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15 de janeiro de 2017

Santo Quintino

Santo Quintino é uma freguesia portuguesa do concelho de Sobral de Monte Agraço, com 28,88 km² de área e 3 706 habitantes (2011)[1]. A sua densidade populacional é de 128,3 hab/km².

A Igreja de São Quintino fica a 40Km noroeste de Lisboa, na freguesia de Santo Quintino no concelho de Sobral de Monte Agraço. É de 1530, construída em estilo manuelino. Terão sido os Francos que trouxeram a devoção do São Quintino. Supôe-se que a documentação relativa a Santo Quintino se terá perdido aquando do terramoto de Lisboa de 1755.


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A igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1910.

A história da igreja de São Quintino de Sobral de Monte Agraço é, em muitos aspectos, análoga à da vizinha matriz de Arruda dos Vinhos. Na época medieval, o seu orago era outro (existem referências nas Inquirições de D. Afonso III a uma igreja dedicada a Santa Maria de Monte Agraço) e foi preciso esperar pelas primeiras décadas do século XVI para que o edifício adquirisse o seu aspecto geral actual. Ao anterior conjunto deve pertencer o arco quebrado entaipado, localizado a Norte do portal principal, e que se pressupõe ter sido a entrada principal do templo medieval, que deveria, desta forma, ser de nave única. Dessa primitiva igreja devem ser também três capitéis estilisticamente conotados com a transição para o Gótico, que se conservam no interior do actual monumento.

A origem da renovação verificada é, tal como em Arruda, tradicionalmente atribuída ao rei D. Manuel. Em 1520, este terá ordenado a reedificação integral do monumento, datando dos anos imediatamente seguintes o essencial dos trabalhos. Ao que tudo indica, o projecto avançou com relativa rapidez, uma vez que o ano de 1530 está inscrito em duas cartelas do portal principal e que a imagem de São Quintino (que actualmente se conserva na capela lateral Sul) ostenta a data de 1532.
Artisticamente, o templo é um produto caracteristicamente manuelino, de assinalável qualidade. O corpo é de três naves, seccionadas em cinco tramos por arcos formeiros de volta perfeita, cujas colunas possuem anéis de decoração vegetalista, numa solução espacial e estética muito próxima à da vizinha Matriz de Arruda dos Vinhos. O portal principal, pelo contrário, é mais cuidado: de arco canopial, é enquadrado por exuberante composição gabletada, com dupla moldura superior e múltiplos elementos decorativos, com nicho axial ladeado por dois medalhões. Finalmente, a cabeceira é tripartida e escalonada, com capela-mor rectangular e absidíolos quadrangulares, uniformemente cobertos com abóbadas polinervadas.

Terminada a campanha de arquitectura, os promotores dedicaram-se a actualizar esteticamente o templo. Dos trabalhos efectuados nas décadas seguintes, destaca-se o que resta do retábulo de São Quintino, encomendado a Gregório Lopes em 1544. Ele não sobreviveu até aos nossos dias e as tábuas que se conservam no interior do templo, já de cronologia maneirista e reveladoras de uma estética aparentada com a de Giulio Romano, saíram da oficina de Diogo Contreiras (SERRÃO, 2002, pp.126 e 228). Do mesmo período, ou ligeiramente anterior, é o frontal de altar, revestido com azulejos hispano-árabes, um dos conjuntos mais importantes desta modalidade artística que se conserva no aro de Lisboa.

As obras continuaram pelas décadas seguintes, contando-se a capela baptismal (em cuja cúpula existe a inscrição de 1592) e o revestimento azulejar das paredes da nave (datado de 1618), e que tem a particularidade de integrar painéis figurativos com representações de São Quintino, Anunciação e Visitação. No século XVIII, registaram-se outras importantes empreitadas artísticas. Admite-se que, ainda na primeira metade da centúria, se tenham verificado alterações nos alçados, mas o monumento carece de um estudo monográfico rigoroso que esclareça cabalmente as dúvidas que presentemente subsistem a esse respeito. O que não levanta problemas de atribuição setecentista são os vários painéis de azulejos azuis e branco, saídos das oficinas lisboetas dos grandes mestres azulejadores do reinado de D. João V, com cenas da vida de São Quintino.

O restauro do monumento iniciou-se na década de 30 do século XX e continuou pelos anos seguintes. A uma primeira iniciativa de carácter consolidador, realizada em 1934, seguiu-se a campanha de intervenção integral, realizada a partir de 1940. Dos trabalhos então efectuados conta-se a demolição de alguns anexos, a substituição de azulejos em mau estado, bem como acções de grande impacto ao nível dos telhados e dos alçados do conjunto.

O Forte do Alqueidão, também referido como Forte Grande, localiza-se a cerca de 2 quilómetros a sul de Sobral de Monte Agraço, na freguesia de São Quintino, Concelho de Sobral de Monte Agraço, Distrito de Lisboa, em Portugal. É uma das principais 152 estruturas fortificadas construídas sob a orientação do general Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das invasões francesas, com o intuito de defender Lisboa das tropas napoleónicas.

A 439 metros acima do nível do mar, no alto da serra de Monte Agraço, integra um conjunto de oito fortificações (fortes e redutos) na região do concelho, que integravam a 1ª das chamadas Linhas de Torres, cujo papel foi decisivo na vitória luso-britânica à época da 3ª invasão francesa do país. De sua posição o visitante descortina uma magífica vista da paisagem envolvente, alcançando mesmo, em dias claros, a serra de Sintra e as Portas do Sol, no Castelo de Santarém.

Neste forte estava instalado o posto de comando das Linhas, uma vez que se encontrava na cota mais alta de todo o sistema, adiante do qual se estendia o campo de batalha esperado. Dispunha de contato visual directo com a serra do Socorro, onde se articulavam os sinais de comunicação tanto para a zona de Torres Vedras como para o litoral.

O sítio foi desmatado, permitindo apreciar as posições de artilharia, as trincheiras e os fossos que reforçavam o complexo defensivo.

No Verão de 2009 teve início a segunda campanha de prospecção arqueológica no forte, promovida pela Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço no âmbito do "Projecto Intermunicipal da Rota Histórica das Linhas de Torres", financiado pelo Mecanismo Financeiro EEA GRANTS.

Sob a direcção do arqueólogo Artur Rocha, contou com a participação de jovens do concelho integrados num programa municipal de ocupação de tempos livres, o "Jovens à Descoberta do Património".

As escavações arqueológicas efectuadas permitiram aos arqueólogos descobrir o Quartel do Governador, um paiol e uma estrutura de armazenamento de armamento, que os levou a concluir que o forte foi usado como posto de comando do general Wellington.

No concelho do Sobral encontram-se ainda os quartéis-generais de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington e de William Carr Beresford.

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