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13 de julho de 2018

12 SEMANAS PARA MUDAR UMA VIDA - PAIQ


12 SEMANAS PARA MUDAR UMA VIDA
AUGUSTO CURY

Mas qual é o nosso maior tesouro? O que deveria ocupar o centro de nossas atenções? O carro, a casa, o trabalho, o dinheiro, as roupas, as viagens? Não!
A vida! Sem ela, não temos nada e não somos nada. E sem qualidade de vida, ainda que estejamos vivos, não temos sentido encanto, saúde e prazer de viver.
Há graves contrastes nas sociedades modernas que estão diante dos nossos olhos e não enxergamos. Protegemos nossas casas com grades nas janelas e com fechaduras nas portas, mas não sabemos como proteger nossa emoção contra as preocupações e dificuldades da vida.
Milhões de pessoas acordam cansadas, não aquietam sua mente, se tornaram máquinas de trabalhar. São vítimas do sistema social, não param de pensar, não viajam para dentro de si mesmas.
Todo esse corpo de argumentos revela a necessidade vital e urgente de um programa de qualidade de vida que tenha profundidade e praticabilidade, capaz de ser aplicado amplamente nas mais diversas áreas da sociedade.
Procure a sabedoria, pois a vida é muito breve. Vivemos a vida como se ela fosse interminável.
Mas ela é tão breve. Entre a meninice e a velhice há um pequeno intervalo de tempo. Olhe para sua história! Os anos que já viveu não passaram muito rápido?
A vida é tão breve como os raios de sol que surgem sorrateiramente na mais bela manhã e se despedem subtilmente ao anoitecer sem deixar vestígios…”

A nossa espécie, em particular as sociedades modernas, está adoecendo coletivamente. Enumerarei apenas alguns pontos em que fundamento minha preocupação e a necessidade do projeto deste livro:
1-A tristeza e a angústia estão aumentando. A indústria do lazer está expandindo. Nunca tivemos uma fonte de estímulos para' excitar a energia emocional como na atualidade. A indústria da moda, os parques temáticos, os jogos desportivos, a Internet, a televisão, os estilos musicais e a literatura explodiram nas últimas décadas. Esperávamos que nossa geração fosse a que vivesse o mais intenso oásis de prazer e tranquilidade. Nós nos enganamos, jamais fomos tão tristes e inseguros.
2-A solidão está se expandindo. As sociedades estão adensadas. No começo do século XX, éramos um pouco mais de um bilhão de pessoas. Hoje, só a China e a Índia têm cada uma, mais de um bilhão de pessoas. Por vivermos tão próximos fisicamente, a solidão seria estancada. Mas nos enganamos novamente, a solidão nos contaminou. As pessoas estão sós nos elevadores, no ambiente de trabalho, nas ruas, nas praças desportivas. Estão sós no meio da multidão.
3-O diálogo está morrendo. Muitos só sabem falar de si mesmos quando estão diante de um psiquiatra ou psicólogo. Pais e filhos não cruzam suas histórias, raramente trocam experiências de vida. A família moderna está se tornando um grupo de estranhos, todos vivem ilhados em seu próprio mundo.
4-As discriminações chegaram a patamares insuportáveis. Perdemos o sentido de espécie, estamos indo contra o grito de mais de 100 bilhões de células e contra o clamor do fantástico funcionamento da mente que nos acusam de sermos uma única e intrigante espécie. Mas, infelizmente, nos dividimos, discriminamos e excluímos. Não honramos o espetáculo das ideias, nossa capacidade de pensar.
5-Os pensadores estão morrendo. Os estudantes no mundo todo estão se tornando, em sua grande maioria, do ensino fundamental a universidade, uma massa de repetidores de informações e não de pensadores que amam a arte da crítica e da dúvida. Aprendemos a explorar os detalhes dos átomos e as forças que regem o Universo, mas não sabemos 8 explorar o mundo de dentro. Temos informações que uma geração jamais teve, mas não sabemos pensar, transformar a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência.
6-A qualidade de vida está se deteriorando. Quanto pior a qualidade da educação, mais importante será o papel da psiquiatria no terceiro milénio. Apesar dos avanços da medicina, da psicologia e da psiquiatria, o normal tem sido ser ansioso e stressado e o anormal tem sido ser tranquilo e relaxado. As ciências da psique têm focado o tratamento e não a prevenção. Nada é tão injusto como produzir um ser humano doente para depois tratá-la, produzir as lágrimas para depois aliviá-las.
Esses seis argumentos não são pessimistas, mas realistas. Muitos se importam com sua própria vida; eu, apesar de ter vários defeitos, tenho aprendido a me apaixonar pela espécie humana e a amar as pessoas.

Um programa que, se aplicado, expandisse o prazer de viver, superasse a solidão, promovesse o diálogo interpessoal, estimulasse a formação de pensadores, enriquecesse a arte de pensar, debelasse o câncer da Discriminação e prevenisse a depressão, a síndrome do pânico, os transtornos ansiosos, o stresse, a violência social. Enfim, um programa que promovesse os amplos aspectos da qualidade psíquica e social. Por isso, durante longos anos, produzi o PAIQ - Programa da Academia de Inteligência de Qualidade de Vida


UMA JOIA ÚNICA NO TEATRO DA EXISTÊNCIA...”

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