Quem acompanhou o desporto alternativo em Portugal durante os anos 90, lembra-se concerteza da invasão dos patins em linha que tiveram o seu momento alto a meio da última década.
Durante os anos de 95 e 96, a moda desportiva chamava-se In-Line e toda a gente queria experimentar as rodinhas mágicas que deslizavam um pouco por todo o País.
Além do mais, este desporto proporcionava momentos de espectáculo notáveis, sempre que os melhores atletas nacionais entravam em acção, executando saltos sobre rampas e fazendo incríveis perícias ao deslizar sobre corrimões.
Os patins em linha foram também um dos maiores fenómenos desportivos de adesão popular dos últimos 10 anos, dado que ao contrário dos seus congéneres radicais como o Surf, Bodyboard, Skate ou Parapente, não era preciso molhar o cabelo nem ser muito temerário para experimentar a nova sensação desportiva.
Mas quando parecia que a modalidade ia tomar conta dos hábitos desportivos dos Portugueses, eis que se dá uma espécie de truque de ilusionismo e os ditos patins desaparecem da circulação como por magia.
Em 1997, a febre do "In-Line" tinha desaparecido, o público procurava a nova grande sensação. Dos tempos áureos dos patins em linha, restavam apenas alguns praticantes incondicionais e um parque de patinagem em Lisboa, junto à Foz do Tejo em Algés.
O que aconteceu?
Muito simplesmente, calculou-se mal o desenvolvimento do fenómeno, porque não existiam infra-estruturas para a prática da patinagem em Portugal, nem ao nível do desporto radical (skateparks), nem ao nível do desporto de manutenção (zonas de circulação ciclo-pedestre).
Em 1998, ainda ouve uma espécie de reanimação artificial, quando a EXPO 98 apresentou uma área consagrada à patinagem, perto da entrada norte da feira.
Praticamente 20.000 pessoas patinaram durante os 4 meses e meio que durou a exposição mundial, muitos deles estrangeiros. Mas terminada a feira o entusiasmo arrefeceu novamente, restando apenas o "In-Line Parque Portugal" na foz do Tejo, um projecto que viria a encerrar em 2000, por motivo de obras.
Mas então, qual o motivo para falar-mos em patins, depois do seu enterro histórico no final dos anos 90? Simplesmente porque eles estão de volta e mais fortes do que nunca!
A principal explicação para o ressurgimento dos patins em linha é aliás, bastante irónica: a moda é ciclica, (veja-se o recente boom das calças de ganga), e tanto na roupa como no desporto, os fenómenos repetem-se periodicamente. Entretanto chegou a vez do mercado Europeu voltar a recuperar as "Rodas em Linha".
Enquanto isso, no nosso País, assistiu-se nos últimos anos ao aparecimento de muitas insfra-estruturas adequadas à pratica do In-Line, nomeadamente as tão cobiçadas ciclo-vias e os polémicos skateparks. Tudo isso, leva-nos a pensar que este relançamento dos patins possa ser mais estável que o fenómeno de moda "In-Line" dos anos 90.
Larita experimentou e ADOROU. Tinha 3 professores para 2 alunas, que explicavam muito bem, debaixo de um sol torrido tiveram muita paciência!!!!!!
1 comentário:
Gostei bastante da história dos patins em linha ... mas aonde fica o parque portugal mais concretamente e afinal aonde posso alugar uns patins em linha para outros amigos que também querem aprender. Obrigada pela resposta
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