Nenhum
ser humano está isento de momentos de sofrimento e do tempo difícil,
da mesma forma que todo ser humano pode ter a certeza de que a
tempestade não será eterna.
Será
esse mesmo mau tempo que, com o tempo, levará consigo o que não
poderá permanecer.
Observe
a água corrente que, na sua leveza e rapidez, isentando-se dos
detritos, mantém limpo o percurso por onde ela circula.
Observe
aqueles sofrimentos que mais lhe tiraram o sono e, hoje, não mais
lhe afetam com tanta intensidade ou até já se dissiparam.
No
seu presente, quando estiver vivenciando invernos emocionais,
conflitos existenciais ou intrigas irremediáveis, a fim de
estancá-los ou, ao menos, minimizar aquela sensação de impotência,
normalmente momentânea, lembre-se das intempéries que residem no
passado e, que hoje, estão distantes de
você ou, até mesmo, não mais existem em seu mundo ou, melhor
ainda, serviram para moldar a sua primavera emocional.
Não
fuja do frio invernal, vivencie-o, absorva as temperaturas gélidas,
pois, somente assim, sua cútis reconhecerá o valor da temperatura
branda e agradável que virá de carona com as flores da primavera
que brindarão a sua chegada, com novas cores, formas, fragrâncias,
as quais dar-lhe-ão mais forças vitais para seguir adiante e
permitir que o tempo apague o que não deverá residir em sua
memória, no seu íntimo mais profundo.
A verdadeira vida, vem com a água que deixa a sujeira para trás. A “sujeira” deverá existir, de forma provisória, para que seja possível entender a importância de deixá-la para trás.
Deixá-la
para, enfim, dar espaço à vida
nova,
que se renova a cada milésimo de segundo; vida que se renova com o
tempo que leva a tristeza, as mágoas, a falta de perdão e de
arrependimento.
Perdoe
e peça perdão. Essas atitudes servem como limpeza das suas
estranhas e representam água corrente, que purifica a alma humana,
essencialmente.
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