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O curioso caso de Benjamin Button


A vida é feita de mistérios...
Em seus pontos mais extremos
A infância encontra o velho.
O velho revive a fragilidade da infância.
E estas possibilidades nos assustam e assombram.

Apesar dos nossos medos
Viver vale à pena.
A fragilidade sempre nos assusta.
Envelhecer dói.
Não tememos ao envelhecimento
Mas sim,
A possibilidade de deixar de existir.

O movimento feito por Benjamim Button
Um movimento contrário a vida.
De quem nasce velho e fica novo
Mas esteticamente que cronologicamente,
Nos assusta e nos deixa frágil.
A possibilidade de pensar em uma vida assim.

Mas percebe-se que de algum modo
Estamos fazendo o mesmo movimento que Button
Não esteticamente
Mas no desenvolvimento de nossa história
Que cresce, mas também “descresce”.

Temos medo deste movimento
Que estamos fadados para além dos conceitos estéticos
Sobre o qual não temos domínio
Um movimento de envelhecimento interno.

Ficamos assustados com a idéia
De nos tornarmos dependentes
De uma outra pessoa
De não darmos conta de atender bem
Aqueles que são dependentes de nós.
Mas sabemos que é
O que nos espera um dia.

Mas nada destas coisas
Que quase nos parece sina
Nos importam tanto
Como o desejo de construir
Uma história de vida bem saboreada.

Porque viver sempre vale à pena
A vida foi feita para colecionar
Histórias verdadeiramente vividas
Partilhadas com os outros
E para ser re-partilhadas com
Tantos outros que nela não puderam atuar.
Viver e poder narrar a vida.
No fundo, este é o desejo de toda alma.

Após a experiência de ter visto o filme:
O curioso caso de Benjamin Button.
Só uma coisa de fato me amedronta
E incomoda-me nesta vida negativamente.
É a perda da memória gradativa
Que todos nós seres humanos estamos fadados

Assusta-me muito!
Saber que um dia
Irei perder o contato com
As minhas histórias vividas.
Não só por elas,
Mas porque isto implica em
Esquecer-me...
Não saber mais quem sou?
E o que fez-me ser assim.

Gostaria de não morrer
Com as minhas memórias.
Já que a minha morte é sina,
Mas para as minhas memórias pode ser que, não!
Que a minha morte não seja o fim delas.

Mas Button e muitas outras pessoas
Que estiveram e estão vivos.
Sabem um pouco
Como solucionar esta problemática,
Em relação a perda de memória
Uma das alternativas é fazer uso do registro escrito.

Registrar não com intenção de realizar
Um grande feito histórico
Mas para poder relembrar
Quando a memória falhar.

E para ajudar a eternizar nossa existência
Que poderá sempre ser re-visitada
No dia em que não estivermos mais aqui.
Assim é fato:
Nosso morte acontecerá um dia.
Mas pode ser que da nossa memória, não!

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PARABÉNS, Rosy,

por estes dois anos que estás na nossa companhia, por fazeres parte desta familia ou tribo (goesa), e por estares neste pais bonito... Mudaste de Barcelona para Portugal deixaste os amigos e amigas e ganhaste novos tudo em nome do amor Apesar de estares longe da tua familia, tens a familia no teu coração, e aqui ganhaste uma segunda familia, logo no primeiro dia que aqui chegaste.. Dois anos já passaram, Agora mais anos virão, e estaremos sempre aqui.. e ali, somos sempre as viajantes... Para ti: Beijos e muitos besossssss.......