Avançar para o conteúdo principal

Planeta versus Corpo

Nesta aula livre de biodanza, a facilitadora falou em “a terra ser como um corpo humano. Ao ouvir isto, despoletou a minha veia inspiradora…
Visto lá de cima, os rios são as veias, os montes e curvas são as curvas do nosso corpo, as células são os animais, seres vivos, que nós dão vida, ora destrói ora constrói.
Um corpo é um ser vivo, como o planeta, como uma árvore, como um animal.
Em que queremos o bem da natureza, para que tudo seja belo, verde, natural, também assim, podemos cuidar do nosso corpo.
E que a nossa mente, aprenda a compreender a necessidade do nosso corpo.
Deixar respirar, deixar fluir, deixar ser algo vivo em nós.
Aprender a conhecer o nosso corpo, é algo complexo, porque todos somos diferentes em algo semelhantemente igual.
Aprender a trabalhar a mente, para que possamos viver em tranquilidade, em serenidade.
Saber fazer escolha como se fosse uma árvore. Um caminho que começa com as raízes, bem enraizados, a educação, o caminho com os nossos pais. Depois surgem as dúvidas teremos de optar por escolhas, por vezes radicais ou não. Vantagens ou desvantagens, depois escolhemos um ramo, daí saberemos se morre ou dá fruto. E árvore cresce, dá frutos e filhotes ou não, envelhece e a grossura é conhecimento e sabedoria…mas todos os dias, sofre com as alterações do tempo, de humor.
Não podemos evitar o sofrimento. Faz parte do quotidiano da vida de qualquer ser.
Poder é conjugar corpo e mente… e poder compreender algo mais á frente.
Poder saber viver a vida, ter conhecimento e sabedoria para contornar o sofrimento.
Aonde existe amor existe dor e ciúmes.
Aonde existe vida e corpo, existe sofrimento.

Comentários

Geane Bonfim disse…
Que lindo Lara. Fico contente que tenhas entrado em ressonância com a Biodanza. Beijinhos, Geane Bonfim

Mensagens populares deste blogue

Fala

Na aldeia engolida pela névoa, ninguém falava depois do pôr do sol. Dizia-se que as palavras, libertas no ar frio, ganhavam corpo e voltavam famintas a procurar quem as soltou. Helena não acreditava. O pai ensinara-lhe a chamar o vento com o nome das coisas perdidas, a sombra de um cão, o riso da mãe, o som das campainhas ao longe. Às vezes parecia ouvir resposta. Nessa noite, cansada do medo dos outros, subiu à colina e gritou o nome dele. O chamamento regressou, denso, como se tivesse atravessado a terra húmida. — Helena. Não era eco. Era retorno. O ar tremeu. Da bruma ergueu-se algo que lembrava uma boca feita de sombra e vapor. O sussurro enchia-lhe o peito, puxava-lhe o fôlego para fora. — Deixa-me entrar. As sílabas tocaram-lhe a pele, quentes, viscosas. Escorriam-lhe pelo pescoço, entravam-lhe nos ouvidos, serpentinas de som à procura de abrigo. Tentou falar, mas o ar já não lhe pertencia. Na manhã seguinte, encontraram-na junto ao poço, imóvel. Os olhos, fixos na água, ...