Horas Decisivasestá repleto emocionantes sequências de ação, ancoradas no tema principal que aparece em toda a história – a força do espírito humano.
O resgate do SS Pendleton foi a primeira página de muitos jornais, mas nem toda a gente está familiarizada com a história, incluindo as famílias dos homens que fizeram parte deste resgate. “Estes homens não falam nisso, porque para eles era o seu dever”, explica Dorothy.
Recriar o esforço corajoso no grande ecrã foi a maneira perfeita de contar ao mundo a sua história inesquecível e com uma história como esta onde os factos reais são tão convincentes, os realizadores viram-se obrigados a manterem-se fiéis aos acontecimentos. O realizador Craig Gillespie diz, “Queríamos ser muito específicos, muito claros e tecnicamente precisos com os eventos que envolvem as pessoas reais na história. Ser capaz de obter esses detalhes e verdade torna a história ainda mais interessante, permitindo-nos apresentar pessoas únicas e autênticas.”
Das várias pessoas envolvidas diretamente na missão de resgate de Fevereiro de 1952, apenas dois ainda estão entre nós, os engenheiros da Guarda Costeira Andy Fitzgerald e Mel “Gus” Gouthro. Andy, que era engenheiro de terceira classe da Guarda Costeira, foi no lugar do amigo e engenheiro sénior Gouthro, que estava doente na noite do resgate, tendo ficado no posto de Chatham da Guarda Costeira. Os dois homens são amigos até hoje, e foram contratados pelos realizadores na fase inicial de desenvolvimento para ajudar a garantir que todos os factos e detalhes eram autênticos. Os dois nunca esqueceram aquela noite histórica, lembrando-a como se fosse ontem.
A 10 e 11 de Novembro, ambos os homens visitaram os cenários e viram como as cenas do barco salva-vidas que resgatou os sobreviventes do Pendleton foram gravadas e como gritavam ao descerem do alto casco do navio, que estava num tanque de água gigante num palco sonoro, construído no Fore River Shipyards em Quincy, Massachussetts. Dorothy disse, “Quando Andy e Mel viram os homens do Pendleton a descer as escadas do barco salva-vidas e a serem atingidos por ondas massivas, ficaram espantados.”
“Foi maravilhoso tê-los lá”, acrescenta Craig. “Tê-los a dar o seu testemunho e a trazer-nos a sua história foi mesmo um grande momento. O elenco e a equipa adorou conhecê-los e perguntar-lhes tudo sobre as suas experiências… conheceram heróis verdadeiros.” Enquanto todos no cenário se mantinham muito humildes com o que aconteceu naquela noite, Andy estava muito mais realista. “O que é assim tão grandioso?”, perguntava. “Aconteceu, fizemos o que era suposto e voltamos. Não gostamos, mas tínhamos de o fazer e fomos em frente.”
“Muitas pessoas ainda olham para o resgate de Pendleton como uma missão suicida, mas nunca a vi assim”, diz Andy, que tem agora 84 anos e vive com a esposa em Colorado. “Como costumávamos dizer na altura, ‘Tens que sair, mas não tens de voltar’. O nosso trabalho era salvar pessoas e foi o que fizemos e estou muito orgulhoso disso.” Mel acrescenta, “Quando as pessoas me fazem perguntas sobre o resgate Pendleton tento convencê-los de que não foi assim tão grandioso para aqueles homens. Saíram e fizeram o seu trabalho. Não gostaram… não foi como se estivessem a passar um bom bocado naquele barco salva-vidas, mas foi o que lhes foi dito para fazer e fizeram.”
Horas Decisivas conta a verdadeira história de pessoas dispostas a sair para salvar as vidas de outras pessoas, construindo uma homenagem à paixão e dedicação dos homens e mulheres da Guarda Costeira dos EUA, que existe desde 1790. Jim diz, “Esta é a forma de contar à América – e ao resto do mundo – a sua história.”
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