muito especial, inventada por um latoeiro da cidade em meados do século passado.
A sul, o Convento de São Francisco, onde se pode visitar atualmente o curioso Museu dos Fósforos e, a norte, o antigo Convento da Anunciada. A este, no local do atual Museu da Levada, vemos as antigas moagens e moinhos que trabalhavam com a força do rio Nabão que atravessa a cidade. Numa das margens, fica o Convento de Santa Iria e nessa direção, um pouco mais longe, a Igreja de Santa Maria do Olival, onde se encontram os túmulos de vários templários, entre os quais o de Gualdim Pais, o primeiro mestre, morto em 1195.
Toda a cidade se organizou a partir deste núcleo, também palco de um dos maiores eventos tradicionais, a Festa dos Tabuleiros.
Para além de ter testemunhado as lutas da Reconquista Cristã, no séc. XII, Tomar preserva um interessante testemunho da religião hebraica, a antiga Sinagoga do séc. XV, hoje Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto, dedicado ao distinto astrónomo e matemático quatrocentista. Situado na antiga Rua da Judiaria tem uma valiosa coleção documental e epigráfica. De notar os buracos que se veem em cada canto e que indicam a colocação de bilhas de barro na parede para aumentar as condições acústicas do espaço.
Aos pontos de interesse já referidos, acrescenta-se o Núcleo de Arte Contemporânea, onde se guarda a coleção de um dos mais importantes historiadores de arte portugueses do séc. XX, o Professor José-Augusto França.
Para descansar do passeio cultural, nada como uma pausa no Parque do Mouchão. É um lugar fresco, onde se pode ver a Roda do Mouchão, uma roda hidráulica em madeira. É um ex-libris da cidade e evoca os tempos em que os moinhos, os lagares e as áreas de cultivo ao longo do rio contribuíam para a prosperidade económica de Tomar.
Mas há ainda motivos de passeio nas proximidades, como Castelo de Bode, uma das maiores albufeiras do país, onde se pode fazer um tranquilo cruzeiro com almoço a bordo ou optar por uma diversidade de desportos aquáticos. Também como a pequena ilhota do Rio Tejo onde se situa o Castelo de Almourolou a localidade ribeirinha de Dornes, para quem quiser aprofundar a visita aos lugares templários da região. Para um itinerário mais completo, sugerimos os Roteiros do Património Mundial - “No Coração de Portugal”.
18 de julho de 2018
Dornes
Há poucas vistas tão inspiradoras como a que se obtém a partir do ponto mais histórico de Dornes, junto à misteriosa Torre Pentagonal Templária, obra do século XII. Daqui, as águas mansas do Zêzere e do lago formado pela construção da barragem de Castelo de Bode, são um convite para o mergulho, um passeio de barco ou um dia de pesca.
17 de julho de 2018
Gois
Góis é uma vila portuguesa do distrito de Coimbra, na província histórica da Beira Litoral, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região do Pinhal Interior Norte, com menos de 2 000 habitantes,[1] e banhada pelo rio Ceira.[2]
É sede de um município com 263,30 km² de área[3] e 4 260 habitantes (2011),[4][5] subdividido em 4 freguesias.[6] O município é limitado a norte pelo município de Arganil, a leste por Pampilhosa da Serra, a sudoeste por Pedrógão Grande e por Castanheira de Pera, a oeste pela Lousã e a noroeste por Vila Nova de Poiares.
16 de julho de 2018
Aveiro - Moliceiro
O distrito de Aveiro capta a essência de um destino que esperaríamos ver num livro de viagens, com os seus moliceiros semelhantes a gôndolas, lagoas naturais, uma elegante arquitectura do século XIX e passagens calcetadas – é um local especial onde o antigo se conjuga com o moderno.
Situado na sub-região do Baixo Vouga, entre o oceano Atlântico e as zonas montanhosas dos distritos contíguos, Aveiro exibe uma paisagem muito variada, caracterizada por uma longa costa arenosa, um bonito estuário e diversos parques e jardins.
Conhecida como a “Veneza portuguesa”, a encantadora cidade de Aveiro é atravessada por um canal e é tida como um dos destinos mais encantadores do país, graças aos seus coloridos moliceiros, aos edifícios em tons pastel de estilo Arte Nova e à sua tranquila atmosfera urbana – um cenário ideal para as suas férias.
Enquanto estiver na cidade, visite o famoso Mercado do Peixe – um mercado tradicional que abriga alguns dos melhores restaurantes de marisco de Aveiro. Nas redondezas encontrará inúmeros restaurantes e uma ampla oferta de lojas e bares. Escolha um dos cafés tradicionais enquanto passeia pela cidade e prove os divinais ovos moles, que são a especialidade do distrito. Pode ainda fazer um passeio de bicicleta nas chamadas BUGAS (as bicicletas cedidas pela câmara), percorrer o cintilante canal da cidade, as ruelas pitorescas e explorar algumas das atracções mais afastadas do centro.
Viaje pelo distrito e descubra Ílhavo – uma cidade à beira-mar que ostenta o pujante património marítimo de Aveiro e onde está sediada a famosa fábrica de porcelana da Vista Alegre. Visite o farol mais antigo de Portugal na Praia da Barra e pare na Praia da Costa Nova para contemplar as suas típicas casas de riscas coloridas. Estas praias também são excelentes para relaxar nos dias de sol e praticar alguns desportos aquáticos.
Prove os doces conventuais que tornaram a cidade de Arouca famosa e visite a cidade da Mealhada, mais a sul, para saborear um belo prato de leitão assado acompanhado pelo vinho regional da Bairrada. Para completar as suas férias, relaxe no Luso ou na Curia, duas sossegadas freguesias conhecidas pelas magníficas águas termais e pela sua beleza natural.
12 de julho de 2018
Fraga da Pena e Bemfeita
É em plena Mata da Margaraça, inserida na Área Protegida da Serra do Açor, que se esconde a Fraga da Pena, um local privilegiado de encontro com a natureza.
Um cenário idílico onde a água abre caminho por entre a vegetação e a superfície xistosa, e se despenha numa majestosa cascata com mais de 20 metros.
Uma extraordinária maravilha natural que permanece intocável pelo Homem e onde impera uma impressionante serenidade apenas interrompida pelo som da água e do chilrear dos pássaros.
Originadas por um acidente geológico, as quedas de água que se escondem por entre aquele conjunto florístico de elevado interesse, constituem um recanto paradisíaco que se destaca pela sua autenticidade e frescura.
Um cenário idílico onde a água abre caminho por entre a vegetação e a superfície xistosa, e se despenha numa majestosa cascata com mais de 20 metros.
Uma extraordinária maravilha natural que permanece intocável pelo Homem e onde impera uma impressionante serenidade apenas interrompida pelo som da água e do chilrear dos pássaros.
Originadas por um acidente geológico, as quedas de água que se escondem por entre aquele conjunto florístico de elevado interesse, constituem um recanto paradisíaco que se destaca pela sua autenticidade e frescura.
