Avançar para o conteúdo principal

Fogo

A fogueira dança selvagem, rugindo entre os troncos secos, labaredas lambendo o céu escuro. Florestas, outrora verdes, tornam-se cinzas e desertas, silêncios quebrados por estalos ardentes. Animais correm com olhos assustados, buscando refúgio entre pedras quentes. Casas antigas de telhados incendiados, memórias consumidas pelo calor voraz. Fumaça espessa envolve montanhas, carregando cheiro acre e lembranças de verões antigos. Ventos traidores espalham fagulhas, pincelando destruição em cada encosta e vale. Homens e mulheres correm: baldes, mangueiras, coragem em mãos trémulas. No horizonte, o sol luta para aparecer, apagado pelo manto alaranjado. Cada brasa leva fragmentos de contos, sonhos, histórias ancestrais. A natureza refaz-se lentamente, promissora, regenerando-se após a chama. 
(Dinâmica: 111 palavras, começa com A e acaba com a, sem verbo ter e ser)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

PARABÉNS, Rosy,

por estes dois anos que estás na nossa companhia, por fazeres parte desta familia ou tribo (goesa), e por estares neste pais bonito... Mudaste de Barcelona para Portugal deixaste os amigos e amigas e ganhaste novos tudo em nome do amor Apesar de estares longe da tua familia, tens a familia no teu coração, e aqui ganhaste uma segunda familia, logo no primeiro dia que aqui chegaste.. Dois anos já passaram, Agora mais anos virão, e estaremos sempre aqui.. e ali, somos sempre as viajantes... Para ti: Beijos e muitos besossssss.......