Líderes internacionais que participaram da Conferência do Clima em Paris estabeleceram um acordo sem precedentes, que pode salvar tudo aquilo que amamos! Foi por isso que fomos às ruas, assinamos petições, promovemos campanhas, fizemos doações e enviamos mensagens: por uma mudança drástica e maravilhosa no curso da história da humanidade.
Visões ambiciosas como essas dependem de movimentos sociais capazes de popularizá-las, fazendo com que virem realidade no nosso dia-a-dia. A vitória de hoje não é uma exceção.
Nas últimas semanas, nossa comunidade desempenhou um papel crucial, ajudando a conquistar este acordo histórico.Depois de quebrarmos todos os recordes, mobilizando centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, levamos nossas vozes para a conferência – literalmente – em um coro de mensagens gravadas pessoalmente por membros, ouvido pelas delegações na entrada do local de reuniões. Em seguida, a equipe da Avaaz entregou nossa petição diretamente ao secretário-geral da ONU, dando início a uma sequência incrível de campanhas.
Do início ao fim, a cada tentativa dos governos de bloquear o progresso das negociações, nós reagimos; e quando governantes adotaram uma atitude positiva, contaram com nosso apoio. Nossa comunidade pressionou nossos líderes a irem adiante, em 45 ações diferentes em apenas 14 dias. O nosso impacto foi impressionante:
E era apenas o começo. Nossas passeatas, mensagens e apelos em vídeo foram exibidos sem parar no saguão fora da principal sala de negociação. Presidentes, chefes de estado, ministros e suas respectivas delegações eram lembrados da nossa existência e das nossas demandas todos os dias.
Na sequência, cobrimos Paris de cartazes que mostravam os rostos dos piores lobistas da indústria de combustíveis fósseis, pedindo que os ministros os ignorassem. Por causa disso, a lobista da maior empresa de mineração do mundo retirou-se por completo das negociações!
Quando a Argentina e a Arábia Saudita foram identificadas como as principais sabotadoras da negociação, membros da Avaaz nos dois países entraram em ação, o que chamou a atenção de toda a imprensa. Na Argentina, Mauricio Macri, presidente recém-eleito que havia feito promessas de investir em energia renovável, foi bombardeado por mensagens pedindo o envio de uma delegação a Paris. Dentro de poucos dias, os representantes chegaram. O governo saudita ficou tão preocupado por estar no foco das atenções que um advogado representando o reino ligou para a equipe da Avaaz dizendo que seríamos processados.
Há apenas algumas horas, uma ministra alemã agradeceu pessoalmente aos membros da Avaaz por fazer com que ela e sua delegação se sentissem apoiadas ao longo das negociações.
E essa foi apenas uma das campanhas incríveis nas quais trabalhamos nesse meio-tempo!
Todo mundo esperava o fracasso da conferência. O tempo todo, as equipes da Avaaz ouviram governantes afirmando que "o povo não se importa com as mudanças climáticas". Mas a gente sabia que não era bem assim. Sabíamos que esta comunidade é formada por milhões de pessoas que, ano após ano, escolheram “salvar o planeta” como prioridade fundamental do nosso trabalho.
Desde 2007, em Bali, em 2009, em Copenhagen, passando por todas as conferências do G7, pelas principais capitais do mundo e agora em Paris, foi assim que mostramos como os líderes estavam errados:
Nada nos faz perder as esperanças (2010-13): Apesar do resultado decepcionante de Copenhagen, nosso movimento nunca perdeu a esperança. Em vez disso, em cada país, a cada oportunidade, membros da Avaaz continuaram lutando com unhas e dentes pelas políticas necessárias contra as mudanças climáticas. Fizemos um protesto na Conferência de Durban em solidariedade aos países em desenvolvimento, realizamos vigílias na esteira do desastre nuclear do Japão e lançamos uma petição global pedindo a preservação da preciosa Amazônia, que alcançou 1,5 milhões de assinaturas.
Fortalecendo o nosso movimento (2010-13): Copenhagen nos ensinou que era preciso crescer muito mais para derrotar o lobby da indústria de combustíveis fósseis e convencer nossos governantes. E foi exatamente o que fizemos: passamos de 3 milhões para mais de 30 milhões de membros!
A maior mobilização pelo clima da história (2014): Após meses de preparativos e em colaboração com muitas organizações parceiras, organizamos a maior manifestação pelo clima da história, na véspera de uma importante Conferência do Clima da ONU. Colocamos 400 mil pessoas nas ruas de Nova York e outras 300 mil em todo o mundo, e todas elas traziam uma mensagem poderosa: o mundo quer energia 100% limpa. Semanas depois, os Estados Unidos e a China assinaram um acordo que foi um marco nas reduções de emissões. A vontade política em relação ao meio ambiente havia mudado.
