Originários da Ásia e cultivados desde a Antiguidade, os espargos podem ser verdes (mais pequenos e menos suculentos), brancos (tenros e adocicados) e violetas (de sabor mais intenso).
Qualquer que seja a variedade, são pouco calóricos e ricos em vitaminas. Os espargos frescos são fáceis de preparar, devendo ter-se sempre o cuidado de remover previamente as partes lenhosas não digeríveis.
Muito utilizados em entradas, podem ser servidos quentes - com molho holandês ou sob a forma de uma sopa cremosa - ou frios (com vinagreta ou maionese). Para além destas, existem versões mais requintadas, gratinados ou “à polaca”, a par de pratos rústicos tipicamente alentejanos, como a sopa ou as migas de espargos bravos.
Se não for possível encontrar frescos os congelados e as conservas são substitutos (quase) à altura. Experimenta preparar um soufflé com uns bons espargos em conserva e verás como fica igualmente delicioso!
Os seus rebentos novos são um vegetal bastante apreciado, particularmente na cozinha inglesa, alemã e francesa. Tem um sabor delicado, poucas calorias e é particularmente rico em ácido fólico, além de ter propriedades diuréticas.
O aspargo é uma planta perene. A colheita dos brotos se faz na primavera, a partir do segundo ou terceiro ano. Os aspargos brancos são cultivados impedindo os brotos jovens de obter luz.
O aspargo pode provocar um odor característico na urina da pessoa que os consumiu, sem nenhuma consequência nociva. A substância que provoca odor não existe originalmente no vegetal: é um resultado do metabolismo de alguns de seus componentes, que contêm enxofre. Apenas 40% das pessoas produzem esse metabólito e têm o cheiro da urina afetado. Curiosamente, nem todas as pessoas conseguem perceber o odor — cerca de 60% das pessoas são insensíveis a ele. Não parece haver correlação entre a capacidade de produzir o metabólito e a capacidade de percebê-lo.
Há registros na história acerca de apreciadores de iguarias com base nos espargos, tais como o imperador romano Otávio Augusto, o gastrônomo romano Apícius, o naturalista também romano Plínio, o velho (que chamava os aspargos de "a verdura de Deus"), na antiguidade. O prestígio dos aspargos caiu muito durante a Idade Média, voltando a ser um prato apreciado durante o Renascimento, sendo daí em diante muito apreciado popr personalidades como o Rei Sol, Luís XIV e pelo chanceler alemão Bismarck.
Há cerca de 2000 mil anos, que os espargos são consideradas uma delicia rara e fina, e cujas propriedades medicinais já eram mencionadas por Hipócrates (médico grego, considerado o pai da medicina, século V a.C.)
O espargo é uma excelente fonte de vitamina k, vitamina C, vitamina A e ácido fólico (vitamina B9). É ainda uma boa fonte de trypthopan, vitamina B1 (Tiamina), B2 (Riboflavina), B6 (piridoxina), fibra, cobre, fósforo, proteínas, potássio, ferro, zinco, magnésio selénio e cálcio.
A vitamina K é necessária para o mecanismo da coagulação sanguínea. A vitamina A tem um papel importante na protecção da nossa pele e dos nossos olhos.
O ácido fólico é uma vitamina do grupo B, hidrosolúvel, essencial para o bom funcionamento do corpo humano. Tem um papel importante no metabolismo dos aminoácidos, os constituintes das proteínas. Além de serem deliciosos, nutritivos e convenientes, os espargos quatro folhas® são também versáteis. Embora deliciosos servidos sós, são também uma colorida e saborosa adição a um sem-número de receitas.
Sem comentários:
Enviar um comentário