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Consciencia

"Porque é que nos encontramos de olhos fechados para o que realmente somos, para o que realmente habita em nós? Quantas vezes temos as causas da nossa infelicidade ao nosso lado e apenas as vemos mascaradas e cobertas de flores com falso aroma?

Porquê continuar viciado no medo, se sou o que quiser? Aliás! Se sou Amor?...

À nossa volta apenas existe Luz, mas nós teimamos em dizer que vivemos no ...
meio da escuridão, quando na verdade só estamos de olhos fechados..."

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Divisões

No silêncio da casa vazia, Sofia observava as rachaduras nas paredes, as linhas que pareciam se multiplicar a cada dia. Antes, eram quase invisíveis, um detalhe menor na paisagem do lar, mas agora cortavam o reboco em trajetos sinuosos e profundos, como cicatrizes que a casa se recusava a esconder. O técnico garantira: “é um assentamento normal.” Sofia tentara acreditar, mas algo naqueles traços irregulares a fazia sentir-se observada. À noite, os sons aumentavam. Pequenos estalos ecoavam pela madeira e pelas paredes, formando um compasso que a inquietava. Todas as madrugadas, às 3h13, o relógio da sala parava, como se o tempo obedecesse a um ritual sinistro. Os objetos surgiam deslocados. Os livros invertidos, os quadros tortos, um vaso quebrado que ela não se lembrava de ter tocado. E havia os sussurros. Baixos, indistintos, mas inegáveis, pareciam sair de dentro das paredes. Naquela noite, os estalos vieram mais fortes. Sofia, já acostumada, pensou em ignorá-los, mas o som tornou-se...