segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Escuro

Apetece-me estar no escuro
Olhar com os meus olhos abertos
E tudo estar tão escuro,
Aonde possa sentir mais perto do meu eu,
Do meu interior, da minha alma
Aonde vejo-me e relembro-me dos sonhos
Aonde possa pensar e reflectir
E tentar descobrir o que se passa comigo.














Meu coração pede-me coisas, desejos, vontades
Que não são impossíveis, mas neste momento
É algo que não está ao meu alcance ou está?
Meu coração pula, minha cabeça não pára
São tantas as dúvidas que existem em mim
São tantos os medos de os enfrentar para ser recusada
São tantos os obstáculos que recuo sem olhar para trás
São tantos os sonhos que já foram esquecidos

Apenas tento viver dia após dia,
Saborear cada momento,
Cada experiência como única
Mas e as outras coisas,
Não são para aproveitar?
Não sei, não sei o que sinto
Apenas sinto e não sei o que fazer
Ou decidir ou agir.

Por vezes, permanece a tristeza em mim
De não saber se vai ou não acontecer
E o tempo passa e eu continuo sem saber
A dor que eu não consigo expandir
E que fica a remoer no meu ser
E será o eterno jogo de querer e não querer,
De ser e não ser,
De viver e não viver…

Iluminada, apenas pela a lua
A minha eterna e segura amiga
Que aparece com uma nesga de luz
No meio do escuro que nem breu
Para alentar a minha alma
Para dar força ao fogo
E arder a chama que existe em mim
E querer o melhor que a vida me pode dar…

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