domingo, 30 de setembro de 2012

Charles Chaplin

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.


Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

Charles Chaplin

A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração, sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam, calar-me para ouvir, aprender com meus erros, afinal, eu posso ser sempre melhor!
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,

Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar, a abrir minhas janelas para o amor. E não temer o futuro, A lutar contra as injustiças. Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.

Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade. Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar.

Charles Chaplin

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar e os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris todo mundo irá supor
Que és feliz

Charles Chaplin

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Um texto de Teolinda Gersão sobre a «nova gramática»

Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles.
Aqui ficam, e espero que vocês também se divirtam. E depois de rirmos espero que nós, adultos, façamos alguma coisa para libertar as crianças disto.

Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa

Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito. ”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer. Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens,ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.
E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impôr a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: “Ó João, onde está a tua gramática?” Respondo: “Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.”

João Abelhudo, 8º ano, turma C (c de c…r…o, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática).

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

domingo, 23 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ADOREI!!

Dois beijos pregados nas bochechas.. da minha sobrinha, no seu segundo aniversário... Adorei!!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Fazendo as contas!


Um abastado lavrador da Amareleja meteu-se no seu jeep e foi a um monte vizinho. Bateu à porta. Um puto de cerca de 9 anos vem abrir.
- O tê pai está em casa?
- Nã senhori foi a Évora.
- Bem, a tua mãe está em casa?
- Nã senhori ela também nã está. Foi com o mê pai.
- E o tê irmão Maneli? Ele está...
- Nã senhori, ele também foi com a mãe e com o pai.
O lavrador ficou ali uns minutos, mudando de um pé para o outro e resmungando sozinho.
- Posso ajudá-lo em alguma coisa, pergunta o rapaz delicadamente; ê sei onde estão as ferramentas; se quiser alguma emprestada; ou talvez possa dar um recado ao mê pai...!!
- Bem (diz o lavrador com cara de chateado), realmente queria falar com o tê pai, por causa do tê irmão Maneli; ele engravidou a minha filha Raqueli.
O rapaz pensou por uns momentos
- Lá disso nã sê, terá de falar com o mê pai. Se lhe servir de alguma ajuda para ir fazendo as contas, ê sêi que o pai cobra 500 pelo touro, 100 pelo cavalo e 50 pelo porco, mas realmente nã sê quanto é que ele lhe vai levar pelo Maneli!

domingo, 16 de setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Guimarães

Um fim-de-semana bem passada, obrigada, amigos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Gabriela

Humberto Martins e a atriz Juliana Paes, que interpretam respectivamente Nassib e Gabriela

A ingênua sensualidade de Gabriela, uma das mais sedutoras mulheres nascidas da imaginação do escritor Jorge Amado, retorna à televisão brasileira, que se une desse modo à comemoração do centenário de seu criador, falecido em 2001.

"Gabriela cheira a amor, Gabriela tem cor de canela", declarou há 15 anos o escritor, nascido no dia 10 de agosto de 1912, sobre a personagem principal de um dos mais bem-sucedidos de seus 36 livros, editado em 1958 e traduzido para 35 idiomas.

A história de Gabriela, Cravo e Canela transcorre na década de 1920 em Ilhéus, uma pequena cidade do sul do estado da Bahia, e se situa no meio dos tempos dourados que essa região viveu quando chegou a ser uma das grandes produtoras de cacau do mundo.
Amado recria a chegada da ferrovia à cidade através da prosperidade nascida do cacau, que leva negócios, bancos e até bordéis a florescer, e mostra a cara mais corrupta, ambiciosa e insensível dos coronéis da região.

Nesse universo surge Gabriela, uma jovem que chega vinda da miséria profunda do campo, buscando trabalho como empregada doméstica ou cozinheira, uma arte que conhece como poucas, figura sempre presente na prolífica literatura de Amado, que durante sua própria vida fez da boa mesa um culto.

Nacib, um sessentão de origem síria que a contrata como garçonete, depois como cozinheira de seu bar Vesúvio, se transforma em seu amante e depois em seu marido, embora o casamento acabe quando ele descobre que Gabriela o trai com outro homem.
A traição escandaliza a pacata Ilhéus, mas não impede que Nacib desafie a moral da época para voltar a ser amante de Gabriela.