Hora dos heróis do clima (2015): Impulsionados pelo sucesso das marchas, concentramos nossas atenções nas economias mais ricas e fizemos de tudo para apoiar a liderança da Alemanha no G7. Milhares de membros se uniram para financiar pesquisas e anúncios persuasivos, denunciando os principais países que boicotavam o progresso das negociações. Entregamos pessoalmente uma petição com 2,7 milhões de assinaturas aos principais ministros alemães e franceses. Tivemos ainda uma reunião pessoal com François Hollande, presidente da França. Centenas de membros da Avaaz seguiram Angela Merkel em praticamente cada evento público do qual a chanceler alemã participou, pedindo que ela agisse como uma heroína. O resultado? Líderes do G7 disseram adeus aos combustíveis fósseis, comprometendo-se a eliminar progressivamente a poluição de carbono ao longo deste século! A maré estava virando.
Por Paris e por tudo que amamos (2015): Na contagem regressiva para a reta final das negociações em Paris, milhares de pessoas se inscreveram para participar das mobilizações marcadas para a véspera da conferência. Eventos foram organizados por membros da Avaaz em todos os cantos do mundo, mas os ataques em Paris chocaram a todos, impossibilitando o grande evento programado para a capital e para outros locais da França.
Os membros da Avaaz reagiram com esperança e criatividade. Em questão de dias, recolhemos mais de 22 mil sapatos para expor em uma instalação incrível no centro de Paris, simbolizando todas as pessoas que não puderam participar da mobilização. Até o Papa e o secretário-geral da ONU enviaram seus calçados. Demais!
Enquanto líderes mundiais chegavam a Paris, nosso próprio recorde era quebrado! De São Paulo a Sydney, passando por Sana’a, mais de 785 mil pessoas participaram de 2.300 eventos em 175 países, pedindo em uníssono por um futuro abastecido por energia renovável e pela preservação de tudo que amamos. Imagine como seria se o povo de Paris e do resto da França tivesse conseguido participar também!
Imagens e gravações das mobilizações em todo o mundo alastraram-se como fogo, estampando a primeira página de dezenas de grandes jornais. A Mobilização Mundial pelo Clima teve cobertura de centenas de agências internacionais e foi transmitida em um telão no local da conferência. O tom das conversas estava estabelecido.
Temos décadas de trabalho pela frente para cumprir o compromisso assumido. Precisamos elevar os padrões para atingir a meta de energia 100% limpa até 2050 e especificar o que consideramos "segunda metade do século", como está estabelecido no acordo. Precisamos que os países mais ricos financiem os países em desenvolvimento no processo de abolição do uso de carvão e retirem centenas de milhares de pessoas da pobreza. Precisamos pressionar os governos de todas as partes a manter o aquecimento do planeta abaixo de 1,5º C, para que pequenos países-ilha consigam sobreviver. E o mais importante: precisamos garantir que todos os governos cumpram as promessas feitas em Paris.
Mas já conquistamos muito:
Quando a história nos proporciona momentos em que o vento muda de direção, dá para sentir o cheiro no ar. O melhor que fazemos é aproveitar a força desse vento em nossas velas, navegando em direção a um novo caminho. Assim como nossos irmãos e irmãs na África do Sul, que ganharam a igualdade jurídica independentemente da cor da pele, os membros da comunidade LGBT nos Estados Unidos, que ganharam o direito de se casarem com as pessoas que amam, e o movimento pacífico de Gandhi, que deu origem a uma nova esperança para a Índia, estamos à beira de sentir esse novo, doce vento em nossos rostos.
Vamos todos aproveitar sua força para navegarmos juntos através dos oceanos, rios e lagos que nos dividem. Vamos cumprir a promessa feita agora e entregar aos nossos filhos um futuro lindo, seguro e limpo.
Diante de grandes crises, nasceram belas visões de mundo. A Segunda Guerra Mundial teve como fruto a Declaração Universal dos Direitos Humanos, um documento sólido que ilustra o nosso espírito e capacidade de união como povo. A queda do apartheid levou a África do Sul a criar a mais visionária e progressiva constituição já vista. |
Visões ambiciosas como essas dependem de movimentos sociais capazes de popularizá-las, fazendo com que virem realidade no nosso dia-a-dia. A vitória de hoje não é uma exceção.
