Em Zagreb temos tido dias bastante intensos: encontros nas paróquias, em escolas e universidades, com comunidades religiosas, etc... e a parte mais logística da preparação também exige nesta altura muito tempo e concentração...
Quarta-feira, com um pequeno grupo de voluntários, fomos visitar as irmãs da Madre Teresa. Estivemos a ajudar a servir comida a várias dezenas de pessoas, pobres, que ali foram almoçar. As irmãs dizem que há dias em que chegam a ser 200... A eficácia e capacidade de organização das irmãs deixou-nos espantados! Durante o Encontro Europeu, aqueles que quiserem participar nesse workshop terão também a possibilidade de visitar as irmãs.
Uma visita que me marcou bastante foi a que fizemos à Mesquita de Zagreb. O responsável pela comunidade acolheu-nos muito bem, falou-nos sobre o Islão e sobre valores que partilham com os cristãos e não hesitou em criticar os excessos fundamentalistas que, segundo ele, se afastam do Alcorão. Ele, que veio da Bósnia apenas há alguns anos e que vive no meio de um povo marcado pela guerra, teve palavras surpreendentes em relação à recusa da violência e à procura da paz. Durante o Encontro, um dos workshops será nesta Mesquita...
Em geral as pessoas falam pouco sobre a guerra. São feridas demasiado recentes. No entanto, nalgumas paróquias ouvimos experiências bastante dolorosas. A linha de frente da guerra ficou a cerca de 50 quilómetros a sul de Zagreb: a capital ficou assim protegida. Mas algumas das terras que estiveram na linha de frente fazem questão de acolher jovens durante o Encontro. Apesar da distância, achámos que não podíamos recusar esse pedido... numa pequena aldeia, contaram-me como o exército sérvio conseguiu a dada altura avançar e ocupar a zona... toda a população pôde fugir a tempo e não houve vítimas civis... mas depois da guerra, quando as pessoas regressaram às suas casas, só encontraram ruínas: a aldeia tinha sido completamente destruída. Hoje vemos que nessa zona todas as casas são novas e por vezes as pessoas vivem em casas ainda em construção... Noutra terra, algumas pessoas do grupo de preparação contavam a experiência de viver cinco anos com um exército inimigo às portas da cidade, fazendo regularmente bombardeamentos...
As irmãzinhas de Jesus, que têm casas em vários países dos Balcãs e da Europa Central, vão animar um workshop durante o Encontro. Elas têm certamente uma visão sobre a história recente desta região menos parcial do que muitas das pessoas que encontramos... e vão falar sobre a procura de comunhão.
O bispo auxiliar de Zagreb tem-nos apoiado muito e têm dito coisas que nós, vindos de fora, não poderíamos dizer. Por exemplo, respondendo à pergunta «de que tipo de confiança se fala quando se chama ao Encontro Europeu de Jovens uma 'Peregrinação de Confiança através da Terra'?» (http://www.taize.fr/pt_ article4127.html), ele diz: «Trata-se da confiança em Deus e nos seres humanos. Não há fé sem confiança, como não há amor nem qualquer outra boa relação humana sem confiança. Mesmo as relações internacionais dependem em grande medida da confiança, ou da desconfiança, que habitam os membros dos diferentes povos. Por exemplo, quanta desconfiança fica nos corações humanos depois das guerras! Quando se viram injustiças, massacres ou destruições é difícil reconstruir pontes de confiança em direcção aos outros, aos outros povos, àqueles que pertencem a outras confissões ou comunidades. Mas isso não é apenas possível: para nós, cristãos, deve ser uma das prioridades.» Ele também dará o seu testemunho num dos workshops.
No dia 1 terminou o prazo de inscrição no Encontro. Com os números que temos neste momento, ainda faltam muitos lugares para alojar os participantes. Em média, cada paróquia conseguiu encontrar até agora metade dos lugares que fixámos juntos como objectivo. Para que todos fiquem em famílias será necessário que as paróquias atinjam os objectivos definidos. Como muitos deixam tudo para a última hora, continuamos a ter esperança de poder acolher todos em famílias... mas ainda há muito trabalho a fazer!
A folha de cânticos para o Encontro está já disponível em: http://www.taize.fr/IMG/pdf/ Songs.pdf
Quarta-feira, com um pequeno grupo de voluntários, fomos visitar as irmãs da Madre Teresa. Estivemos a ajudar a servir comida a várias dezenas de pessoas, pobres, que ali foram almoçar. As irmãs dizem que há dias em que chegam a ser 200... A eficácia e capacidade de organização das irmãs deixou-nos espantados! Durante o Encontro Europeu, aqueles que quiserem participar nesse workshop terão também a possibilidade de visitar as irmãs.
Uma visita que me marcou bastante foi a que fizemos à Mesquita de Zagreb. O responsável pela comunidade acolheu-nos muito bem, falou-nos sobre o Islão e sobre valores que partilham com os cristãos e não hesitou em criticar os excessos fundamentalistas que, segundo ele, se afastam do Alcorão. Ele, que veio da Bósnia apenas há alguns anos e que vive no meio de um povo marcado pela guerra, teve palavras surpreendentes em relação à recusa da violência e à procura da paz. Durante o Encontro, um dos workshops será nesta Mesquita...
Em geral as pessoas falam pouco sobre a guerra. São feridas demasiado recentes. No entanto, nalgumas paróquias ouvimos experiências bastante dolorosas. A linha de frente da guerra ficou a cerca de 50 quilómetros a sul de Zagreb: a capital ficou assim protegida. Mas algumas das terras que estiveram na linha de frente fazem questão de acolher jovens durante o Encontro. Apesar da distância, achámos que não podíamos recusar esse pedido... numa pequena aldeia, contaram-me como o exército sérvio conseguiu a dada altura avançar e ocupar a zona... toda a população pôde fugir a tempo e não houve vítimas civis... mas depois da guerra, quando as pessoas regressaram às suas casas, só encontraram ruínas: a aldeia tinha sido completamente destruída. Hoje vemos que nessa zona todas as casas são novas e por vezes as pessoas vivem em casas ainda em construção... Noutra terra, algumas pessoas do grupo de preparação contavam a experiência de viver cinco anos com um exército inimigo às portas da cidade, fazendo regularmente bombardeamentos...
As irmãzinhas de Jesus, que têm casas em vários países dos Balcãs e da Europa Central, vão animar um workshop durante o Encontro. Elas têm certamente uma visão sobre a história recente desta região menos parcial do que muitas das pessoas que encontramos... e vão falar sobre a procura de comunhão.
O bispo auxiliar de Zagreb tem-nos apoiado muito e têm dito coisas que nós, vindos de fora, não poderíamos dizer. Por exemplo, respondendo à pergunta «de que tipo de confiança se fala quando se chama ao Encontro Europeu de Jovens uma 'Peregrinação de Confiança através da Terra'?» (http://www.taize.fr/pt_
No dia 1 terminou o prazo de inscrição no Encontro. Com os números que temos neste momento, ainda faltam muitos lugares para alojar os participantes. Em média, cada paróquia conseguiu encontrar até agora metade dos lugares que fixámos juntos como objectivo. Para que todos fiquem em famílias será necessário que as paróquias atinjam os objectivos definidos. Como muitos deixam tudo para a última hora, continuamos a ter esperança de poder acolher todos em famílias... mas ainda há muito trabalho a fazer!
A folha de cânticos para o Encontro está já disponível em: http://www.taize.fr/IMG/pdf/
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