domingo, 27 de dezembro de 2009

Palácio Nacional de Mafra

Em 1711, mandou D. João V erguer o Palácio Nacional de Mafra, obra-prima do barroco português. Das suas 666 divisões, realce para a Biblioteca, única no país, para a Basílica e para os famosos Carrilhões
O Palácio Nacional de Mafra, um dos mais imponentes monumentos de Portugal, símbolo do reinado absolutista de D. João V, supreenderá o olhar do visitante pela projecção que alcança na paisagem.

A origem da sua construção está ligada ao cumprimento de um voto que o Rei teria feito, desconhecendo-se se para obter sucessão ou se para curar grave enfermidade.
Em 1711, decreta El-Rei D. João V que por justus motivos se erga na Vila de Mafra um convento a Nossa Senhora e St. António, a ser entregue à Ordem dos Frades Arrábidos. Escolhe D. João V o local (Alto da Vela), compram-se os terrenos e iniciam-se as obras. Desde o lançamento da primeira pedra, em 1717, à cerimónia de Sagração da Basílica, em 1730, o projecto, sob a direcção do arquitecto João Frederico Ludovice, sofreria inúmeras alterações, e de um convento para 13 frades passar-se-ia a um palácio-mosteiro para 300. Durante os 13 anos que duraram as obras, operários, mestres, médicos, frades, boticários e animais vieram de todo o País, alojando-se na "Ilha de Madeira" (ver caixa). Em 1730, a Real Obra de Mafra empregava tanta gente que se tornava difícil em qualquer outro lugar do Reino encontrar um carpinteiro ou um balde de cal.

À excepção da pedra lioz de Pero Pinheiro e Sintra, quase tudo foi importado. Itália, Brasil, Holanda, França e Antuérpia enviavam as encomendas de mármores, madeiras, esculturas, paramentos, baixelas, utensílios de culto, sinos e carrilhões, e tudo pago com o ouro do Brasil, rapidamente transformado nas pedras de Mafra.

A 22 de Outubro de 1730, embora as obras ainda estivessem atrasadas, decidiu El-Rei que se celebrasse a cerimónia de Sagração da Basílica, presidida pelo Cardeal Patriarca D. Tomás de Almeida, participando toda a Família Real, Corte e representantes de todas as Ordens. Calcula-se que tenham assistido mais de 20 mil pessoas, sem contar com os quarenta e cinco mil operários, numa festa que durou oito dias e onde se ouviu pela primeira vez o som dos Carrilhões

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