Bemfeita
11 de julho de 2018
Penacova
No distrito de Coimbra existe uma bonita e charmosa vila portuguesa, denominada Penacova, que possui 3200 habitantes. O município de Penacova possui oito freguesias: Penacova, Sazes do Lorvão, Carvalho, Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego, Figueira de Lorvão, São Pedro de Alva e São Paio do Mondego, Friúmes e Paradela da Cortiça. A vila integra o distrito e bispado de Coimbra e situa-se no centro de Portugal, na margem do Rio Mondego, rodeada pelas Serras do Buçaco e do Roxo, um local detentor de grande beleza natural.
A data de nascimento de António José de Almeida, antigo Presidente da República, marca o feriado municipal, que é celebrado no dia 17 de julho.
Penacova é conhecida como a capital da lampreia.
A floresta ocupa 70% do concelho de Penacova e é considerado o mais importante recurso primário. Para além disso, existe uma forte produção de frutos vermelhos, cogumelos e kiwis. A água das Caldas de Penacova é uma das mais importantes empresas da região.
Penacova tem muitas atrações a visitar, desde o Pelourinho de Carvalho, a Igreja Matriz e os Moinhos de Penacova, as Praias Fluviais do Reconquinho e Vimieiro, Mirante Emídio da Silva, Pelourinho de Penacova, Livraria do Mondego, Panoramas da Serra do Roxo, Barragem da Aguieira e Coiço, Foz do Canoeiro e o Mosteiro de Santa Maria de Lorvão.
A Gastronomia de Penacova destaca a lampreia, que atrai todos os anos visitantes de Portugal e de outros países. Para além deste prato típico, o serrabulho e o arroz de míscaros são duas das principais iguarias da região.
O património
Penacova tem muito orgulho no seu património, com muitas atrações para todos os que queiram visitar a vila, cujas paisagens são deslumbrantes e convidativas. A sua variante ligada à tradição rural é demonstrada no Museu Etnográfico de Penacova. Uma visita aos moinhos é obrigatória. Ou seja, existe muito para ver e explorar na zona.
No verão refresque-se nas margens do Mondego, na Praia Fluvial do Reconquinho, que se destaca pela sua beleza natural e verdejante. Esta praia, que se encontra encerrada no inverno, tem biblioteca no verão, uma área de piquenique, parque de estacionamento e, o mais importante, é uma praia com bandeira azul, com boas condições para nadar.
Destaca-se, ainda, a ponte pedonal, construída em madeira, que permite a ligação à outra margem do Rio Mondego. A Praia Fluvial do Reconquinho fica a cerca de 1,5 km de Penacova.
10 de julho de 2018
Luso e Serra do Buçaco
A Mata Nacional do Buçaco, com 105 hectares e cerca de 5 km de perímetro, é Monumento Nacional desde 1943. Classificada por botânicos como um dos melhores arboretos da Europa e por poetas como o “altar da natureza”, tem no seu interior cerca de 700 espécies de árvores, exóticas e indígenas. Ao percorrermos as suas veredas, em passeios pedonais, estaremos em plena floresta amazónica ou na Tasmânia, caminhado pelo Vale dos Fetos.
Em 1630 a Ordem dos Carmelitas Descalços obteve autorização do Bispo de Coimbra para construir o seu convento na mata do Buçaco. Na sua primeira visita à Mata, a reacção dos Carmelitas foi de deslumbramento: “isto é já um conversar com Deus... porque se agora inculto, rude e tosco é o que admiramos, cultivado, será um paraíso terreal”.
A variedade de árvores, abundância de fontes, a beleza dos vales e montes, subjugou os Carmelitas, que iriam transformar o Buçaco numa paisagem sagrada.
O Pálacio do Buçaco
Mais tarde, no século XIX, a família real Portuguesa contratou o arquiteto e pintor italiano Luigi Manini para a construção de um palácio de Verão no local to convento da mata do Buçaco. A construção foi finalizada em 1907, pouco antes da implantação da república em 1910, altura em que o palácio foi convertido num hotel de luxo.
Desde aí, hóspedes de todo o mundo têm apreciado a beleza da arquitetura neomanuelina e os confortos do palácio. Com o passar do tempo, o Palácio Hotel do Buçaco tornou-se num dos locais mais icónicos e fascinantes do mundo, com uma tradição continuada de luxo.
O restaurante
No restaurante do Palácio Hotel do Buçaco poderá desfrutar da clássica cozinha francesa e portuguesa, e os vinhos exclusivos do Buçaco certamente valem a pena experimentar. Em suma, o Palácio Hotel do Buçaco é uma experiência a não perder.
Passeios e vistas
Além do Hotel e do famoso restaurante, a Mata do Buçaco é, em si, uma zona de enorme beleza que lhe proporciona passeios por entre monumentos, flora e fauna. Alguns locais a visitar incluem:
Fonte Fria
Saída de uma nascente de montanha, a àgua desce os 144 degraus da escadaria da Fonte Fria na sombra fresca do arvoredo
Via Sacra
A subida dos cerca de 3 km da Via Sacra é marcada por uma série de 20 capelas, os chamados Passos da Via Sacra. Estas capelas são dedicadas a episódios da crucificação de Jesus Cristo, e contêm figuras de barro cozido. O passeio termina na Cruz Alta, de onde pode desfrutar de uma vista sobre a Mata e o Palácio Hotel.
Convento Carmelita
A maior parte do antigo convento foi destruída na construção do Palácio, mas algumas estruturas foram conservadas, no interior de construções modernas. O claustro do convento ainda pode ser visitado, tal como uma capela e várias das antigas celas dos frades.
Museu Militar
Neste pequeno museu dedicado à Batalha do Buçaco e à Guerra Peninsular poderá encontrar uma interessante colecção de armamento, uniformes militares, gravuras e diversas relíquias do tempo de Napoleão.
9 de julho de 2018
15 de janeiro de 2017
Santo Quintino
Santo Quintino é uma freguesia portuguesa do concelho de Sobral de Monte Agraço, com 28,88 km² de área e 3 706 habitantes (2011)[1]. A sua densidade populacional é de 128,3 hab/km².
A Igreja de São Quintino fica a 40Km noroeste de Lisboa, na freguesia de Santo Quintino no concelho de Sobral de Monte Agraço. É de 1530, construída em estilo manuelino. Terão sido os Francos que trouxeram a devoção do São Quintino. Supôe-se que a documentação relativa a Santo Quintino se terá perdido aquando do terramoto de Lisboa de 1755.
O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Igreja de São Quintino
A igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1910.
A história da igreja de São Quintino de Sobral de Monte Agraço é, em muitos aspectos, análoga à da vizinha matriz de Arruda dos Vinhos. Na época medieval, o seu orago era outro (existem referências nas Inquirições de D. Afonso III a uma igreja dedicada a Santa Maria de Monte Agraço) e foi preciso esperar pelas primeiras décadas do século XVI para que o edifício adquirisse o seu aspecto geral actual. Ao anterior conjunto deve pertencer o arco quebrado entaipado, localizado a Norte do portal principal, e que se pressupõe ter sido a entrada principal do templo medieval, que deveria, desta forma, ser de nave única. Dessa primitiva igreja devem ser também três capitéis estilisticamente conotados com a transição para o Gótico, que se conservam no interior do actual monumento.
