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Forças

Doe-me o corpo e o coração
Sinto-me tão pesada e dolorida
Sinto tanta a vontade de escrever
Como não sinto nada de inspirada

Dia após dia, hora após hora
Quando não te vejo
Sinto-me enfraquecer
A perder as forças

Tenho de lutar contra tudo
Para me saciar
Sugar sangue novo e fresco
Até não poder mais

E acordar no dia seguinte
Com a força de um Tigre (signo chines)
A energia de um Peixe (signo)
E equilibro de uma Balança (ascendente)

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É estar entre duas margens: uma já conhecida, a infância que se despede devagar, e outra que ainda assusta, a juventude que se anuncia com promessas e dúvidas. É sentir o corpo crescer antes de a alma estar pronta. É olhar-se ao espelho e perceber que o rosto muda, mas os olhos continuam à procura do mesmo abrigo. O tempo começa a correr de outra forma: mais veloz, mais exigente. Já não basta sonhar, é preciso escolher, decidir e errar.   As vozes dos adultos soam mais distantes, e o coração pede liberdade, mas teme o que ela traz. Há um certo encanto em fazer catorze anos: o mundo parece mais largo, mais profundo, mais intenso. As amizades ganham peso de eternidade, os amores nascem num olhar e morrem num silêncio. Tudo é exagerado: a alegria, a dor, o riso e a lágrima. Mas também há um despertar: a consciência de que o tempo não volta, que crescer é aprender a deixar ir. É começar a caminhar sozinho, com o medo de um lado e a esperança do outro, mantendo o equ...