O Aeroporto da Portela situa-se em Lisboa e é o maior e o aeroporto português com maior volume de tráfego. Foi aberto ao tráfego em 15 de Outubro de 1942.
É servido, desde 1962, por duas pistas, uma a 03/21 com 3805 m de comprimento e outra a 17/35 com 2400 m de comprimento, ambas asfaltadas e com 45 m de largura.
Dispõe de dois terminais civis e ainda de um terminal militar, conhecido como Aeroporto de Figo Maduro.O Aeroporto bateu em 02 de Agosto de 2009 o recorde de passageiros diários num total de 55.282 passageiros.
História
Até à inauguração do Aeroporto da Portela, Lisboa era servida por um aeroporto primitivo denominado Campo Internacional de Aterragem situado em Alverca, que entrou em funcionamento em 1919 e foi desactivado em 1940.
Nos anos 1930 os voos transatlânticos entre a Europa e a América eram feitos em hidroaviões por motivos de segurança. Só depois de atravessarem o Atlântico os passageiros mudavam para aviões com base terrestre que os levavam ao seu destino final.
Sendo Lisboa a capital mais ocidental da Europa, a cidade era o terminal ideal do lado europeu dessas ligações transatlânticas. Por essa razão, o Governo Português entendeu transformar Lisboa numa grande plataforma aérea para voos internacionais. Para isso foram projectados dois aeroportos para Lisboa: um marítimo, para hidroaviões e outro terrestre para aviões convencionais. Outra razão para a construção destas infraestruturas era o facto de ir ser realizada em 1940 a grande Exposição do Mundo Português que se previa ir atrair a Lisboa muitos voos com turistas estrangeiros (isso acabou por não acontecer devido ao início da 2.ª Guerra Mundial).
Em 1938 iniciaram-se as obras dos dois aeroportos, que foram concluídas em 1940. Como aeroporto terrestre construiu-se o Aeroporto da Portela e como aeroporto marítimo, construiu-se o Aeroporto de Cabo Ruivo, à beira do Rio Tejo e a cerca de 3 km do primeiro. Para uma ligação rápida por automóvel entre os dois aeroportos construiu-se uma via rodoviária denominada Avenida Entre-os-Aeroportos (actual Avenida de Berlim).
O sistema de voos transatlânticos funcionava com os hidroaviões vindos da América, amarando no Rio Tejo e desembarcando os seus passageiros em Cabo Ruivo. Daí, eram transportados por automóvel até à Portela. No Aeroporto da Portela eram distribuídos pelos diversos aviões que os iam levar aos diferentes destinos na Europa. Os passageiros que iam da Europa para a América faziam o percurso inverso.
O Aeroporto de Cabo Ruivo, que se localizava onde é hoje a Doca dos Olivais no Parque das Nações, foi desactivado com o fim completo dos voos regulares de passageiros por hidroavião, no final dos anos 1950. Desde essa altura manteve-se apenas o Aeroporto da Portela.
Dada a sua localização, na parte norte de Lisboa, faz com que exista uma espécie de muro entre a Alta de Lisboa e a zona do Parque das Nações, tendo esta ligação de ser feita pelo centro de Lisboa ou pelos concelhos limitrofes. Porém, está prevista uma ligação directa por metropolitano, da zona da Gare do Oriente até ao Lumiar, passando este em linha recta por baixo do aeroporto. Esta ligação está prevista para o início dos anos 1910 (século XXI). Este problema deverá ficar resolvido em 2018, quando entrar em funcionamento o Aeroporto de Alcochete e o actual for desactivado.
A 1 de Agosto de 2007 foi aberto ao público o novo terminal 2, apenas para partidas dos voos domésticos.
Metropolitano
Será inaugurada a estação de metro do aeroporto em 2010, sendo a nova estação terminal da Linha Vermelha do Metro de Lisboa. A linha irá passar por Encarnação e Moscavide até à Gare do Oriente. A estação será ligada ao terminal 1 do aeroporto por uma galeria subterrânea.
A desactivação do aeroporto da Portela
O estado português tomou a decisão de construir um novo aeroporto para servir a capital, uma vez que o actual aeroporto, mantendo o mesmo ritmo de crescimento, deixará de ser eficiente. A área escolhida inicialmente para a construção do novo aeroporto - Ota (Aeroporto da Ota)- fica situada a cerca de 45 km a norte de Lisboa e a sua escolha levantou uma grande polémica, o que levou a encomenda de estudos sobre outras zonas (incluindo Alcochete, Montijo, entre outras) e até a hipótese de manter o actual aeroporto construindo um segundo aeroporto internacional.
Em 10 de Janeiro de 2008, o primeiro-ministro José Sócrates anuncia que, com base no estudo encomendado ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, o novo aeroporto será afinal construído na zona que é hoje ocupada pelo Campo de Tiro de Alcochete, hipótese em estudo denominada H6, uma solução apontada por esse estudo como mais favorável.
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