O mundo que nos cerca é complicado e incentiva a complicação. As empresas, hoje em dia, também fazem a mesma coisa. Eu já não trabalho mais em empresa privada, mas sei bem como é, e como funcionam as coisas lá: muita burocracia.
E o pior é que a tendência de algumas pessoas é a de também complicar a vida. Não só no trabalho como em seus relacionamentos pessoais. No trabalho, por exemplo, eles fazem (e se perdem) numa série espantosa de acções, todas irrelevantes. É aquilo que os antigos filósofos chamavam de "esforço inútil".
Nos seus próprios relacionamentos eles têm, ainda mais, um talento inegável para complicar. Quando as mentiras, mentirinhas perturbam a paz. E sem paz e sem tranquilidade é simplesmente impossível obter felicidade.
Também as pessoas têm a tendência de complicar na própria saúde. Chega-se a uma idade que para chamar atenção é preciso queixar. De tanto queixar, perde-se a noção do tamanho da dor, da pessoa que poderá estar ao lado, que poderá ter a dor maior.
Aonde existe amor, existe ciúmes e a dor.
Aonde existe maldade existe dor.
Aonde existe corpo físico existe dores, seja leve seja dolorosa.
Por vezes, a nossa mente poderá controlar a dor.
Vejo as crianças que estão no hospital, que por vezes não vêm a luz do dia, nem sentem o calor do sol.
Vejo os idosos, que não conseguem mover, um milímetro.
Vejo os deficientes que não conseguem sair de casa, por não tem como o fazer.
Vejo as pessoas das tragédias, como a Haiti/Madeira/Peru, que perderam a sua casa, algumas perderam filhos/ pais…
Ai sim, é uma dor.
Para encerrar, cito uma frase do filósofo Epíteto:
"Não está em nosso controle modificar o mundo complicado que nos rodeia. Não temos poder nenhum sobre o Bin Laden, a guerra no oriente médio, o avião que voa sobre nossa cabeça ou as oscilações das bolsas de valores internacionais, mas está em nosso controle descomplicarmos a nós mesmos. Isso sim, já é suficiente."
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