A origem da renovação verificada é, tal como em Arruda, tradicionalmente atribuída ao rei D. Manuel. Em 1520, este terá ordenado a reedificação integral do monumento, datando dos anos imediatamente seguintes o essencial dos trabalhos. Ao que tudo indica, o projecto avançou com relativa rapidez, uma vez que o ano de 1530 está inscrito em duas cartelas do portal principal e que a imagem de São Quintino (que actualmente se conserva na capela lateral Sul) ostenta a data de 1532.
Artisticamente, o templo é um produto caracteristicamente manuelino, de assinalável qualidade. O corpo é de três naves, seccionadas em cinco tramos por arcos formeiros de volta perfeita, cujas colunas possuem anéis de decoração vegetalista, numa solução espacial e estética muito próxima à da vizinha Matriz de Arruda dos Vinhos. O portal principal, pelo contrário, é mais cuidado: de arco canopial, é enquadrado por exuberante composição gabletada, com dupla moldura superior e múltiplos elementos decorativos, com nicho axial ladeado por dois medalhões. Finalmente, a cabeceira é tripartida e escalonada, com capela-mor rectangular e absidíolos quadrangulares, uniformemente cobertos com abóbadas polinervadas.
Terminada a campanha de arquitectura, os promotores dedicaram-se a actualizar esteticamente o templo. Dos trabalhos efectuados nas décadas seguintes, destaca-se o que resta do retábulo de São Quintino, encomendado a Gregório Lopes em 1544. Ele não sobreviveu até aos nossos dias e as tábuas que se conservam no interior do templo, já de cronologia maneirista e reveladoras de uma estética aparentada com a de Giulio Romano, saíram da oficina de Diogo Contreiras (SERRÃO, 2002, pp.126 e 228). Do mesmo período, ou ligeiramente anterior, é o frontal de altar, revestido com azulejos hispano-árabes, um dos conjuntos mais importantes desta modalidade artística que se conserva no aro de Lisboa.
As obras continuaram pelas décadas seguintes, contando-se a capela baptismal (em cuja cúpula existe a inscrição de 1592) e o revestimento azulejar das paredes da nave (datado de 1618), e que tem a particularidade de integrar painéis figurativos com representações de São Quintino, Anunciação e Visitação. No século XVIII, registaram-se outras importantes empreitadas artísticas. Admite-se que, ainda na primeira metade da centúria, se tenham verificado alterações nos alçados, mas o monumento carece de um estudo monográfico rigoroso que esclareça cabalmente as dúvidas que presentemente subsistem a esse respeito. O que não levanta problemas de atribuição setecentista são os vários painéis de azulejos azuis e branco, saídos das oficinas lisboetas dos grandes mestres azulejadores do reinado de D. João V, com cenas da vida de São Quintino.
O restauro do monumento iniciou-se na década de 30 do século XX e continuou pelos anos seguintes. A uma primeira iniciativa de carácter consolidador, realizada em 1934, seguiu-se a campanha de intervenção integral, realizada a partir de 1940. Dos trabalhos então efectuados conta-se a demolição de alguns anexos, a substituição de azulejos em mau estado, bem como acções de grande impacto ao nível dos telhados e dos alçados do conjunto.
O Forte do Alqueidão, também referido como Forte Grande, localiza-se a cerca de 2 quilómetros a sul de Sobral de Monte Agraço, na freguesia de São Quintino, Concelho de Sobral de Monte Agraço, Distrito de Lisboa, em Portugal. É uma das principais 152 estruturas fortificadas construídas sob a orientação do general Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das invasões francesas, com o intuito de defender Lisboa das tropas napoleónicas.
A 439 metros acima do nível do mar, no alto da serra de Monte Agraço, integra um conjunto de oito fortificações (fortes e redutos) na região do concelho, que integravam a 1ª das chamadas Linhas de Torres, cujo papel foi decisivo na vitória luso-britânica à época da 3ª invasão francesa do país. De sua posição o visitante descortina uma magífica vista da paisagem envolvente, alcançando mesmo, em dias claros, a serra de Sintra e as Portas do Sol, no Castelo de Santarém.
Neste forte estava instalado o posto de comando das Linhas, uma vez que se encontrava na cota mais alta de todo o sistema, adiante do qual se estendia o campo de batalha esperado. Dispunha de contato visual directo com a serra do Socorro, onde se articulavam os sinais de comunicação tanto para a zona de Torres Vedras como para o litoral.
O sítio foi desmatado, permitindo apreciar as posições de artilharia, as trincheiras e os fossos que reforçavam o complexo defensivo.
No Verão de 2009 teve início a segunda campanha de prospecção arqueológica no forte, promovida pela Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço no âmbito do "Projecto Intermunicipal da Rota Histórica das Linhas de Torres", financiado pelo Mecanismo Financeiro EEA GRANTS.
Sob a direcção do arqueólogo Artur Rocha, contou com a participação de jovens do concelho integrados num programa municipal de ocupação de tempos livres, o "Jovens à Descoberta do Património".
As escavações arqueológicas efectuadas permitiram aos arqueólogos descobrir o Quartel do Governador, um paiol e uma estrutura de armazenamento de armamento, que os levou a concluir que o forte foi usado como posto de comando do general Wellington.
No concelho do Sobral encontram-se ainda os quartéis-generais de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington e de William Carr Beresford.
A Igreja de São Quintino fica a 40Km noroeste de Lisboa, na freguesia de Santo Quintino no concelho de Sobral de Monte Agraço. É de 1530, construída em estilo manuelino. Terão sido os Francos que trouxeram a devoção do São Quintino. Supôe-se que a documentação relativa a Santo Quintino se terá perdido aquando do terramoto de Lisboa de 1755.
O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Igreja de São Quintino
A igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1910.
A história da igreja de São Quintino de Sobral de Monte Agraço é, em muitos aspectos, análoga à da vizinha matriz de Arruda dos Vinhos. Na época medieval, o seu orago era outro (existem referências nas Inquirições de D. Afonso III a uma igreja dedicada a Santa Maria de Monte Agraço) e foi preciso esperar pelas primeiras décadas do século XVI para que o edifício adquirisse o seu aspecto geral actual. Ao anterior conjunto deve pertencer o arco quebrado entaipado, localizado a Norte do portal principal, e que se pressupõe ter sido a entrada principal do templo medieval, que deveria, desta forma, ser de nave única. Dessa primitiva igreja devem ser também três capitéis estilisticamente conotados com a transição para o Gótico, que se conservam no interior do actual monumento.
