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11 de julho de 2009

Arrepios

Arrepio é uma função corporal humana em resposta ao frio. Quando a temperatura interna do corpo diminui, o reflexo de arrepio é disparado. O grupo de músculos em volta dos órgãos vitais começam a tremer em pequenos movimentos na tentativa de criar calor gastando energia.

Outras respostas observadas em pessoas com frio (por exemplo, nadadores saindo de uma piscina em um dia de vento frio), são dançar sem sair do lugar, abraçar a si mesmo com os braços ao redor do torso, aconchegar-se e usar isolantes térmico como toalhas.

O arrepio protege o corpo das baixas temperaturas. O ar é um dos melhores sistemas de isolamento térmico. Em baixas temperaturas, ocorre o arrepio. Os pêlos levantados fazem com que uma camada de ar fique parada sobre a pele, funcionando como isolante térmico.

O músculo eretor do pêlo é o responsável pelo arrepio.

Ao mesmo tempo, o corpo provoca a vasoconstrição (diminuição do calibre dos vasos que percorrem a pele), reduzindo o volume de sangue que passa por ela. Desta forma, diminui a quantidade de sangue esfriado, o que evita uma maior perda de calor do corpo.

Comentário da Internet:
Uma sensação que sempre me intrigou muito, desde pequena, é o arrepio. Isso porque nunca consegui definir bem se ficar arrepiado é uma sensação boa ou ruim. Eu sei, a maioria das pessoas vai dizer que, certamente, arrepiar-se é algo bom. É bom, mas é ruim, sabe? Dá vontade de rir, de sentir de novo, mas também dá vontade de escapar, de bloquear o que está causando o arrepio.

Acho uma das sensações mais estranhas e interessantes que o ser humano pode ter. “Foi tão lindo, que fiquei toda arrepiada”, “Oh, chego a me arrepiar todo só de ouvir”. Acredito que esta minha incerteza quanto ao arrepio seja decorrente do fato de que eu fico arrepiada com coisas estranhas. Exemplo: é verão, o carro está estacionado sob o sol forte há duas horas. Se eu entrar nesse carro, fico arrepiada. Não tem erro. Uma reportagem, uma cena de filme, alguma edição que misture cenas e trilha sonora bonita já é suficiente pra me arrepiar. Para se ter idéia, meu braço ficou todo eriçado ao assistir a algumas cenas dos Jogos Pan-Americanos, que mostravam os atletas emocionados, acompanhadas de uma música clássica forte, bonita. Não é tão freqüente, mas acontece.

Pensando bem, até que eu gosto de arrepios. O arrepio é algo, digamos, sublime, que exterioriza uma forte emoção, uma mistura de sentimentos, algo indefinido. Por um instante, parece que não pensamos em nada, a mente fica em branco; o corpo estremece, sentimos como se não pudéssemos controlá-lo até o arrepio passar; parece que a alma abandonou o corpo, que não somos mais nós mesmos; paramos o que estamos fazendo, respiramos fundo, o arrepio passa.

E o melhor é que por mais que já tenhamos nos arrepiado milhões de vezes, parece sempre ser uma sensação nova, desconhecida, nunca perde o valor. Não se torna sem graça, não deixa de nos chamar a atenção.

PS: estranhamente, fiquei arrepiada escrevendo estes dois últimos parágrafos.

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