Clique aqui para ver a história de nossa luta pelo clima e para participar das comemorações |
Nas últimas semanas, nossa comunidade desempenhou um papel crucial, ajudando a conquistar este acordo histórico.Depois de quebrarmos todos os recordes, mobilizando centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, levamos nossas vozes para a conferência – literalmente – em um coro de mensagens gravadas pessoalmente por membros, ouvido pelas delegações na entrada do local de reuniões. Em seguida, a equipe da Avaaz entregou nossa petição diretamente ao secretário-geral da ONU, dando início a uma sequência incrível de campanhas.
Em 2014, quando o secretário-geral da ONU convocou a Conferência sobre Mudanças Climáticas, centenas de milhares de pessoas foram às ruas em Nova York. Foi então que percebemos que tínhamos o poder do povo do nosso lado - Christiana Figueres, chefe das discussões climáticas na ONU, falando sobre o poder das mobilizações em seu discurso de encerramento, ontem |
Do início ao fim, a cada tentativa dos governos de bloquear o progresso das negociações, nós reagimos; e quando governantes adotaram uma atitude positiva, contaram com nosso apoio. Nossa comunidade pressionou nossos líderes a irem adiante, em 45 ações diferentes em apenas 14 dias. O nosso impacto foi impressionante:
E era apenas o começo. Nossas passeatas, mensagens e apelos em vídeo foram exibidos sem parar no saguão fora da principal sala de negociação. Presidentes, chefes de estado, ministros e suas respectivas delegações eram lembrados da nossa existência e das nossas demandas todos os dias.
Na sequência, cobrimos Paris de cartazes que mostravam os rostos dos piores lobistas da indústria de combustíveis fósseis, pedindo que os ministros os ignorassem. Por causa disso, a lobista da maior empresa de mineração do mundo retirou-se por completo das negociações!
Quando a Argentina e a Arábia Saudita foram identificadas como as principais sabotadoras da negociação, membros da Avaaz nos dois países entraram em ação, o que chamou a atenção de toda a imprensa. Na Argentina, Mauricio Macri, presidente recém-eleito que havia feito promessas de investir em energia renovável, foi bombardeado por mensagens pedindo o envio de uma delegação a Paris. Dentro de poucos dias, os representantes chegaram. O governo saudita ficou tão preocupado por estar no foco das atenções que um advogado representando o reino ligou para a equipe da Avaaz dizendo que seríamos processados.
Há apenas algumas horas, uma ministra alemã agradeceu pessoalmente aos membros da Avaaz por fazer com que ela e sua delegação se sentissem apoiadas ao longo das negociações.
Membros da Avaaz lançaram campanhas e começaram a mandar mensagens de texto às delegações de grandes economias emergentes, pedindo que aderissem à coalizão. Em questão de horas, o Brasil respondeu à equipe da Avaaz, passando a integrar o grupo oficialmente em 48 horas. |
E essa foi apenas uma das campanhas incríveis nas quais trabalhamos nesse meio-tempo!
Todo mundo esperava o fracasso da conferência. O tempo todo, as equipes da Avaaz ouviram governantes afirmando que "o povo não se importa com as mudanças climáticas". Mas a gente sabia que não era bem assim. Sabíamos que esta comunidade é formada por milhões de pessoas que, ano após ano, escolheram “salvar o planeta” como prioridade fundamental do nosso trabalho.
Desde 2007, em Bali, em 2009, em Copenhagen, passando por todas as conferências do G7, pelas principais capitais do mundo e agora em Paris, foi assim que mostramos como os líderes estavam errados:
"O elefante começa a se mover" (2008-09): Durante um ano inteiro, nossa comunidade deixou tudo de lado para se concentrar na Conferência de Copenhagen, organizando centenas de vigílias e passeatas em todo o mundo, fazendo milhares de telefonemas para tomadores de decisão, entregando petições com milhões de assinaturas e levando um grito de alerta a presidentes e primeiros-ministros. Embora os líderes tenham fracassado em conseguir um acordo, foi como um membro da Avaaz descreveu: "o elefante começou a se mover, e quando um elefante começa a se mover, é difícil fazê-lo parar..." |
"Vocês são os catalisadores do idealismo mundial... o impacto sobre os líderes que estão aqui não pode ser subestimado" - Gordon Brown, Primeiro-Ministro do Reino Unido, 2009 |
Nada nos faz perder as esperanças (2010-13): Apesar do resultado decepcionante de Copenhagen, nosso movimento nunca perdeu a esperança. Em vez disso, em cada país, a cada oportunidade, membros da Avaaz continuaram lutando com unhas e dentes pelas políticas necessárias contra as mudanças climáticas. Fizemos um protesto na Conferência de Durban em solidariedade aos países em desenvolvimento, realizamos vigílias na esteira do desastre nuclear do Japão e lançamos uma petição global pedindo a preservação da preciosa Amazônia, que alcançou 1,5 milhões de assinaturas.
