quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sem ti,

Sou uma rosa perdida
Num jardim de primaveras.
Sou um fogo que não arde,
Uma chama que não queima.
Sou um ar que não respira,
Sou uma mancha que não sai
Sou uma parte, nunca um todo.
Não sou prosa, não sou verso,
Sou algo desalinhado
Que desafina nas cordas da vida.
Sou mágoa, sou sofrimento
Sou oca de pensamento
Sou fantasia sem ilusão.
Sou tristeza na alvorada,
Sou parte de um nada,
Sou pedra sem calçada.
Sou frio bem gelado
Sou estrada sem asfalto
Sou medo sem cura.
Sou cara sem sorriso
Sou olhar sem brilho
Sou forma sem formato.
Sou coração sem alma,
Sou desejo sem fogo,
Sou tudo e não sou nada.

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