No ventre de uma mãe havia dois bebés. Um perguntou ao outro:
"Acreditas na vida após o parto?" O outro respondeu: "É claro. Tem de haver algo após o parto.Talvez nós estejamos aqui para nos prepararmos para o que virá mais tarde." "Disparate", disse o primeiro. "Que tipo de vida seria essa?" O segundo disse: "Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós possamos andar com as nossas próprias pernas e comer com as nossas bocas. Talvez tenhamos outros sentidos que não podemos entender agora." O primeiro disse: "Isso é um absurdo. O cordão umbilical fornece-nos nutrição e tudo o mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação." O segundo insistiu: "Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez nós não iremos mais precisar deste tubo físico." O primeiro contestou: "Disparate, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que é que ninguém jamais voltou de lá?" "Bem, eu não sei", disse o segundo, "mas certamente vamos encontrar a Mãe e ela vai cuidar de nós." O primeiro respondeu: "Mãe!, acreditas realmente na Mãe? Isso é ridículo. Se a Mãe existe, então, onde ela está agora?" O segundo disse: "Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir." Disse o primeiro:" Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe." Ao que o segundo respondeu: "Às vezes, quando estamos em silêncio, se nos concentrarmos e realmente ouvirmos, poderás perceber a presença dela e ouvir a sua voz amorosa" Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus. |
29 de agosto de 2016
Conversa entre dois bebés
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