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Livre..

Senti uma imensa liberdade…
Qualquer coisa como um todo e um nada ao mesmo tempo.
Hoje senti-me livre!
Abri a mão com sinceridade e paciência
E coração livre sem duras feridas abertas..
Livre para partir… livre para regressar… livre para qualquer coisa!
Sem nunca ter estado presa,
senti necessidade de me sentir... neste caso… …livre…!
Cheirar a natureza na sua forma mais crua…
olhar meio mundo individualmente…
Soltar-me de mim mesma e… …olhar-me… …como uma estátua inteira!
Como me senti livre…

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É estar entre duas margens: uma já conhecida, a infância que se despede devagar, e outra que ainda assusta, a juventude que se anuncia com promessas e dúvidas. É sentir o corpo crescer antes de a alma estar pronta. É olhar-se ao espelho e perceber que o rosto muda, mas os olhos continuam à procura do mesmo abrigo. O tempo começa a correr de outra forma: mais veloz, mais exigente. Já não basta sonhar, é preciso escolher, decidir e errar.   As vozes dos adultos soam mais distantes, e o coração pede liberdade, mas teme o que ela traz. Há um certo encanto em fazer catorze anos: o mundo parece mais largo, mais profundo, mais intenso. As amizades ganham peso de eternidade, os amores nascem num olhar e morrem num silêncio. Tudo é exagerado: a alegria, a dor, o riso e a lágrima. Mas também há um despertar: a consciência de que o tempo não volta, que crescer é aprender a deixar ir. É começar a caminhar sozinho, com o medo de um lado e a esperança do outro, mantendo o equ...