A origem da renovação verificada é, tal como em Arruda, tradicionalmente atribuída ao rei D. Manuel. Em 1520, este terá ordenado a reedificação integral do monumento, datando dos anos imediatamente seguintes o essencial dos trabalhos. Ao que tudo indica, o projecto avançou com relativa rapidez, uma vez que o ano de 1530 está inscrito em duas cartelas do portal principal e que a imagem de São Quintino (que actualmente se conserva na capela lateral Sul) ostenta a data de 1532.
Artisticamente, o templo é um produto caracteristicamente manuelino, de assinalável qualidade. O corpo é de três naves, seccionadas em cinco tramos por arcos formeiros de volta perfeita, cujas colunas possuem anéis de decoração vegetalista, numa solução espacial e estética muito próxima à da vizinha Matriz de Arruda dos Vinhos. O portal principal, pelo contrário, é mais cuidado: de arco canopial, é enquadrado por exuberante composição gabletada, com dupla moldura superior e múltiplos elementos decorativos, com nicho axial ladeado por dois medalhões. Finalmente, a cabeceira é tripartida e escalonada, com capela-mor rectangular e absidíolos quadrangulares, uniformemente cobertos com abóbadas polinervadas.
Terminada a campanha de arquitectura, os promotores dedicaram-se a actualizar esteticamente o templo. Dos trabalhos efectuados nas décadas seguintes, destaca-se o que resta do retábulo de São Quintino, encomendado a Gregório Lopes em 1544. Ele não sobreviveu até aos nossos dias e as tábuas que se conservam no interior do templo, já de cronologia maneirista e reveladoras de uma estética aparentada com a de Giulio Romano, saíram da oficina de Diogo Contreiras (SERRÃO, 2002, pp.126 e 228). Do mesmo período, ou ligeiramente anterior, é o frontal de altar, revestido com azulejos hispano-árabes, um dos conjuntos mais importantes desta modalidade artística que se conserva no aro de Lisboa.
As obras continuaram pelas décadas seguintes, contando-se a capela baptismal (em cuja cúpula existe a inscrição de 1592) e o revestimento azulejar das paredes da nave (datado de 1618), e que tem a particularidade de integrar painéis figurativos com representações de São Quintino, Anunciação e Visitação. No século XVIII, registaram-se outras importantes empreitadas artísticas. Admite-se que, ainda na primeira metade da centúria, se tenham verificado alterações nos alçados, mas o monumento carece de um estudo monográfico rigoroso que esclareça cabalmente as dúvidas que presentemente subsistem a esse respeito. O que não levanta problemas de atribuição setecentista são os vários painéis de azulejos azuis e branco, saídos das oficinas lisboetas dos grandes mestres azulejadores do reinado de D. João V, com cenas da vida de São Quintino.
O restauro do monumento iniciou-se na década de 30 do século XX e continuou pelos anos seguintes. A uma primeira iniciativa de carácter consolidador, realizada em 1934, seguiu-se a campanha de intervenção integral, realizada a partir de 1940. Dos trabalhos então efectuados conta-se a demolição de alguns anexos, a substituição de azulejos em mau estado, bem como acções de grande impacto ao nível dos telhados e dos alçados do conjunto.
O Forte do Alqueidão, também referido como Forte Grande, localiza-se a cerca de 2 quilómetros a sul de Sobral de Monte Agraço, na freguesia de São Quintino, Concelho de Sobral de Monte Agraço, Distrito de Lisboa, em Portugal. É uma das principais 152 estruturas fortificadas construídas sob a orientação do general Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das invasões francesas, com o intuito de defender Lisboa das tropas napoleónicas.
A 439 metros acima do nível do mar, no alto da serra de Monte Agraço, integra um conjunto de oito fortificações (fortes e redutos) na região do concelho, que integravam a 1ª das chamadas Linhas de Torres, cujo papel foi decisivo na vitória luso-britânica à época da 3ª invasão francesa do país. De sua posição o visitante descortina uma magífica vista da paisagem envolvente, alcançando mesmo, em dias claros, a serra de Sintra e as Portas do Sol, no Castelo de Santarém.
Neste forte estava instalado o posto de comando das Linhas, uma vez que se encontrava na cota mais alta de todo o sistema, adiante do qual se estendia o campo de batalha esperado. Dispunha de contato visual directo com a serra do Socorro, onde se articulavam os sinais de comunicação tanto para a zona de Torres Vedras como para o litoral.
O sítio foi desmatado, permitindo apreciar as posições de artilharia, as trincheiras e os fossos que reforçavam o complexo defensivo.
No Verão de 2009 teve início a segunda campanha de prospecção arqueológica no forte, promovida pela Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço no âmbito do "Projecto Intermunicipal da Rota Histórica das Linhas de Torres", financiado pelo Mecanismo Financeiro EEA GRANTS.
Sob a direcção do arqueólogo Artur Rocha, contou com a participação de jovens do concelho integrados num programa municipal de ocupação de tempos livres, o "Jovens à Descoberta do Património".
As escavações arqueológicas efectuadas permitiram aos arqueólogos descobrir o Quartel do Governador, um paiol e uma estrutura de armazenamento de armamento, que os levou a concluir que o forte foi usado como posto de comando do general Wellington.
No concelho do Sobral encontram-se ainda os quartéis-generais de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington e de William Carr Beresford.
13 de novembro de 2010
Golegã
A história do concelho da Golegã está profundamente ligada aos dois rios que o percorrem -o Almonda e o Tejo -, à fertilidade célebre dos seus solos, às grandes quintas agrícolas, às cheias, às touradas, aos lazeres reais.
Segundo reza a história, a Golegã, enquanto povoado, teve origem numa estalagem estabelecida no tempo de um dos primeiros reis de Portugal -talvez D. Sancho para acolher gente de passagem de Lisboa para o norte e para se proceder à muda de "cavalgadura", em tão longa jornada. Esta estalagem tudo leva a crer ter sido pertença de uma mulher da Galiza, residente em Santarém. Daí o povoado então nascente se ter chamado de "Venda da Galega", mais tarde Golegã. Esta estalagem estava situada num ponto estratégico e importante, junto à principal estrada real.
No reinado de D. João I já a Golegã tinha grande importância, assim como, mais tarde, no de D. Afonso V, tendo atingido o auge no reinado de D. Manuel. O Lugar de Golegã foi elevado à categoria de vila por carta de D. João III, em 1534.
A par da importância do lugar em que se situava, a região da Golegã detinha uma das maiores riquezas da altura: um solo fértil. A fama das suas terras chamou muito povo a si, assim como grandes agricultores e criadores de cavalos. Desde os tempos mais remotos vêm alusões à região, de que é exemplo a importantíssima Quinta da Cardiga que, em 1169, fora doada por D. Afonso I à ordem do Templo para arroteamento e cultivo. De século para século foi a mesma sendo doada a outras ordens e, a partir do séc. XIX, comprada por diversos grandes agricultores.
Em meados do séc. XVIII surge, essencialmente ligada à criação de cavalos e à necessidade de venda de produtos agrícolas da região, a Feira de S. Martinho. A partir de 1833, e com o apoio dado pelo Marquês de Pombal, a feira começou a tomar um importante cariz competitivo. Começaram a realizar-se concursos hípicos e diversas competições de raças. Os melhores criadores de cavalos concentravam-se então na Golegã.
