Avançar para o conteúdo principal

Vida

"Quero encontrar algo nesse mundo que me traga, a cada noite, a dádiva de um cansaço bom.
Que me permita olhar para as horas vividas com uma clara convicção de que valeu a pena vivê-las.
Que me conduza ao sono sereno que nasce depois dos desafios que o coração compra.
Que me convide a desejar um novo dia, certo de que haverá um motivo para o qual levantar.
E por sabê-lo, por lembrá-lo, eu possa experimentar a paz de adormecer sorrindo.
Quero encontrar algo nesse mundo que seja minha reza, meu lugar sagrado.
Meu acorde mais harmonioso.
Meu compromisso e minha liberdade.
A âncora que me ligue à terra.
A ponte que me leve ao céu.
Algo que me encante e me entusiasme.
Que me acalente e me acorde.
Que me comova e me encoraje.
Que me faça colocar os pés na vida, enamorada e entregue.
Uma fonte de contentamento que independe de qualquer condição externa para me alimentar.
Quero encontrar algo nesse mundo que seja a expressão mais fluida do meu amor.
Que esteja sintonizado com os propósitos da minha alma para a jornada que realizo.
Que me ajude a dançar mais gostoso com a vida.
Que seja capaz de devolver lume aos meus olhos, quando tudo me parecer opaco.
Um tesouro que, de verdade, me enriqueça.
Quero encontrar algo nesse mundo que faça eu me sentir útil na minha passagem por aqui.
Que me incentive a continuar no meu caminho quando as circunstâncias tentarem me convencer a desistir dele.
Que me ajude a fazer contacto com o meu sol toda vez que chover muito forte e eu sentir medo.
Que seja uma certeza quando os ventos marotos tirarem tudo do lugar.
Quero encontrar essa preciosidade, da qual eu sinto uma imensa saudade, como se estivesse na minha vida desde sempre.
Quero tatuá-la nos meus dias.
Quero que suas digitais estejam presentes naquilo que eu puder oferecer de melhor ao mundo.
Algo que fique, quando eu passar.
Algo que me traga, a cada noite, a dádiva, de um cansaço bom."
Autoria: Ana Jácomo

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Santa Luzia

Santa Lúcia de Siracusa (± 283 - † 304), mais conhecida simplesmente por Santa Luzia (santa de luz), segundo a tradição da Igreja Católica, foi uma jovem siciliana, nascida numa família rica de Siracusa, venerada pelos católicos como virgem e mártir, que, segundo conta-se, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano. Na antiguidade cristã, juntamente com Santa Cecília, Santa Águeda e Santa Inês, a veneração à Santa Lúcia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter vinte templos em Roma dedicados ao seu culto. O episódio da cegueira, ao qual a iconografia a representa, deve estar ligado ao seu nome Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui-lhe a função de graça iluminadora. É assim a padroeira dos oftamologistas e daqueles que têm problemas de visão. Su...