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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2019

Lenda de Deu-la-Deu Martins

Na época das guerras entre D. Fernando de Portugal e D. Henrique de Castela, vivia em Monção Deu-La-Deu Martins, mulher do capitão-mor da região. Um dia, o galego D. Pedro Rodriguez Sarmento resolveu pôr cerco a Monção com um poderoso exército, aproveitando a ausência temporária do seu capitão-mor. A vila foi aguentando o cerco sob o comando de Deu-La-Deu Martins, mas a escassez de alimentos começava a tornar-se desesperante. Foi então que Deu-La-Deu se lembrou de mandar fazer alguns pães da pouca farinha que restava. Pegou nos pães, subiu à muralha e atirou-os aos sitiantes, dizendo-lhes que as provisões abundavam na cidade e que, dada a duração do cerco, os galegos poderiam precisar de alimento. O inimigo, também cheio de fome e pensando que o cerco ainda poderia demorar mais tempo, decidiu retirar para Espanha.

Lenda do Castelo de Faria

Diz a lenda que D. Fernando quebrou o compromisso de casamento com a filha do rei de Castela quando se apaixonou por Leonor Teles. Tal recusa fez com que o rei castelhano desencadeasse uma guerra contra Portugal. O Minho foi invadido pelo adiantado da Galiza, D. Pedro Rodriguez Sarmento, que se bateu com D. Henrique Manuel, tio do rei português, nos arredores de Barcelos. Os portugueses foram derrotados e entre os reféns ficou D. Nuno Gonçalves, alcaide-mor do Castelo de Faria. D. Nuno receava que o seu filho entregasse o Castelo de Faria por o saber refém dos castelhanos e como tal resolveu engendrar um estratagema: pediu ao galego D. Pedro que o levasse até aos muros do castelo para convencer o filho a entregar a fortaleza sem resistência. Chegados ao castelo, D. Nuno pediu para falar com o seu filho, D. Gonçalo, e convenceu-o a defender-se a custo da própria vida. Os castelhanos, vendo-se traídos, mataram logo ali o velho alcaide e atacaram o castelo. D. Gonçalo, lembrando-se d...

Lenda da Inês Negra

Inês Negra era uma mulher do povo, fiel à causa da independência de Portugal, no início do reinado de D. João I. Nessa altura, algumas terras portuguesas eram a favor de Castela. Por essa razão, Inês Negra abandonou Melgaço. Mais tarde, D. João I decidiu reconquistar Melgaço e Inês Negra juntou-se ao seu exército, mas as duas facções nunca chegaram a defrontar-se. Diz a lenda que a “Arrenegada”, inimiga de longa data de Inês Negra, desafiou Inês do alto das muralhas, propondo que a contenda fosse resolvida entre ambas, com o acordo do exército castelhano. D. João I assistiu espantado à resposta de Inês Negra, aceitando o desafio, e ambos os exércitos consentiram o confronto entre as duas. No meio da luta, a “Arrenegada” conseguiu retirar a espada das mãos de Inês, mas esta tirou uma forquilha da mão de um camponês e continuou o confronto. Passado pouco tempo, as duas resolveram lutar sem armas e Inês feriu a “Arrenegada” de tal forma que esta fugiu para o castelo. Os castelhanos aba...

Virgem de Núria

A  Virgem de Nuria  é uma  invocação mariana  que é venerada no município de  Queralbs  , localizado no  vale dos Pirenéus  (  província de Girona  ), na  Catalunha  (  Espanha  ).  Sua aparição ocorreu no  vale de Nuria  , e a palavra  Nuria  significa "aquela que nasceu em um vale entre montanhas". Diz a lenda que  San Gil,  no  século VIII,  esculpiu a primeira imagem da virgem em madeira.  Ao longo dos anos, em  1079  , alguns pastores, entre eles  Amadeo de Dalmatia,  encontraram a caverna de San Gil, e nela a imagem de madeira da virgem deste vale.  Desde então, a imagem foi venerada, em um  santuário  que foi erguido em sua homenagem. Durante a  idade média  , um hospital ou  abrigo  foi construído  para abrigar peregrinos  .  Isso é evidenciado pela  bula  do ano  1162 ...

A gente cuida

A gente cuida do cabelo, da pele, das unhas, do corpo, da casa, do carro, dos filhos. Arruma, ajeita, organiza, guarda.  E o que tem acontecido com nossos guardados da alma?  O que estamos reciclando, desperdiçando, acumulando, estragando?  Somos caixa de guardados, amontoado de coisas, escolhas, sentimentos, lembranças. Pedaços de nós virando caminho, misturando pés e estrada.  Quebra cabeças, colcha de retalhos. Alguns guardados tem cheiro de cuidado e encontra fácil nosso sorriso.  Outros, apertam nosso peito e aborrecem nossos olhos. E quando aprendemos a identificar o que se guarda e o que se joga fora?  Quando não doer mais, quando o mal cheiro incomodar, quando precisamos de espaço.  E esse dia sempre chega.   Embora vez ou outra adiemos a faxina, chega o tempo em que sentimos necessidade do cheiro de casa limpa, de espaço nas gavetas, de novas cores nas prateleiras.  O importante é analisar cada peça, reler ...