Inês Negra era uma mulher do povo, fiel à causa da independência de Portugal, no início do reinado de D. João I. Nessa altura, algumas terras portuguesas eram a favor de Castela. Por essa razão, Inês Negra abandonou Melgaço. Mais tarde, D. João I decidiu reconquistar Melgaço e Inês Negra juntou-se ao seu exército, mas as duas facções nunca chegaram a defrontar-se. Diz a lenda que a “Arrenegada”, inimiga de longa data de Inês Negra, desafiou Inês do alto das muralhas, propondo que a contenda fosse resolvida entre ambas, com o acordo do exército castelhano. D. João I assistiu espantado à resposta de Inês Negra, aceitando o desafio, e ambos os exércitos consentiram o confronto entre as duas.
No meio da luta, a “Arrenegada” conseguiu retirar a espada das mãos de Inês, mas esta tirou uma forquilha da mão de um camponês e continuou o confronto. Passado pouco tempo, as duas resolveram lutar sem armas e Inês feriu a “Arrenegada” de tal forma que esta fugiu para o castelo. Os castelhanos abandonaram Melgaço no dia seguinte e D. João I quis recompensar a heroína, mas esta respondeu que estava plenamente recompensada pela sova que tinha dado à sua inimiga.
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