E o amor? Você me pergunta.
O amor, ah, sei lá.
O amor nem dá para definir direito.
Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projectos, manias, defeitos, cheiros, gostos.
Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois.
Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz.
É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar para cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz.
É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-para-ele.
É não querer mais ninguém para dividir as contas e somar os sonhos.
É querer proteger o outro de qualquer mal.
É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto.
É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro.
Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúmes, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso.
O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele.
O amor é uma tentativa eterna...
— Clarissa Corrêa.
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