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Water

Aos 8 anos de idade, na Índia dos anos 30, Chuyia não é apenas casada; é já viúva. E nunca conheceu o marido.

De acordo com a tradição, Chuyia é enviada para uma casa que acolhe viúvas – uma casa onde as viúvas são obrigadas a ficar, isoladas da sociedade, até ao final das suas vidas, sem que possam alguma vez voltar a casar.


Lá, conhece Kalyani, uma bela e jovem viúva de quem se torna amiga que ousa desafiar as regras apaixonando-se por um jovem com estudos. Também ele está disposto a confrontar-se com a tradição instituída.

No momento em que as ideologias de Ghandi ganham cada vez mais peso e as pessoas se começam a questionar sobre a religião, sobre a sociedade, sobre os direitos das mulheres, estas duas jovens (assim como tantas outras mulheres) poderão ver os seus percursos de vida alterarem-se radicalmente.

Filmado no Sri Lanka, o longa apresenta uma mistura de natureza e cidade típica indiana, num colorido que chama atenção. A fotografia ajuda a dar destaque ao ambiente. A presença do elemento água é constante, seja no rio ou em forma de chuva, tudo em sinal de purificação.
O filme se passa no final dos anos 1930, numa época de transformação não só social, mas cultural na Índia. É interessante como todas as idades são representadas. A personagem principal, Chuyia, com 8 anos, rebelde e ingênua; a jovem Kalyani, que sonha em mudar de vida; Shakuntala, que protege a todos como uma mãe, e Madhumati, no papel da vó conservadora e megera.

Belo, sumptuoso e tocante, ÁGUA é o mais recente filme da conceituada realizadora indiana Deepa Mehta.

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