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Tintim, o repórter aventureiro que não envelhece, faz oitenta anos

Celebra oitenta anos no sábado, mas continua a ser o jovem repórter belga que correu mundo (e a Lua) em aventuras destemidas acompanhado pelo fox terrier Milu. Tintim surgiu pela primeira vez a 10 de Janeiro de 1929.

Ainda hoje uma das mais populares personagens da banda desenhada mundial, Tintim foi criado pelo desenhador e argumentista belga George Remi (Hergé) e apareceu pela primeira vez no suplemento juvenil Le Petit Vingtième, do jornal Le Vingtième Siècle, a 10 de Janeiro de 1929.
Na estreia, Tintim é apresentado como um jovem jornalista do Petit Vingtième enviado à antiga União Soviética, onde se envolve em várias cenas de pancadaria.
Com um traço ainda imaturo e tosco e uma narrativa frágil, Hergé - na altura com 22 anos - desenhou Tintim numa história a preto e branco no "país dos sovietes", com referência a Moscovo como "um pardieiro infecto", numa alegada ridicularização do regime comunista.

Ao longo dos tempos, Hergé moldou-lhe uma personalidade mais altruísta, defensor da justiça, em 23 álbuns, como "Os charutos do Faraó", "A estrela misteriosa", "As jóias de Castafiore", "Tintim no Tibete", que venderam mais de 230 milhões de exemplares em todo o mundo.
A profissão de jornalista ficou quase sempre relegada para segundo plano perante aventuras passadas no Oriente, em África, no oeste americano e até na Lua, ao lado de uma galeria de personagens como o capitão Haddock, Dupond e Dupont, o professor Tournesol e, esporadicamente, o português Oliveira da Figueira. Para o público português, Tintim surgiu pela primeira vez em 1936, na publicação "O Papagaio".

Adolfo Simões Muller, director daquela revista, foi responsável por Portugal ter sido o primeiro país em todo o mundo a publicar as aventuras de Tintim a cores em "Tim-Tim na América do Norte". Hergé morreu em 1983, aos 76 anos, deixando incompleto "Tintin e Alpha-Art" e, apesar de não terem surgido mais histórias originais, Tintim e o inteligente cão Milu continuam a ser reconhecíveis em todo o mundo, independente da língua e da cultura. Da banda desenhada, as histórias de Tintim saltaram para a televisão e para o cinema e a imagem do rapaz de poupa loira e gabardina foi amplamente reproduzida, de relógios a selos, de canecas a calendários, de moedas a material escolar, reforçando a imortalidade do herói.

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