Avançar para o conteúdo principal

Julgamento

Cada vez mais e cada dia que passa
Convenço-me que as pessoas tem grandes defeitos,
Que agravam o ser humano na sociedade.
É muito triste mas é a realidade dura e crua.

Julgar sem conhecer as duas facetas da história,
Atirar pedras sem conhecer o passado,
Ser ingrata por coisas feitas sem reconhecimento
E não comunicar para evitar mal-entendidos.

Sempre e cada vez mais sei,
Quem tem poder de julgar é Deus,
Senhor e criador da natureza
E do mundo em que vivemos.

Quem tem poder de atirar pedras
Somos nós, a nós mesmo.
Pelos caminhos e decisões errantes,
Pelas palavras que magoam seja a quem for.

Estamos na Terra, de passagem
Para errar e aprender, para cair e levantar
Para magoar e curar, sentir solidão e união
E um dia, cá se fazem, cá se pagam.

Nós pensamos que conhecemos as pessoas
Que estão connosco á muito tempo
Mas aonde existe a ganância, o poder, o dinheiro
Existe as facetas escondidas.

Aqui paira a dura e crua realidade
Agora e sempre de consciência tranquila
Um dia, quando menos esperar,
A verdade seja ela qual for, virá ao de cima…

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Divisões

No silêncio da casa vazia, Sofia observava as rachaduras nas paredes, as linhas que pareciam se multiplicar a cada dia. Antes, eram quase invisíveis, um detalhe menor na paisagem do lar, mas agora cortavam o reboco em trajetos sinuosos e profundos, como cicatrizes que a casa se recusava a esconder. O técnico garantira: “é um assentamento normal.” Sofia tentara acreditar, mas algo naqueles traços irregulares a fazia sentir-se observada. À noite, os sons aumentavam. Pequenos estalos ecoavam pela madeira e pelas paredes, formando um compasso que a inquietava. Todas as madrugadas, às 3h13, o relógio da sala parava, como se o tempo obedecesse a um ritual sinistro. Os objetos surgiam deslocados. Os livros invertidos, os quadros tortos, um vaso quebrado que ela não se lembrava de ter tocado. E havia os sussurros. Baixos, indistintos, mas inegáveis, pareciam sair de dentro das paredes. Naquela noite, os estalos vieram mais fortes. Sofia, já acostumada, pensou em ignorá-los, mas o som tornou-se...