O RMS Titanic foi um navio transatlântico da classe Olympic operado pela White Star Line e construído nos estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast, na Irlanda do Norte. No seu lançamento, em 1911, o Titanic detinha o título de maior navio de passageiros do mundo. Na noite de 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, já na madrugada do dia15 de abril.
Com 2 223 pessoas a bordo,[2] o naufrágio resultou na morte de 1 517 pessoas, hierarquizando-o como a maior catástrofe marítima já registrada em tempos de paz. O Titanic foi construído com algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis na época e, por isso, foi popularmente referenciado como "inafundável". Na verdade, um folheto publicitário de 1910 da White Star Line sobre oTitanic ajudou a embarcação a ganhar essa fama, pois alegava que ela era "praticamente inafundável". Foi um grande choque para muitas pessoas o fato de que, apesar dos modernos recursos e experiente tripulação, o Titanic não só tenha afundado como também causado grande perda de vidas humanas. O frenesi da imprensa sobre as vítimas famosas do Titanic, as lendas sobre o que aconteceu a bordo do navio, as mudanças resultantes no direito marítimo, bem como a descoberta do local do naufrágio em 1985 por uma equipe liderada pelo Dr. Robert Ballard fizeram a história do Titanic persistir famosa desde então.
O naufrágio do navio causou enorme comoção na época e chocou a opinião pública. Nos anos seguintes, vários países adotaram leis para tornar as viagens marítimas mais seguras. Novos regulamentos para comunicação entre embarcações, quantidades mínimas de botes salva-vidas e outras medidas de segurança foram adotadas, sendo que algumas persistem até os dias atuais. O legado mais importante neste quesito foi a assinatura, em 1914, da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, na qual várias nações estabeleceram protocolos unificados de segurança e resposta a acidentes em alto-mar.[3]
Muito se tem discutido, desde o acidente, sobre as causas da tragédia. Acredita-se que dois fatores deram grande contribuição: na noite do naufrágio, os vigílias do mastro não tinham binóculos à disposição, um item que poderia ter evitado o choque com o iceberg, se eles o tivessem visto 30 segundos antes. Além disso, o navio possuía um leme considerado pequeno para guiar uma embarcação daquele tamanho. Se fosse maior, o navio teria conseguido se desviar do obstáculo de gelo a tempo. Apesar do relato de muitos passageiros, até a descoberta do navio, acreditava-se que ele tivesse afundado inteiro, e não se partido em dois.
O fascínio pela trágica história do famoso transatlântico ficou demonstrado com a exibição nos cinemas de Titanic, em 1997, visto por quase 400 milhões de pessoas. Com o sucesso do filme, o interesse pelo Titanic intensificou-se ainda mais e fez surgir centenas de livros, estudos, debates e novas teorias a respeito da causa do naufrágio.
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