Quando no reinado de D. Maria I se construiu a estrada ligando Lisboa ao norte por Leiria e Pombal, a Golegã decaiu bastante, tendo-se recomposto somente mais tarde, no séc. XIX, com base na valorização agrária da região. Para esta "reconstituição" da importância da Golegã muito contribuíram as figuras de dois grandes agricultores e estadistas: Carlos Relvas, fidalgo da Casa Real, grande amigo do Rei, comendador, lavrador, artista, proprietário de diversos estabelecimentos agrícolas e de dois palácios (onde por várias vezes hospedou a família real), e José Relvas, seu filho, democrata imensamente ligado à causa republicana, ministro das finanças e também um grande artista.
Segundo reza a história, a Golegã, enquanto povoado, teve origem numa estalagem estabelecida no tempo de um dos primeiros reis de Portugal -talvez D. Sancho para acolher gente de passagem de Lisboa para o norte e para se proceder à muda de "cavalgadura", em tão longa jornada. Esta estalagem tudo leva a crer ter sido pertença de uma mulher da Galiza, residente em Santarém. Daí o povoado então nascente se ter chamado de "Venda da Galega", mais tarde Golegã. Esta estalagem estava situada num ponto estratégico e importante, junto à principal estrada real.
No reinado de D. João I já a Golegã tinha grande importância, assim como, mais tarde, no de D. Afonso V, tendo atingido o auge no reinado de D. Manuel. O Lugar de Golegã foi elevado à categoria de vila por carta de D. João III, em 1534.
A par da importância do lugar em que se situava, a região da Golegã detinha uma das maiores riquezas da altura: um solo fértil. A fama das suas terras chamou muito povo a si, assim como grandes agricultores e criadores de cavalos. Desde os tempos mais remotos vêm alusões à região, de que é exemplo a importantíssima Quinta da Cardiga que, em 1169, fora doada por D. Afonso I à ordem do Templo para arroteamento e cultivo. De século para século foi a mesma sendo doada a outras ordens e, a partir do séc. XIX, comprada por diversos grandes agricultores.
Em meados do séc. XVIII surge, essencialmente ligada à criação de cavalos e à necessidade de venda de produtos agrícolas da região, a Feira de S. Martinho. A partir de 1833, e com o apoio dado pelo Marquês de Pombal, a feira começou a tomar um importante cariz competitivo. Começaram a realizar-se concursos hípicos e diversas competições de raças. Os melhores criadores de cavalos concentravam-se então na Golegã.
Quando no reinado de D. Maria I se construiu a estrada ligando Lisboa ao norte por Leiria e Pombal, a Golegã decaiu bastante, tendo-se recomposto somente mais tarde, no séc. XIX, com base na valorização agrária da região. Para esta "reconstituição" da importância da Golegã muito contribuíram as figuras de dois grandes agricultores e estadistas: Carlos Relvas, fidalgo da Casa Real, grande amigo do Rei, comendador, lavrador, artista, proprietário de diversos estabelecimentos agrícolas e de dois palácios (onde por várias vezes hospedou a família real), e José Relvas, seu filho, democrata imensamente ligado à causa republicana, ministro das finanças e também um grande artista.
5 de novembro de 2010
Taizé 2010- Encontro em Roterdão
O 33° Encontro Europeu terá lugar pela primeira vez na Holanda. De 28 de Dezembro de 2010 a 1 de Janeiro de 2011, este Encontro vai reunir dezenas de milhares de jovens em Roterdão. Terra natal de Erasmus, no século XV, esta cidade (que em 2009 foi designada capital europeia da juventude) manifestou uma vontade muito grande de acolher uma etapa da Peregrinação de Confiança através da Terra. As paróquias católicas e protestantes de várias localidades à volta de Roterdão (como a Haia ou Delft) também estarão implicadas no acolhimento dos jovens peregrinos.
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29 de agosto de 2010
A caminho de casa
Barragem de Montargil
Localizada no concelho de Ponte-de-Sôr, distrito de Portalegre, a Barragem de Montargil viu a sua construção concluída no ano 1958, com vista à irrigação do Vale do rio Sorraia, daí a sua função hidrografia.
A Barragem tem uma capacidade de 164,3 hm3, com uma área de 1646 hectares, e possui um a central hidroeléctrica, sendo a albufeira desta barragem muito utilizada na prática de variados desportos náuticos e na pesca desportiva, estando devidamente sinalizada.
Saida de Vale de Peso,
passagem por Crato,
entrada e saida rápida em Ponte de Sôr.
Paragem e molhar os pés em Montargil,
com a temperatura de 42ºC ás 18h da tarde.
Paragem em Azervadinha,
para café, gelado, refrigerante e casa de banho.
Um pequena fila de carros em Santo Estevão.
E chegada á expo.
28 de agosto de 2010
Belver - Alamal - Portalegre
Praia Fluvial do Alamal
Situada na margem esquerda do rio Tejo, é das poucas praias do Alentejo com direito a bandeira azul. Integrada no complexo da Quinta do Alamal, oferece um extenso areal junto à água, bem como vastas zonas verdes com o Castelo de Belver como imagem de fundo. Para almoçar descontraidamente, usufruindo da magnífica paisagem, existe um bar-restaurante.
Castelo de Belver
O castelo de Belver, foi construído no reinado de D. Sancho I, sob a orientação da Ordem dos Hospitalários, a quem o rei doou esta região, em 1194.
Este castelo estava inserido na linha defensiva do Tejo contra as investidas muçulmanas, desempenhando um papel importante neste contexto, mas também nas guerras da crise da sucessão, em 1383, a sua colocação estratégica foi relevante.
Depois desta guerra e da Guerra das Restauração da Independência, depois de 1640, há indicações de que as defesas do castelo foram reforçadas.
A importância e segurança do castelo parece ter levado o rei D. Sancho II a guardar nele os dinheiros do tesouro real e também terá servido como prisão para o poeta, Luís Vaz de Camões, durante a sua juventude.
O terramoto de 1755, provocou-lhe muitos danos, agravados pelo abandono nas décadas seguintes, voltando a sofrer mais destruição no terramoto de 1909.
Classificado como Monumento Nacional, em 1910, na década de 40, beneficiou de obras de reconstrução, da responsabilidade da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e já em 2005 o IPPAR procedeu a obras de conservação e restauro.
Em bom estado de conservação, o castelo tem planta de formato oval, com a Torre de Menagem ao centro e uma capela renascentista, as muralhas são reforçadas por dois torreões.
Situada na margem esquerda do rio Tejo, é das poucas praias do Alentejo com direito a bandeira azul. Integrada no complexo da Quinta do Alamal, oferece um extenso areal junto à água, bem como vastas zonas verdes com o Castelo de Belver como imagem de fundo. Para almoçar descontraidamente, usufruindo da magnífica paisagem, existe um bar-restaurante.
