segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mudança

Abri os olhos e achei que ainda era cedo
E o despertador tocou sem cessar
Acordou-me de um sono tão pouco aproveitado
Senti um enorme vazio dentro de mim
Profundo, sentido e eterno
Que me deixava perturbada
Que me consumia ardentemente.

Tinha passado uns bons momentos,
Com calor, amor e muita energia
E agora foi-se, esfumou-se
Como se tudo o que existisse dentro
Tivesse sido varrido
Como se tivessem deixado a janela e a porta abertas
E tudo o vento levou.

Será a nostalgia, será a monotonia
Da estação que aproxima sem perdão
Sem aviso e em tudo muda
Muda-se o tempo, muda-se a natureza
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Talvez mude o nosso pequeno interior.

Acabaram os amores de verão
Chegou o aconchego do calor.
Que venha a mudança
A esperança que tudo ser melhor
O olhar mais sereno para o nosso redor
Novas vidas, novos tempos, novos amores…

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