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26 de dezembro de 2009

Cabo Espichel com muito e muito vento...

O Cabo Espichel está localizado em Portugal, a ocidente da vila de Sesimbra. É delimitado a sul e oeste pelo oceano Atlântico e a norte pela estrada nacional 379 e Ribeira dos Caixeiros. Na sua extremidade, vislumbra-se, vertiginosa e abissal, a Baía dos Lagosteiros.
Conjunto histórico
• Conjunto do Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua - Igreja de Nossa Senhora do Cabo, Ermida da Memória, Casa dos Círios, Terreiro no Cabo Espichel, Cruzeiro, Casa da Água e Aqueduto no Cabo Espichel.
• Farol do Cabo Espichel

O Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel também conhecido por (Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua) situa-se em Cabo Espichel concelho de Sesimbra, freguesia do Castelo, Distrito de Setúbal.

História
Há mais de 600 anos, em meados do século XIV, foi construída uma ermida para guardar uma imagem da Virgem, venerada há muito em cima do rochedo onde foi encontrado. À sua volta foram crescendo modestas casas para receber os peregrinos que aqui demandavam, dando mais tarde (1715) lugar à construção das hospedarias com sobrados e lojas, também conhecidas pelas casas dos círios.
À Sra. do Cabo afluem vários e numerosos grupos de círios (grandes grupos de peregrinos). Foi ao designado Círio Saloio (peregrinos das redondezas da capital) que coube o incentivo da construção do santuário, conforme se pode ler numa lápide junto à porta da igreja: "Casas de N. Sra. de Cabo feitas por conta do Sírio dos Saloios no ano de 1757 p. acomodação dos mordomos que vierem dar bodo".

Lenda
No século XIII, o local foi muito popular junto dos peregrinos, depois de um homem ter tido uma visão de uma grande luz que brilhava sobre o Cabo. Lá chegado, teria visto Nossa Senhora subindo no dorso de uma mula pela rocha acima.
As pegadas correspondem, na realidade, a vários trilhos fossilizados deixados por dinossauros do Jurássico.

Conjunto arquitectónico do Santuário
A Igreja de Nossa Senhora do Cabo do século XVII está de costas para o mar. O interior da igreja é decorado com pinturas barrocas, ex-votos e frescos.
De cada lado da igreja há uma fila de alojamentos para peregrinos, chamada de Casa dos Círios ou simplesmente hospedarias, que formam o Terreiro no Cabo Espichel, ao fundo pode-se avistar um cruzeiro, local onde começa verdadeiramente o Santuário.
Junto à igreja fica a Ermida da Memória, uma capela abobadada, com painéis de azulejos azuis e brancos no seu interior. No exterior encontram-se dois quadros de imagens em azulejo que estão muito degradados.
Junto às hospedarias ficam as ruínas da "Casa da Ópera", edificada em 1770. Era destinada a prover animação cultural, sobretudo teatro, para os romeiros e festeiros, tendo sido muito utilizada em espectáculos promovidos pela família real, que no santuário também se mantinha durante todo o período de romaria. No seu palco chegaram a actuar os maiores artistas e grupos teatrais da Europa, sobretudo italianos, tendo o edifício divisões de apoio que asseguravam a permanência destes grupos durante as festividades.
Fora do espaço propriamente dito do Santuário de Nossa Senhora do Cabo, mas ainda dentro do conjunto encontra-se a Casa da Água e o Aqueduto no Cabo Espichel, edificações muito importantes para o Santuário pois levavam até este água potável.

A Igreja de Nossa Senhora do Cabo situa-se no Cabo Espichel concelho de Sesimbra, freguesia do Castelo, Distrito de Setúbal. Construída no século XVIII está de costas para o mar.
No interior da igreja salienta-se o tecto em pintura ilusionística de perspectiva pintado por Lourenço da Cunha, segundo encomenda de D. João V em 1740, o único que subsiste deste artista em todo o País.
Na capela-mor do templo - que inclui dez altares oferecidos pelos "círios" ou romarias de Lisboa, Almada, Palmela, Sesimbra, Setúbal, Caparica, Azeitão, Arrentela/Amora e pelos "círios saloios" - guarda-se a velha imagem de Nossa Senhora do Cabo, cuja descoberta no promontório esteve na base de um culto popular que se estendeu a ambas as margens do Tejo, documentalmente registado desde 1366 numa carta régia de D. Pedro I.
Juntamente com os edifícios das Hospedarias destinadas aos romeiros, de uma Casa da Água e respectivo Aqueduto, de um Teatro de Ópera e da Ermida da Memória - edificada na arriba do promontório, no local onde teria sido achada a imagem - a Igreja de Nossa Senhora do Cabo insere-se no Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua.