Castelo de Belver
O castelo de Belver, foi construído no reinado de D. Sancho I, sob a orientação da Ordem dos Hospitalários, a quem o rei doou esta região, em 1194.
Este castelo estava inserido na linha defensiva do Tejo contra as investidas muçulmanas, desempenhando um papel importante neste contexto, mas também nas guerras da crise da sucessão, em 1383, a sua colocação estratégica foi relevante.
Depois desta guerra e da Guerra das Restauração da Independência, depois de 1640, há indicações de que as defesas do castelo foram reforçadas.
A importância e segurança do castelo parece ter levado o rei D. Sancho II a guardar nele os dinheiros do tesouro real e também terá servido como prisão para o poeta, Luís Vaz de Camões, durante a sua juventude.
O terramoto de 1755, provocou-lhe muitos danos, agravados pelo abandono nas décadas seguintes, voltando a sofrer mais destruição no terramoto de 1909.
Classificado como Monumento Nacional, em 1910, na década de 40, beneficiou de obras de reconstrução, da responsabilidade da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e já em 2005 o IPPAR procedeu a obras de conservação e restauro.
Em bom estado de conservação, o castelo tem planta de formato oval, com a Torre de Menagem ao centro e uma capela renascentista, as muralhas são reforçadas por dois torreões.
27 de agosto de 2010
Nisa - Crato - Vale de Peso
Ao passar pelas ruas da Nacional perto de Nisa, relembrei do acidente á 27 anos atrás.
Crato
O Crato é uma bonita Vila Alentejana, calma e pacata, sede de concelho, famosa pelo seu bonito Mosteiro de Flor da Rosa e toda a tradição monástica que este alberga.
A história do Crato é rica e muito antiga, pensando-se que terá sido povoada por Cartagineses, por volta do ano 500 a.C., tendo igualmente estado sob domínio dos Visigodos e dos Árabes. Conquistada aos Mouros em 1160, por Afonso Henriques, foi posteriormente entregue pelo Rei D. Sancho II à Ordem dos Hospitalários, em 1232, acabando por se tornar sede da Ordem no reinado de Afonso IV.
A escolha desta vila para sede da Ordem em Portugal deu grande importância à povoação, tendo em 1356, D. Frei Álvaro Gonçalves Pereira, fundado, a pequena distância da vila, no sítio da Flor da Rosa, uma igreja e Castelo para residência do priorado.
A partir de 1662 a Vila perde muita da sua importância militar, ao ser saqueada por tropas Espanholas, perdendo-se nessa altura importantes documentos da Ordem dos Hospitalários.
Hoje o Crato é uma pequena Vila bonita e bem preservada, de baixo e simples casario branco com a típica faixa alentejana a rodear portas e janelas, com orgulho no seu património, como o importante Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, albergando uma das mais cobiçadas Pousadas de Portugal, mas também a bonita igreja Matriz do século XIII, as ruínas do Castelo altaneiro, a Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso onde funciona o Museu Municipal e a Casa Museu Padre Belo, não esquecendo a Varanda do Grão Prior, o último testemunho do imponente Palácio dos Priores do Crato.
Por toda a região diversos monumentos megalíticos atestam a ancestralidade destas paragens, como a Anta do Couto dos Andreiros ou o Penedo do Caraça, entre tantos outros.
A natureza circundante é de grande beleza, encontrando-se na área três bonitas barragens: a de Vale Seco, da Arreganhada e a da Câmara, proporcionando boas condições para as mais variadas actividades desportivas, náuticas e de lazer.
Local de antigos costumes, no Crato é produzida uma variedade de objectos de artesanato em madeira, barro, cortiça ou em mármore.
Dos seus pratos típicos destacam-se as Migas de Batata, a Sopa Sarapatel, o Ensopado de Borrego e a Alhada de Cação.
Vale de Peso
A Aldeia de Vale do Peso está situada sobre uma pequena colina, com a cota de 307 metros acima do nível do mar, no limite entre os granitos e os xistos, situada a 7 km de Crato.
Algumas lendas, sem base séria pretendem explicar essas origens, mas sem fundamento digno de crédito. Segundo ela, Vale do Peso teria sido fundado pelos habitantes de uma pequena povoação, que existiu a 3 km a nordeste daquela a que se chamava Pé-do-Rodo, são visíveis ainda os alicerces de algumas habitações, no recinto das quais ostentam hoje a sua exuberância alguns sobreiros seculares.
Nas traseiras dessas ruínas melancólicas, vêem-se ainda algumas plantas frutíferas.
Uma tradição afirma que Vale do Peso está assente sobra as ruínas de outra povoação que se chamou "Cidade do Peso", cujo nome derivou de uma pedra de forma airosa, regular que , provavelmente pela sua configuração, fazia lembrar um peso antigo. Tratava-se de uma pedra formosa e bem parecida, a qual nos meados do século VXII, ainda existia junto desta localidade, mas já quebrada.
Crato
O Crato é uma bonita Vila Alentejana, calma e pacata, sede de concelho, famosa pelo seu bonito Mosteiro de Flor da Rosa e toda a tradição monástica que este alberga.
A história do Crato é rica e muito antiga, pensando-se que terá sido povoada por Cartagineses, por volta do ano 500 a.C., tendo igualmente estado sob domínio dos Visigodos e dos Árabes. Conquistada aos Mouros em 1160, por Afonso Henriques, foi posteriormente entregue pelo Rei D. Sancho II à Ordem dos Hospitalários, em 1232, acabando por se tornar sede da Ordem no reinado de Afonso IV.
A escolha desta vila para sede da Ordem em Portugal deu grande importância à povoação, tendo em 1356, D. Frei Álvaro Gonçalves Pereira, fundado, a pequena distância da vila, no sítio da Flor da Rosa, uma igreja e Castelo para residência do priorado.
A partir de 1662 a Vila perde muita da sua importância militar, ao ser saqueada por tropas Espanholas, perdendo-se nessa altura importantes documentos da Ordem dos Hospitalários.
Hoje o Crato é uma pequena Vila bonita e bem preservada, de baixo e simples casario branco com a típica faixa alentejana a rodear portas e janelas, com orgulho no seu património, como o importante Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, albergando uma das mais cobiçadas Pousadas de Portugal, mas também a bonita igreja Matriz do século XIII, as ruínas do Castelo altaneiro, a Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso onde funciona o Museu Municipal e a Casa Museu Padre Belo, não esquecendo a Varanda do Grão Prior, o último testemunho do imponente Palácio dos Priores do Crato.
Por toda a região diversos monumentos megalíticos atestam a ancestralidade destas paragens, como a Anta do Couto dos Andreiros ou o Penedo do Caraça, entre tantos outros.
A natureza circundante é de grande beleza, encontrando-se na área três bonitas barragens: a de Vale Seco, da Arreganhada e a da Câmara, proporcionando boas condições para as mais variadas actividades desportivas, náuticas e de lazer.
