Vivemos um tempo em que as pessoas deixaram de conversar. Gritam. Gritam porque acreditam que ouvir é fraqueza, que silenciar é submissão, que a pressa de se impor é mais importante do que compreender. E quando gritam, a minha raiva cresce. Cresce até se tornar quase física, um peso que empurra o peito, enriquece os músculos, prende a respiração. Cresce tanto que deixo de conseguir argumentar, deixo de conseguir explicar.
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