As amêndoas francesas são a guloseima, por excelência, da Páscoa em Portugal. Servem de presente trocado entre as pessoas.
Até à Idade Média, era costume comer amêndoas cobertas com mel, especialidade bastante apreciada por gregos e romanos. Este fruto seco era recomendado como um bom remédio para os pulmões e também como um bom digestivo.
Com a cultura da cana de açúcar, desenvolvida pelos portugueses, as amêndoas passaram a ser cobertas com açúcar. Em Portugal, tornaram-se bastante populares, não só durante o período da Páscoa, mas em outros acontecimentos especiais, como casamentos e baptizados.
O ovo é símbolo bastante antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade e a renascimento da vida. Muitos séculos antes do nascimento de Cristo, a troca de ovos no Equinócio da Primavera (21 de Março) era uma costume que celebrava o fim do Inverno e o início de uma estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma boa colheita, os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo.
Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera foi integrada na Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo.
Colorir e decorar ovos é um costume também bastante antigo, praticado no Oriente. Nos países da Europa de Leste, os ortodoxos tornaram-se grandes especialistas em transformar ovos em obras de arte. Da Rússia à Grécia, os ortodoxos costumam pintar os ovos de vermelho. Já na Alemanha, a cor dominante é o verde. A tradição é tão forte que a Quinta-feira Santa é conhecida por Quinta-feira Verde. Na Bulgária, em vez de se esconder os ovos, luta-se com eles na mão. Há verdadeiras batalhas campais. Toda a gente tem de carregar um ovo e quem conseguir a proeza de o manter intacto até ao fim será o mais bem sucedido da família até à próxima Páscoa.
Um dos acontecimentos mais mediáticos da Páscoa nos Estados Unidos é a caça aos ovos na Casa Branca, sempre à segunda-feira. A tradição remonta a 1876, quando as crianças da família do então presidente Andrew Johnson resolveram esconder os ovos da Páscoa nos jardins do Capitólio. Mais tarde, o costume transferiu-se para a Casa Branca.
Tal como o ovo, o coelho também era tido como um símbolo de fertilidade, antes do cristianismo.
No século XVI, os alemães e os suiços adoptaram o pequeno mamífero como ícon da Páscoa. O coelho passou a ser o responsável por esconder os ovos coloridos.
No século XIX, apareceram os primeiros coelhos de açúcar e chocolate, que faziam as delícias às crianças. Colonos alemães levaram o símbolo do coelho para os Estados Unidos, no início do século XVIII.
Os fabricantes de chocolates adoptaram-no como imagem promocional e acabaram por ser responsáveis pela propagação do símbolo pelo mundo inteiro.
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