Local de antigos costumes, no Crato é produzida uma variedade de objectos de artesanato em madeira, barro, cortiça ou em mármore.
Dos seus pratos típicos destacam-se as Migas de Batata, a Sopa Sarapatel, o Ensopado de Borrego e a Alhada de Cação.
Vale de Peso
A Aldeia de Vale do Peso está situada sobre uma pequena colina, com a cota de 307 metros acima do nível do mar, no limite entre os granitos e os xistos, situada a 7 km de Crato.
Algumas lendas, sem base séria pretendem explicar essas origens, mas sem fundamento digno de crédito. Segundo ela, Vale do Peso teria sido fundado pelos habitantes de uma pequena povoação, que existiu a 3 km a nordeste daquela a que se chamava Pé-do-Rodo, são visíveis ainda os alicerces de algumas habitações, no recinto das quais ostentam hoje a sua exuberância alguns sobreiros seculares.
Nas traseiras dessas ruínas melancólicas, vêem-se ainda algumas plantas frutíferas.
Uma tradição afirma que Vale do Peso está assente sobra as ruínas de outra povoação que se chamou "Cidade do Peso", cujo nome derivou de uma pedra de forma airosa, regular que , provavelmente pela sua configuração, fazia lembrar um peso antigo. Tratava-se de uma pedra formosa e bem parecida, a qual nos meados do século VXII, ainda existia junto desta localidade, mas já quebrada.
14 de agosto de 2010
S. Lourenço
Situada a norte da cidade de Torres Vedras, a freguesia de Ramalhal encontra-se a 7 kms da sede do concelho e com as novas rodovias a cerca de 50 kms de Lisboa. Tem uma área de trinta e seis quilómetros quadrados e é atravessada pelo rio Alcabrichel.
O topónimo, Ramalhal, parece estar relacionado com o próprio significado da palavra: Conjunto de ramos vegetais; ramagem; ramaria: “Sussurram assim as colmeias quando levantam voo e vão pousar longe, nos ramalhais”. Assim se chega à conclusão que, no passado, Ramalhal terá tido uma mancha dominante de verde, na paisagem, certamente muito reduzida com o decorrer dos séculos e com a chegada do progresso.
É uma das mais antigas freguesias deste concelho. No lugar do Amial, por exemplo, são evidentes os vestígios da presença dos romanos no seu território, dos quais a ponte sobre o rio Alcabrichel não é certamente o menos importante de todos. Alicerces de construções foram também encontrados neste lugar. Em Vila Facaia, foram postos a descoberto, nos inícios deste século, vestígios de antigos fornos de alimpar minério e um vaso de barro cheio de moedas de imperadores romanos, datados do século IV d.C. Por Ramalhal, passava a estrada militar romana que ligava Lisboa e o norte através de Montachique, de Torres Vedras e da ribeira de Alcabrichel. Do tempo dos mouros, fica este mesmo topónimo e pouco mais.
Depois da conquista de Tomar aos mouros, em 1147, D. Afonso Henriques concedeu uma vasta zona aos cruzados que o tinham ajudado, com a função de povoar um território totalmente desocupado. Em 1464, já Ramalhal e Amial eram lugares de relativa importância. Este último lugar já tinha igreja, como se verá adiante, aqueloutro crescia de forma imparável.
Ramalhal, como freguesia, foi criada em 1561, chamando-se então S. Lourenço do Tereno. A mudança do nome deu-se entre 1608 e 1656. O culto foi mais tarde transferido para a ermida da Senhora da Ajuda, porque a de S. Lourenço entrou em ruína depois do terramoto de 1755. Ainda hoje é aquela a padroeira da freguesia. Ramalhal foi um curato da apresentação da paróquia de S. Miguel de Torres Vedras.
Das “Memórias Paroquiais” de 1758, retiramos as seguintes informações relativas a Ramalhal: “Esta terra existe situada no limite do Patriarcado de Lisboa a cujo pertence, é freguesia de S. Lourenço do Ramalhal, termo de Torres Vedras. A paróquia existe fora de lugar, sem povoação alguma, em cima de um pequeno monte, e lhe fica da parte do nascente um varzido pelo meio do qual corre um rio, e do poente algumas vinhas que ficam juntas a um pinhal”.
Do património de Ramalhal, destaca-se a actual matriz. Foi construída no século XVIII por iniciativa de um padre da Vidigueira. Tem altar-mor e dois altares laterais, de rica talha dourada, em madeira do Brasil. As paredes são cobertas por azulejos pintados com cenas religiosas. Todo o pavimento é lajeado e coberto por sepulturas.
A Estação de Comboio da C. P. é também digna de ser visitada, pelo pitoresco que encerra em si mesma. Encontram-se na freguesia duas nascentes de águas minerais, a Azenha do Ramalho e a Azenha do Paço. Apesar de não serem exploradas comercialmente, as suas águas são indicadas para o tratamento de doenças de estômago, intestinos e rins.
Com cerca de quatro mil habitantes, a freguesia de Nossa Senhora da Ajuda e S. Lourenço do Ramalhal, como hoje se designa, tem como principais actividades económicas a indústria de barro vermelho, grés e carvão vegetal, o comércio e a prestação de serviços. Uma outra prova do crescimento da povoação a todos os níveis, já que a agricultura era, no passado, o principal sustento da sua população. Aliás, a este propósito dizia em meados do século a “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”: “A freguesia produz boas frutas, vinhos e cereais. Na época de Verão é procurada como tranquilo lugar de vilegiatura. Esta pitoresca família é visitada por distintas famílias, principalmente na época do verão”.
O topónimo, Ramalhal, parece estar relacionado com o próprio significado da palavra: Conjunto de ramos vegetais; ramagem; ramaria: “Sussurram assim as colmeias quando levantam voo e vão pousar longe, nos ramalhais”. Assim se chega à conclusão que, no passado, Ramalhal terá tido uma mancha dominante de verde, na paisagem, certamente muito reduzida com o decorrer dos séculos e com a chegada do progresso.
É uma das mais antigas freguesias deste concelho. No lugar do Amial, por exemplo, são evidentes os vestígios da presença dos romanos no seu território, dos quais a ponte sobre o rio Alcabrichel não é certamente o menos importante de todos. Alicerces de construções foram também encontrados neste lugar. Em Vila Facaia, foram postos a descoberto, nos inícios deste século, vestígios de antigos fornos de alimpar minério e um vaso de barro cheio de moedas de imperadores romanos, datados do século IV d.C. Por Ramalhal, passava a estrada militar romana que ligava Lisboa e o norte através de Montachique, de Torres Vedras e da ribeira de Alcabrichel. Do tempo dos mouros, fica este mesmo topónimo e pouco mais.
Depois da conquista de Tomar aos mouros, em 1147, D. Afonso Henriques concedeu uma vasta zona aos cruzados que o tinham ajudado, com a função de povoar um território totalmente desocupado. Em 1464, já Ramalhal e Amial eram lugares de relativa importância. Este último lugar já tinha igreja, como se verá adiante, aqueloutro crescia de forma imparável.
