domingo, 15 de março de 2009

Igreja quer impedir que criança violada aborte

04-03-2009
Menina de nove anos está grávida de gémeos. Gravidez é de risco e por isso a interrupção está contemplada na lei.

A igreja brasileira quer impedir que uma criança de nove anos, grávida de gémeos como resultado da violação por parte do padrasto, ponha fim à gravidez.

A notícia é avançada pelo site «Globo.com», que, citando a polícia de Alagoinha, no Nordeste do Brasil, avança que a criança era vítima de abusos sexuais por parte do padrasto desde os seis anos. O homem também é suspeito de abusar da enteada mais velha, uma adolescente de 14 anos. A gravidez foi descoberta quando a criança se queixou de dores e foi levada pela mãe ao hospital. Os médicos descobriram então que a menina estava na 16ª semana de gestação.

A idade e o facto de estar grávida de gémeos levaram os médicos a classificar esta gravidez como de alto risco. A família dela solicitou a interrupção da gestação, situação que está prevista na lei devido ao risco da gravidez.

Mas o arcebispo de Olinda e do Recife reuniu-se com a família da criança para tentar evitar o aborto. Participaram da reunião, além do arcebispo, o advogado da arquidiocese, dois párocos e dois conselheiros tutelares. «A menina engravidou de maneira totalmente injusta, mas devemos salvar vidas», disse o arcebispo.
Já o advogado da arquidiocese afirmou que vai denunciar o caso ao Ministério Público de Pernambuco para tentar travar a interrupção da gravidez.

O padrasto da criança foi preso na semana passada, em Alagoinha, onde a família vivia, quando se preparava para fugir para a Bahia.

Meu comentário: Não acho normal.
É uma criança, ainda não tem o poder de decisão.
Será que tem a capacidade mental para aguentar a violação, ser mae aos 9 anos, e de gemeos e ser acusada pela Igreja, de uma coisa que a pobre criança não pode evitar??
Crime é a violação de menor, é o incesto..
E com riscos de vida... e a Igreja, a Igreja Brasileira, preocupa-se com o aborto.
Não sou 100% a favor do aborto, mas neste caso sou a favor.
Será que a Igreja católica, a Pontificie está de acordo com estas medidas?

Sem comentários: