sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Espelho de água, Espelho meu

Espelho de água, Espelho meu
Será que reflectes o que há de bom em mim
Sem tristezas sem mágoas
Os corações de amor
As alegrias que pairam no ar
Ou reflectes o que há de mau em mim
Um futuro incerto
Uma realidade crua e dura
Um coração que flutua sem sentido
Um rumo que segue numa nova manhã
Que surge todos os dias
Ou apenas reflectes, o que vês
Diz-me tu, Espelho meu
O que vês
De mim, em mim e para mim

Espelho de água, Espelho meu
Olho para ti e me vejo,
Sossegada e a imaginar-me
Que destino terei eu
Mil destinos, mil rumos, mil caminhos
Aonde estará meu corpo e alma
Aonde estará meu coração
Que será dos meus sonhos
Será que os vou realizar,
Talvez num livro, numa história
Para contar um dia, numa noite fria
Ou apenas ficará num sonho…
Que será de mim,
Conta-me, diz-me, Espelho meu
Que me olhas, com tanto interesse…

Espelho de água, Espelho meu
Dentro de mim, no meu mais fundo interior
Existe um baú de mistérios, de sonhos e desejos,
Talvez um dia, poderá tudo acontecer,
Poderá ser nesta vida derradeira
Poderá ser contigo, meu amor
Meu menino de olhos amendoados
Espelho meu, que intimidas
Que me deixas envergonhada
Olho para ti, olho para mim reflectida
E nada vejo, nada sinto
Nem um sexto sentido revela
Permaneço num silêncio incógnito
Sem uma palavra, sem um sinal
Apenas uma dor que arde sem se ver!

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