Ramalhal, como freguesia, foi criada em 1561, chamando-se então S. Lourenço do Tereno. A mudança do nome deu-se entre 1608 e 1656. O culto foi mais tarde transferido para a ermida da Senhora da Ajuda, porque a de S. Lourenço entrou em ruína depois do terramoto de 1755. Ainda hoje é aquela a padroeira da freguesia. Ramalhal foi um curato da apresentação da paróquia de S. Miguel de Torres Vedras.
Das “Memórias Paroquiais” de 1758, retiramos as seguintes informações relativas a Ramalhal: “Esta terra existe situada no limite do Patriarcado de Lisboa a cujo pertence, é freguesia de S. Lourenço do Ramalhal, termo de Torres Vedras. A paróquia existe fora de lugar, sem povoação alguma, em cima de um pequeno monte, e lhe fica da parte do nascente um varzido pelo meio do qual corre um rio, e do poente algumas vinhas que ficam juntas a um pinhal”.
Do património de Ramalhal, destaca-se a actual matriz. Foi construída no século XVIII por iniciativa de um padre da Vidigueira. Tem altar-mor e dois altares laterais, de rica talha dourada, em madeira do Brasil. As paredes são cobertas por azulejos pintados com cenas religiosas. Todo o pavimento é lajeado e coberto por sepulturas.
A Estação de Comboio da C. P. é também digna de ser visitada, pelo pitoresco que encerra em si mesma. Encontram-se na freguesia duas nascentes de águas minerais, a Azenha do Ramalho e a Azenha do Paço. Apesar de não serem exploradas comercialmente, as suas águas são indicadas para o tratamento de doenças de estômago, intestinos e rins.
Com cerca de quatro mil habitantes, a freguesia de Nossa Senhora da Ajuda e S. Lourenço do Ramalhal, como hoje se designa, tem como principais actividades económicas a indústria de barro vermelho, grés e carvão vegetal, o comércio e a prestação de serviços. Uma outra prova do crescimento da povoação a todos os níveis, já que a agricultura era, no passado, o principal sustento da sua população. Aliás, a este propósito dizia em meados do século a “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”: “A freguesia produz boas frutas, vinhos e cereais. Na época de Verão é procurada como tranquilo lugar de vilegiatura. Esta pitoresca família é visitada por distintas famílias, principalmente na época do verão”.
8 de agosto de 2010
Um olhar sobre Viseu!...
"...por ruelas e calçadas!..."
Ó Viseu Graciosa
Cidade Tu és jardim
Tens flores em teus recantos
Ó Viseu tu és assim.
Em ruelas e calçadas
Em cantos e guitarradas
Canto a ti Viseu, minha cidade.
Em vielas e arruadas
Em prosas e cantatas
Canto a ti Viseu, minha saudade
Viriato em tua guarda
E lá no alto a Sé
Dom Duarte, Infante Henrique
Imponente sempre em pé.
Em ruelas e calçadas
Em cantos e guitarradas
Canto a ti Viseu, minha cidade.
Em vielas e arruadas
Em prosas e cantatas
Canto a ti Viseu, minha saudade
Em ti há sete torres
Que se erguem para o céu
São marcos da tua glória
Que o povo não esqueceu.
Em ruelas e calçadas
Em cantos e guitarradas
Canto a ti Viseu, minha cidade.
Em vielas e arruadas
Em prosas e cantatas
Canto a ti Viseu, minha saudade
publicado por visiense às 09:44
Ó Viseu Graciosa
Cidade Tu és jardim
Tens flores em teus recantos
Ó Viseu tu és assim.
Em ruelas e calçadas
Em cantos e guitarradas
Canto a ti Viseu, minha cidade.
Em vielas e arruadas
Em prosas e cantatas
Canto a ti Viseu, minha saudade
Viriato em tua guarda
E lá no alto a Sé
Dom Duarte, Infante Henrique
Imponente sempre em pé.
Em ruelas e calçadas
Em cantos e guitarradas
Canto a ti Viseu, minha cidade.
Em vielas e arruadas
Em prosas e cantatas
Canto a ti Viseu, minha saudade
Em ti há sete torres
Que se erguem para o céu
São marcos da tua glória
Que o povo não esqueceu.
Em ruelas e calçadas
Em cantos e guitarradas
Canto a ti Viseu, minha cidade.
Em vielas e arruadas
Em prosas e cantatas
Canto a ti Viseu, minha saudade
publicado por visiense às 09:44
6 de agosto de 2010
S.Pedro do Sul
Estamos na Beira Alta, retalho mais belo de Portugal....
Cercada por serranias altaneiras, envaidecidas, por Deus as ter abençoado, com toda a sua beleza.
Emoldurada pelas serras da Grajeira , S.Mácário, Manhouce e tantas outras.
Conhecidas pelas suas tradições, a seus pés estão seus vales, verdejantes, onde as tonalidades se misturam e se beijam, entre os verdes no seu degradée, nos azuis dos seus miosotis e alfazemas e nos amarelos das suas giestas, deixando a fragância da saudade....
Por eles passam os riachos espelhados, ouvindo-se seu sussuro em tom duma prece..
Entre eles, espreita S.Pedro do Sul, coberto dum veludo imenso, entre casas apalaçadas, tendo como Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, envolvendo seu manto celeste...
Numa doçura estonteante corre o Vouga, entre choupos e canaviais deleitando os Sãopedrenses e forasteiros no seu lenteiro espraiando-se mimado.....
A seu lado de braço dado, aparecem as Famosas Termas, cujas águas sulfurosas, são a cura, para centenas de aquistas, continuando o Vouga, saltando de pedra em pedra, espelhado pelo sol, que tarda sempre em se esconder.
As suas margens cantam e encantam, quem por lá passa..
as sombras são uma constante...
Cercada por serranias altaneiras, envaidecidas, por Deus as ter abençoado, com toda a sua beleza.
Emoldurada pelas serras da Grajeira , S.Mácário, Manhouce e tantas outras.
Conhecidas pelas suas tradições, a seus pés estão seus vales, verdejantes, onde as tonalidades se misturam e se beijam, entre os verdes no seu degradée, nos azuis dos seus miosotis e alfazemas e nos amarelos das suas giestas, deixando a fragância da saudade....
Por eles passam os riachos espelhados, ouvindo-se seu sussuro em tom duma prece..
Entre eles, espreita S.Pedro do Sul, coberto dum veludo imenso, entre casas apalaçadas, tendo como Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, envolvendo seu manto celeste...
Numa doçura estonteante corre o Vouga, entre choupos e canaviais deleitando os Sãopedrenses e forasteiros no seu lenteiro espraiando-se mimado.....
A seu lado de braço dado, aparecem as Famosas Termas, cujas águas sulfurosas, são a cura, para centenas de aquistas, continuando o Vouga, saltando de pedra em pedra, espelhado pelo sol, que tarda sempre em se esconder.
As suas margens cantam e encantam, quem por lá passa..
as sombras são uma constante...
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