segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A queda da Índia portuguesa

MAPA: O ESTADO PORTUGUÊS DA ÍNDIA - Como era o território em 1960

IMAGENS: Momentos marcantes
OPERAÇÃO VIJAY

Invasão pela madrugada A Índia marchou a 18 de Dezembro sobre Goa. Salazar exigiu às forças portuguesas o "sacrifico total" e que aguentassem, sem meios, durante uma semana, uma desproporção de dez para um

A vingança do ditador Perdida a joia da coroa, o regime não baixou os braços. E pretendeu mesmo levar a cabo uma guerra clandestina em Goa e na Índia que incluía subversão, sabotagem e atentados terroristas

Conversações secretas Salazar orientou contactos entre um diplomata português e um emissário indiano com vista à resolução da "questão de Goa"

O outro general sem medo O último governador do Estado Português da Índia, Vassalo e Silva, cometeu a ousadia de desobedecer a Salazar, não permitindo que as tropas portuguesas fossem chacinadas. A decisão fez do ditador seu inimigo

Entrevista Adriano Moreira: uma proposta insólita Em vésperas da invasão, o Governo português fez uma sugestão inusitada à China comunista

Refugiados: Lisboa, essa desconhecida A distante comunidade goesa viu-se subitamente a caminho de uma metrópole que a grande maioria nunca tinha visto. As histórias de alguns desses portugueses transplantados e que aqui ficaram para sempre

Prisioneiros de um regime Depois da queda da Índia portuguesa, sofreram mais de quatro meses de cativeiro, em condições infra-humanas, por teimosia e abandono de Salazar. A saga dos militares portugueses que o ditador teria preferido que morressem é aqui sugestivamente evocada por alguns sobreviventes

Os nossos repórteres em Goa Chegaram na véspera da invasão, filmaram os primeiros combates e deram a notícia da rendição dos militares ao governador. Acabaram num campo de concentração

OS ANTECEDENTES
O fim da era colonial Ao tornar-se independente em 1947, a "joia da coroa" do Império britânico apontou o caminho para a "libertação" do Terceiro Mundo

Pela posse de Goa, Damão e Diu Arrastaram-se por mais de 13 anos, de 1948 a 1961, as etapas do conflito que opôs Portugal e a União Indiana desde que este Estado foi fundado

Nem anéis, nem dedos A política de tudo ou nada de Salazar estava condenado à derrota. O pacifismo de Nehru tinha os seus limites

A VIDA EM GOA
Dias tropicais Nem portuguesa nem indiana, Goa tinha uma identidade própria - madrasta para os naturais pobres, mãe para os "descendentes", paradisíaca para alguns portugueses de passagem, "um deserto" para outros. Um mundo que acabou para sempre há 50 anos

Entrevista Raquel Soeiro de Brito: "Em Damão senti o morrer de um povo" Entre outubro de 1955 e junho de 1956, a geógrafa trabalhou numa missão chefiada pelo seu mestre, Orlando Ribeiro

O jantar suspenso do rei de Bicholim Praias, cataratas, templos hindus, igrejas, o palácio encontrado de improviso. E o automóvel velho comprado por quatro oficiais do navio de guerra Afonso de Albuquerque. Foi a bordo daquele Fiat 1100 que conheceram a Índia Portuguesa

O IMPÉRIO PORTUGUÊS DO ORIENTE
A joia da coroa do 'Venturoso' Se Vasco da Gama inaugurara uma era, Afonso de Albuquerque garantiu que: a navegação e o comércio do Oriente seriam portugueses. E para centro daquele império movediço de águas quentes escolheu o melhor porto do Malabar: Goa

O ocidente no Oriente A vida quotidiana na Goa dourada dos séculos XVI e XVII através de um repositório de aventuras, desventuras, anedotas e situações equívocas vividas por portugueses e por viajantes e aventureiros europeus

Três séculos de solidão Depois da breve época dourada do pioneirismo militar e comercial dos portugueses no Oriente, o Estado da Índia começou a descer a longa e estreita escada da decadência

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Entrevista da nossa organizadora de Ekvat, na Camara Clara, RTP2.

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