A Ermida da Memória situa-se no Cabo Espichel concelho de Sesimbra, freguesia do Castelo, Distrito de Setúbal, estando integrada no Santuário de Nossa Senhora da Pedra de Mua.
De planta quadrangular e paredes pouco elevadas, o templo é coroado por uma invulgar cúpula contracurvada, em forma de bolbo, terminada por um pináculo boleado (mas cuja bola terminal desapareceu nos anos 90 do século passado).
Rodeada por um pequeno miradouro com adro, de que se avista uma extraordinária panorâmica alargada, tem o interior revestido até meia altura por silhares de azulejos setecentistas azuis e brancos, dos inícios da segunda metade do séc. XVIII, representando a descoberta da imagem de Nossa Senhora do Cabo, a construção da própria Ermida, da Igreja e das Hospedarias e os "círios" ou romarias da época.
O templo, de origem medieval, foi construído precisamente no local onde, segundo reza a tradição, terá sido achada a imagem de Nossa Senhora.
A Casa dos Círios (ou simplesmente Hospedarias) situa-se no Cabo Espichel concelho de Sesimbra, freguesia do Castelo, Distrito de Setúbal.
As Hospedarias são constituídas por duas alas de edifícios de rés-do-chão e primeiro andar, sobre arcadas de pedra, que ladeiam a Igreja de Nossa Senhora do Cabo e que com ela delimitam o terreiro do "arraial". Trata-se de construções típicas da arquitectura popular saloia, que assim contrastam com o carácter erudito da igreja barroca.
À igreja afluíam antigamente vários e numerosos grupos de círios (grandes grupos de peregrinos), cujo número se aproximou da meia centena. Foi ao designado "círio saloio", integrando romeiros das redondezas da capital, que coube o incentivo da construção do santuário e de algumas das hospedarias, conforme se pode ler numa lápide: "Casas de N. Sra. de Cabo feitas por conta do Sírio dos Saloios no ano de 1757 p. acomodação dos mordomos que vierem dar bodo".

A Casa da Água situa-se no Cabo Espichel concelho de Sesimbra, freguesia do Castelo, Distrito de Setúbal. Foi construída em 1770 por iniciativa do rei D. José I, que nesse ano ali se deslocou em romaria.
Tem forma hexagonal, coberta por cúpula em meia-laranja rematada por lanternim, cimalha envolvente, cunhais apilastrados marcando as seis faces. É antecedida por escadaria de vários lanços.
No interior, uma fonte "rocaille" em mármore, com motivos escultóricos ao gosto Berniniano, bancos de pedra ao longo das paredes, restos de um silhar de azulejo (Fábrica de Belém) com cenas de caça e cenas alusivas aos círios.
O Aqueduto
Aqueduto que serve à Casa da Água. A Casa da Água recebia a água trazida por aqueduto desde a Azóia, a aldeia mais próxima, por uma extensão de aproximadamente 2,5 quilómetros. Possuía um poço e dois tanques para dar de beber aos animais

O Farol do Cabo Espichel é um farol português que se localiza no cabo de mesmo nome, em Sesimbra, freguesia do Castelo, Distrito de Setúbal, Portugal.
Torre hexagonal de alvenaria e edifícios anexos.
Inaugurado em 1790, em 1865 era alimentado por azeite, mudando de combustível em 1886, quando a sua luz passou a ser alimentada por incandescência de vapor de petróleo e, muito mais tarde em 1926 por electricidade.
Em 1983 este farol tinha instalado um aparelho iluminante chamado de primeira ordem que emitia luz em grupos de quatro clarões brancos, em vez do antigo sistema de luz fixa. Com este novo sistema passou a ter um alcance luminoso de vinte e oito milhas náuticas (quarenta e cinco quilómetros).
A estrutura de apoio ao farol foi aumentada para os lados por volta de 1900.
Em 1947 entrou numa nova era no que diz respeito à iluminação. Foi montado um aparelho óptico aeromarítimo, que já tinha estado ao serviço do Farol do Cabo da Roca. Esta nova óptica dióptica - catadióptica chamada de quarta ordem, um modelo de grandes dimensões, apresenta três metros de distância focal, produzindo lampejos simples, agora com um alcance luminoso de quarenta e duas milhas náuticas (cerca de sessenta e sete quilômetros).

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