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25 de agosto de 2016

Pica-pau




A RTP nunca apostou muito nos desenhos animados do Pica-Pau (Woody Woodpecker), normalmente eram usados como tapa buracos na programação, o que é uma pena já que era um dos desenhos animados mais divertidos da altura envolvendo um animal representado de uma forma antropomórifca, neste caso um Pica-Pau. Esta ideia surgiu depois de uma viagem em que o criador do programa, Walter Lantz,foi atormentado por um destes animais que ao mesmo tempo provocou-lhe situações engraçadas. Foi difícil vender a ideia aos estúdios da Universal, mas nos anos 40 este animal começou a ganhar destaque nas curta metragens cinematográficas do estúdio atingindo algum sucesso.

No começo ele era desenhado de uma forma mais rude, com um aspecto "louco" e uma aparência grotesca, sendo que as histórias representadas seguiam mais essa linha, atingindo uma grande violência que só viu um abrandamento quando começou a ser transmitido na TV em 1957. Até 1972, altura que o criador decidiu encerrar o estúdio, o desenho foi ganhando contornos mais simpáticos e simples, com o seu comportamento sendo acalmado e abandonando os teores agressivos do começo.


Por cá deu a versão original, um dos actores originais era o lendário Mel Blanc, e a sua gargalhada histérica ganhou contornos épicos com tudo a tentar imitá-la. Mais tarde vi a versão Brasileira e a mesma está extremamente bem feita, os dubladores captaram na perfeição a loucura da personagem e aumentavam o carisma da mesma, um pouco como a dobragem Portuguesa do Ren & Stimpy.

Ben Hardaway e Grace Stafford foram as outras vozes da personagem, mantendo a risada usada por Blanc e que virou imagem de marca do desenho, sendo que sofriam da mesma "aceleração" para dar aquele tom "esganiçado" ao pássaro que combinava com o seu espírito louco e agressivo. Apesar disso tudo, Pica-Pau foi dos primeiros desenhos animados a ter direito a uma estrela no passeio da fama em Los Angeles, e teve uma música baseada nele que alcançou sucesso no top de vendas.

Lembro-me que gostava bastante da revista da editora Abril, tanto quando aparecia ele ou os seus personagens secundários como a Morsa, ou ainda companheiros como o Picolino, um pinguim bem engraçado. Na TV quando ele virou algo mais engraçado e calmo, perdeu muito da piada e do carisma, piorando quando juntaram a ele 2 sobrinhos pequenos.

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