Fortalecendo o nosso movimento (2010-13): Copenhagen nos ensinou que era preciso crescer muito mais para derrotar o lobby da indústria de combustíveis fósseis e convencer nossos governantes. E foi exatamente o que fizemos: passamos de 3 milhões para mais de 30 milhões de membros!
A maior mobilização pelo clima da história (2014): Após meses de preparativos e em colaboração com muitas organizações parceiras, organizamos a maior manifestação pelo clima da história, na véspera de uma importante Conferência do Clima da ONU. Colocamos 400 mil pessoas nas ruas de Nova York e outras 300 mil em todo o mundo, e todas elas traziam uma mensagem poderosa: o mundo quer energia 100% limpa. Semanas depois, os Estados Unidos e a China assinaram um acordo que foi um marco nas reduções de emissões. A vontade política em relação ao meio ambiente havia mudado.
"Nossos cidadãos continuam marchando. Não podemos fingir que não estamos ouvindo. Temos que atender ao chamado" - Barack Obama, durante a Conferência da ONU de 2014 |
Por Paris e por tudo que amamos (2015): Na contagem regressiva para a reta final das negociações em Paris, milhares de pessoas se inscreveram para participar das mobilizações marcadas para a véspera da conferência. Eventos foram organizados por membros da Avaaz em todos os cantos do mundo, mas os ataques em Paris chocaram a todos, impossibilitando o grande evento programado para a capital e para outros locais da França.
Os membros da Avaaz reagiram com esperança e criatividade. Em questão de dias, recolhemos mais de 22 mil sapatos para expor em uma instalação incrível no centro de Paris, simbolizando todas as pessoas que não puderam participar da mobilização. Até o Papa e o secretário-geral da ONU enviaram seus calçados. Demais!
Enquanto líderes mundiais chegavam a Paris, nosso próprio recorde era quebrado! De São Paulo a Sydney, passando por Sana’a, mais de 785 mil pessoas participaram de 2.300 eventos em 175 países, pedindo em uníssono por um futuro abastecido por energia renovável e pela preservação de tudo que amamos. Imagine como seria se o povo de Paris e do resto da França tivesse conseguido participar também!
Imagens e gravações das mobilizações em todo o mundo alastraram-se como fogo, estampando a primeira página de dezenas de grandes jornais. A Mobilização Mundial pelo Clima teve cobertura de centenas de agências internacionais e foi transmitida em um telão no local da conferência. O tom das conversas estava estabelecido.
Temos décadas de trabalho pela frente para cumprir o compromisso assumido. Precisamos elevar os padrões para atingir a meta de energia 100% limpa até 2050 e especificar o que consideramos "segunda metade do século", como está estabelecido no acordo. Precisamos que os países mais ricos financiem os países em desenvolvimento no processo de abolição do uso de carvão e retirem centenas de milhares de pessoas da pobreza. Precisamos pressionar os governos de todas as partes a manter o aquecimento do planeta abaixo de 1,5º C, para que pequenos países-ilha consigam sobreviver. E o mais importante: precisamos garantir que todos os governos cumpram as promessas feitas em Paris.
Mas já conquistamos muito:
- Pelo menos US$ 100 bilhões em financiamentos após 2020 para manter o fluxo de dinheiro para os países pobres;
- Reuniões a cada cinco anos para fazer um balanço dos compromissos e estimular a elevação das metas, o que vai nos deixar cada vez mais perto de um mundo onde a emissão líquida zero em gases de efeito estufa é uma realidade; e
- Consenso em considerar as mudanças climáticas um problema mundial, cuja solução requer o trabalho conjunto, desde a Arábia Saudita até o Senegal, passando pelo Brasil, para que possamos construir um futuro.
Quando a história nos proporciona momentos em que o vento muda de direção, dá para sentir o cheiro no ar. O melhor que fazemos é aproveitar a força desse vento em nossas velas, navegando em direção a um novo caminho. Assim como nossos irmãos e irmãs na África do Sul, que ganharam a igualdade jurídica independentemente da cor da pele, os membros da comunidade LGBT nos Estados Unidos, que ganharam o direito de se casarem com as pessoas que amam, e o movimento pacífico de Gandhi, que deu origem a uma nova esperança para a Índia, estamos à beira de sentir esse novo, doce vento em nossos rostos.
Vamos todos aproveitar sua força para navegarmos juntos através dos oceanos, rios e lagos que nos dividem. Vamos cumprir a promessa feita agora e entregar aos nossos filhos um futuro lindo, seguro e limpo.
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