quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quebrada e furiosa!

Para quê que vale a pena ser forte
Quando sinto um aperto doloroso no meu peito
Quando sinto a necessidade de usar o preto e branco
Preto pela grande mágoa que aglomera dentro de mim
Branco por não querer que a depressão se entranha em mim

Sinto-me que o meu coração, voltou a ser a aquela pedra de gelo,
A pulsar na procura daquele amor único, á primeira vista,
Mas com uma camada forte inquebrável de gelo duro
Com um olhar desconfiado e deprimido, impossível de aproximação
As lágrimas se congelaram, o estômago revoltado sempre em fúria.

Já estive assim um dia mas foi o amor avassalador que o renovou
Mas esse amor foi para aonde eu já não consigo alcançar
Volta amor, derrete a camada que envolta o meu coração
O gelo que insiste em não derreter e o frio já é insuportável!
Nem o sal me limpa das inúmeras mágoas que guardo em mim.

Penitencio-me o tempo todo só pela lembrança da vergonha
Tento desviar do sentimento de culpa que sinto em mim
Tento evitar espetar mais espinhos grossos no meu coração
Faço-me de forte, uma fortaleza alta, direita e inquebrável
E no entanto sinto-me tão frágil, carente e quebrável como vidro

Eu sei que sangra, é dessa dor que sinto medo
Medo que o sal me deixe amarga, sem sabor
E com o tempo me torne tão fria nem a Rosa me quebre
Que não sinta mais a tua presença tão ausente em mim...
Que minha vida fique cega e que eu nunca mais enxergue nada!

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