A tórrida paixão de Gabriela e Nacib foi levada à televisão em 1960 e em 1975, mas nenhuma dessas versões teve o impacto do filme dirigido por Bruno Barreto e protagonizado por Sônia Braga e Marcello Mastroianni em 1983.
Aos 59 anos, o intérprete dos delírios cinematográficos de Federico Fellini, se entregou ao realismo mágico de Jorge Amado e deu vida junto a Sônia Braga a um dos casais mais amorosos do cinema.

A versão para TV, que estreia nesta segunda-feira (18) na Globo, coloca Juliana Paes na pele de Gabriela. A escolha da atriz para o papel foi posta em xeque por parte da crítica, porque apesar de ela ter a mesma cor de pele da personagem, não tem seus 20 anos.
No papel de Nacib estará Humberto Martins, ator de 51 anos com longa trajetória na televisão, e em alguns dos papéis secundários aparecerão velhas figuras ilustres da dramaturgia brasileira, como Antônio Fagundes e José Wilker.

Fagundes é parte da história das telenovelas e protagonizou alguns dos grandes sucessos mundiais de Globo, como O Rei do Gado (1996) e Dancin'Days (1978).
Wilker também se tornou famoso em dramalhões, como Roque Santeiro (1985), mas conseguiu projeção internacional em seu papel de Vadinho, o marido que volta da morte para atormentar Sônia Braga em Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), outro filme de Bruno Barreto baseado na obra de Jorge Amado.

Na telenovela que começa nesta segunda-feira na Globo estreará, além disso, como atriz a famosa cantora Ivete Sangalo, que fará o papel de Maria Machadão, dona do bordel Bataclan, lugar de encontro dos políticos mais influentes do sul da Bahia na década de 20.

A telenovela terá 76 capítulos, com um custo de produção médio de R$ 400 mil cada um, e será rodada quase na totalidade em cenários que reproduzem a Ilhéus daquela época, construídos no Projac, no Rio de Janeiro.

domingo, 9 de setembro de 2012

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O que for...

O que for a profundeza do teu ser, assim será teu desejo.
O que for o teu desejo, assim será tua vontade.
O que for a tua vontade, assim serão teus atos.
O que forem teus atos, assim será teu destino


Brihadaranyaka Upanishad IV.4.5

domingo, 2 de setembro de 2012

Pintassilgo Eros

Bom Dia, pintassilgo alegre e bem disposto;
01-Bom dia, azeitona nuclear
02 -Bom dia, celeste barata
03 -Bom dia, tatinha
04 -Bom dia,  lobo virtual
05 -Bom dia, galinha do mar
05 –robalo foi operad a henia xemana paxada
06 -Bom dia, rabanete pedagogico
07 -Bom dia, marmota canhota
08 -Bom dia, Dulcineia da falagueira
09 -Bom dia, airoso rabanete
10 -Bom dia, Marisco cavaco e silva do campo
11 -Bom dia, Sra da Graça
12-Bom dia, zurututuz
13 -Bom dia, Malaquias do Pinhal
14 -Bom dia, barbatana aérea
15-Bom dia, fava voadora
16 -Bom dia, Saudosa Macaronésia
16-Olá, espero que esteja tudo a correr bem. Quando chegas ao continente? Bjos
16-Zeguei ontim!
16- ok Baby Bjx
17-Bom dia, framboesa furnense
17- Xim. Via mala. Já lhi ripondi esta manhata. Bjx
17-Tas muito pior. Não te cuides, não!
17- Ti axa??
17- 7Se axo? Tenho a certeza
18-Bom dia, marota de sabata
19 -Bom dia, doninha fofa
20 -Bom dia, gorden
21 -Bom dia, chinela rural
21- Jantar amanha as 7h no terraxo. Traz muda de cueca lavada
22 -Bom dia, alegria do verão
23 -Bom dia, arara magna
24 -Bom dia, bom bom
25 -Bom dia, chiado
26 -Bom dia, almôndega divina
27 -Bom dia, grilo isotonico
28 -Bom dia, pipi das ligas roxas
29- -Bom dia, toupeira mediatica
30- Bonjour, Godot
31-Bom dia, madrugada luarenta

sábado, 1 de setembro de 2012