terça-feira, 16 de abril de 2013

Não me reconheço

Por vezes olho para mim e não me reconheço
Tantas mudanças aconteceram
Tantas marcas no corpo e no olhar
Que não dá para perceber quando foram feitas

Por vezes, dou por mim descontrolada
Por vezes, descarrego-me em alguém
Por vezes, apercebo-me e peço desculpas
Por vezes, dou por mim numa moleza sem fim

Foram muitas mudanças repentinas
Mudanças que o frio e a humidade pôr a nu,
Sem capas nem meias medidas, a vista de todos
O desespero das mudanças aos montes

Quem me viu e quem me vê
Quem um dia me viu sorrindo ao céu
Aonde o optimismo estava presente
Aonde a procura do amor era essencial

Hoje a procura é de melhor qualidade de vida
Quero-te de volta, quero voltar a ser quem era
Com aquele sorriso voltada para alegria
Com aquele coração em brasa e saltitante.

Quando me deito, não me reconheço
Aonde estás tu, alegria da minha vida
Fecho os olhos na esperança de ter de volta
E a manhã acordo e sei que tudo vai mudar

Reconheço que passamos por fases da vida
Mudam-se os tempos mudam-se as vontades
Anos e anos e a mudança faz parte de nós,
Tudo faz parte do nosso organismo de ser e viver.

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